Panegírico de Santa Mônica é um texto escrito por Santo Agostinho exaltando sua mãe, Santa Mônica de Hipona, uma mulher que diante das infidelidades do marido não criou discórdias em seu casamento apesar da infelicidade que esse casos a causavam. "Mônica foi canonizada não por ter operado milagres ou por ser mártir, ela se tornou santa por ter sido responsável pela conversão de seu filho mostrando empenho em ensinar condutas cristãs como moral, pudor e mansidão, mostrando a intervenção feminina no interior da família, pois foi o meio, através da oração, para a vida religiosa do filho."
É também o nome do 54° caítulo do livro Dom Casmurro, de Machado de Assis. Nesse capítulo de Dom Casmurro alguns pesquisadores julgam encontrar a resposta para a eterna questão: Capitu traiu ou não Bentinho? É frequente que literatos afirmem que foi nesse capítulo e nos subsequentes que Machado de Assis teria deixado uma "pista" sobre a verdade do acontecido, mas há muita discordância em torno desse assunto.
"A resposta à pergunta: por que Machado não julgou Santiago, preferindo entregá-lo ao julgamento do leitor, Helen Caldwell intentou encontrá-la no capítulo “O Panegírico de Santa Mônica”, um opúsculo cujo autor não é mencionado no Dom Casmurro. Esquecimento involuntário num escritor que escolhia cuidadosamente os nomes de suas personagens? Ou seria mais uma “lacuna” proposital? O autor do “panegírico” seria o próprio Machado, o anonimato sendo indispensável para não trair-lhe o método narrativo. O amor de Santa Mônica converteu o marido cabeçudo (eis aí um sinônimo perfeito para casmurro) e cruel ao Cristianismo, e o filho indócil e namorador foi devolvido ao rebanho. O amor de Capitu, ao contrário, não resgata Bentinho. Segundo Helen Caldwell, “as obras de Machado de Assis, vistas como um todo, formam um panegírico de Santa Mônica da mulher brasileira e de todas as mulheres”. "
Panegírico tem o significado de "louvar" as qualidades de alguém, ou seja, é um texto escrito com o intuito de falar das qualidades e valores de alguém.
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Panegírico de Santa Mônica é um texto escrito por Santo Agostinho exaltando sua mãe, Santa Mônica de Hipona, uma mulher que diante das infidelidades do marido não criou discórdias em seu casamento apesar da infelicidade que esse casos a causavam. "Mônica foi canonizada não por ter operado milagres ou por ser mártir, ela se tornou santa por ter sido responsável pela conversão de seu filho mostrando empenho em ensinar condutas cristãs como moral, pudor e mansidão, mostrando a intervenção feminina no interior da família, pois foi o meio, através da oração, para a vida religiosa do filho."
É também o nome do 54° caítulo do livro Dom Casmurro, de Machado de Assis. Nesse capítulo de Dom Casmurro alguns pesquisadores julgam encontrar a resposta para a eterna questão: Capitu traiu ou não Bentinho? É frequente que literatos afirmem que foi nesse capítulo e nos subsequentes que Machado de Assis teria deixado uma "pista" sobre a verdade do acontecido, mas há muita discordância em torno desse assunto.
"A resposta à pergunta: por que Machado não julgou Santiago, preferindo entregá-lo ao julgamento do leitor, Helen Caldwell intentou encontrá-la no capítulo “O Panegírico de Santa Mônica”, um opúsculo cujo autor não é mencionado no Dom Casmurro. Esquecimento involuntário num escritor que escolhia cuidadosamente os nomes de suas personagens? Ou seria mais uma “lacuna” proposital? O autor do “panegírico” seria o próprio Machado, o anonimato sendo indispensável para não trair-lhe o método narrativo. O amor de Santa Mônica converteu o marido cabeçudo (eis aí um sinônimo perfeito para casmurro) e cruel ao Cristianismo, e o filho indócil e namorador foi devolvido ao rebanho. O amor de Capitu, ao contrário, não resgata Bentinho. Segundo Helen Caldwell, “as obras de Machado de Assis, vistas como um todo, formam um panegírico de Santa Mônica da mulher brasileira e de todas as mulheres”. "
(Hélio Pólvora)
Panegírico tem o significado de "louvar" as qualidades de alguém, ou seja, é um texto escrito com o intuito de falar das qualidades e valores de alguém.