Linfagite designa infecção dos vasos linfáticos, sem qualquer preocupação com a causa. A erisipela é uma linfagite determinada por um tipo específico de bactéria, o estreptococo. No momento do diagnóstico é difícil especificar o agente agressor, sendo melhor chamar de linfagite o processo inflamatório dos vasos linfáticos.
Pode haver complicações no tratamento das linfagites?
Habitualmente o tratamento é realizado em casa. Entretanto, pode estar indicada a internação hospitalar, pela intensidade do quadro clínico ou quando se observa a presença de vesículas, bolhas ou pequenas lesões de pele capazes de evoluir para danos teciduais graves. A forma mais grave é a linfagite necrótica, em cujo tratamento é fundamental a assistência do cirurgião vascular.
Quais os cuidados a serem tomados depois de uma linfagite aguda?
Sem exame específico não se sabe a real situação dos vasos linfáticos do paciente. Ás vezes, um único episódio de linfagite pode determinar uma seqüela, o linfedema. Além disso, cada novo surto favorece a instalação do linfedema pós-infeccioso.
É importante que o paciente que teve linfagite ou seja portador de linfedema evite a ocorrência de novos surtos. Manter a higiene rigorosa dos pés e mãos, evitar traumatismos e cortes, evitar a ocorrência de edema, manter os pés da cama elevados e evitar a permanência prolongada em pé, são cuidados importantes para a prevenção da doença.
É preciso usar meia elástica após um quadro de linfagite de membro inferior?
Após a fase aguda esta contenção é recomendável. Na forma necrótica é imprescindível, pois mais freqüentemente ocorre linfedema como seqüela.
As linfagites podem ser evitadas?
Sim, na maioria dos casos, pois a penetração dos microorganismos geralmente ocorre através de ferimentos, calos, frieiras ou fissuras nos pés. Manter os pés secos, limpos, livres de micoses e bem cuidados são medidas essenciais para se evitar infecções.
Uma análise de sangue pode mostrar que o número de glóbulos brancos aumentou para combater a infecção. Em geral, os microrganismos que causam a infecção não podem ser isolados nem cultivados em laboratório, a menos que se tenham disseminado pela corrente sanguÃnea ou que possam ser colhidos do pus ou de uma ferida aberta.
A maioria das pessoas cura-se rapidamente com antibióticos que destroem os estafilococos e os estreptococos, como a dicloxacilina, a amoxicilina ou a oxacilina.
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Linfagite aguda e erisipela são sinônimos?
Linfagite designa infecção dos vasos linfáticos, sem qualquer preocupação com a causa. A erisipela é uma linfagite determinada por um tipo específico de bactéria, o estreptococo. No momento do diagnóstico é difícil especificar o agente agressor, sendo melhor chamar de linfagite o processo inflamatório dos vasos linfáticos.
Pode haver complicações no tratamento das linfagites?
Habitualmente o tratamento é realizado em casa. Entretanto, pode estar indicada a internação hospitalar, pela intensidade do quadro clínico ou quando se observa a presença de vesículas, bolhas ou pequenas lesões de pele capazes de evoluir para danos teciduais graves. A forma mais grave é a linfagite necrótica, em cujo tratamento é fundamental a assistência do cirurgião vascular.
Quais os cuidados a serem tomados depois de uma linfagite aguda?
Sem exame específico não se sabe a real situação dos vasos linfáticos do paciente. Ás vezes, um único episódio de linfagite pode determinar uma seqüela, o linfedema. Além disso, cada novo surto favorece a instalação do linfedema pós-infeccioso.
É importante que o paciente que teve linfagite ou seja portador de linfedema evite a ocorrência de novos surtos. Manter a higiene rigorosa dos pés e mãos, evitar traumatismos e cortes, evitar a ocorrência de edema, manter os pés da cama elevados e evitar a permanência prolongada em pé, são cuidados importantes para a prevenção da doença.
É preciso usar meia elástica após um quadro de linfagite de membro inferior?
Após a fase aguda esta contenção é recomendável. Na forma necrótica é imprescindível, pois mais freqüentemente ocorre linfedema como seqüela.
As linfagites podem ser evitadas?
Sim, na maioria dos casos, pois a penetração dos microorganismos geralmente ocorre através de ferimentos, calos, frieiras ou fissuras nos pés. Manter os pés secos, limpos, livres de micoses e bem cuidados são medidas essenciais para se evitar infecções.
LINFANGITE
Processo infeccioso comprometendo um ou mais vasos linfáticos.
A linfangite aguda é a inflamação de um ou mais vasos linfáticos e é geralmente a consequência de uma infecção estreptocócica.
Os vasos linfáticos são pequenos canais que transportam linfa desde os tecidos até aos gânglios linfáticos e estão em todo o organismo. (Ver imagem da secção 16, capÃtulo 167) As bactérias estreptococos costumam entrar nos vasos a partir de um arranhão, de uma ferida ou de uma infecção (geralmente celulite) num braço ou numa perna. Por baixo da pele do braço ou perna afectados surgem palpáveis linhas vermelhas, irregulares, quentes e dolorosas. Essas linhas estendem-se habitualmente desde a zona infectada até um grupo de gânglios linfáticos, como os da virilha ou da axila. Estes aumentam de volume e tornam-se dolorosos ao tacto.
Linfangite aguda
A linfangite aguda é a inflamação de um ou mais vasos linfáticos e é geralmente a consequência de uma infecção estreptocócica.
Os vasos linfáticos são pequenos canais que transportam linfa desde os tecidos até aos gânglios linfáticos e estão em todo o organismo. (Ver imagem da secção 16, capÃtulo 167) As bactérias estreptococos costumam entrar nos vasos a partir de um arranhão, de uma ferida ou de uma infecção (geralmente celulite) num braço ou numa perna. Por baixo da pele do braço ou perna afectados surgem palpáveis linhas vermelhas, irregulares, quentes e dolorosas. Essas linhas estendem-se habitualmente desde a zona infectada até um grupo de gânglios linfáticos, como os da virilha ou da axila. Estes aumentam de volume e tornam-se dolorosos ao tacto.
O doente costuma ter febre, arrepios, um ritmo cardÃaco acelerado e dor de cabeça. Ãs vezes estes sintomas aparecem antes que se percebam alterações na pele. A disseminação da infecção desde o sistema linfático até à corrente sanguÃnea pode provocar uma infecção em todo o organismo, muitas vezes com grande rapidez. Podem formar-se úlceras na pele que cobre os vasos linfáticos infectados.
Uma análise de sangue pode mostrar que o número de glóbulos brancos aumentou para combater a infecção. Em geral, os microrganismos que causam a infecção não podem ser isolados nem cultivados em laboratório, a menos que se tenham disseminado pela corrente sanguÃnea ou que possam ser colhidos do pus ou de uma ferida aberta.
A maioria das pessoas cura-se rapidamente com antibióticos que destroem os estafilococos e os estreptococos, como a dicloxacilina, a amoxicilina ou a oxacilina.
Obs. (**Somente sob prescrição Médica**)