Mais um argumento ateu refutado: o paradoxo de Epícuro...?

O texto é grande. Mas se você quiser algo inteligente e interessante para ler antes de dormir e de quebra descobrir como eu desmontei uma lógica ateísta, seja bem vindo e deixe seu comentário depois (sem xingamentos, ateus). O texto foi tirado do meu blog acienciasuprema.blogspot.com...

.....................................................

Poderiam Deus e o mal coexistir? Segundo a lógica do filósofo grego Epicuro de Samos, o deus cristão não poderia existir em um mundo onde o mal habita. Contudo, tal pensamento pode ser falseado através de alguns conceitos cristãos.

O paradoxo diz:

Se for omnipotente e omnisciente, então tem conhecimento de todo o Mal e poder para acabar com ele, ainda assim não o faz. Então Ele não é Bom.

Se for omnipotente e benevolente, então tem poder para extinguir o Mal e quer fazê-lo, pois é Bom. Mas não o faz, pois não sabe o quanto Mal existe e onde o Mal está. Então Ele não é omnisciente.

Se for omnisciente e benevolente, então sabe de todo o Mal que existe e quer mudá-lo. Mas isso elimina a possibilidade de ser omnipotente, pois se o fosse erradicava o Mal. E se Ele não pode erradicar o Mal, então por que chamá-lo de Deus?

Levando-se em consideração a ideia geral do paradoxo, ele poderia ser resumido desta maneira:

“Se Deus é bom então ele combate o Mal.”

Em linguagem matemática, ou mais necessariamente, na lógica matemática, este tipo de sentença (condicional) é estruturado desta maneira: “se p então q”, o que significa dizer que “p implica q”:

p → q

A primeira condição (p) é suficiente para a ocorrência da segunda, ou seja, ela garante que “q” ocorra, o que não significa dizer que é a única maneira pela qual a segunda pode ocorrer. E “q” é necessária para a ocorrência de “p”, ou seja, se “q” não ocorrer, isso significa que “p” também não ocorreu:

~q → ~p (lê-se “não q implica não p”).

Logo, pela lógica de Epicuro, se Deus não combate o mal, então ele não é bom.

Mas, vamos fazer o caminho contrário e utilizar uma sentença equivalente para entender se de fato esta lógica se aplica a Deus: “Se Deus é mal então ele combate o bem”.

Veja que a sentença mantem a mesma ideia da negativa de p e de q (Deus não combate o mal, logo ele não é bom, e se ele não é bom, ele é mau). Já sabemos que a não ocorrência de “q” implica a não ocorrência de “p”, e sabemos que Deus não combate o bem, logo ele não é mau.

Então, a ideia de que alguém é bom se este mesmo combate o mal é logicamente errônea (para se ser bom, não é necessário combater o mal, mas apenas não praticá-lo).

Além disso, a lógica de Epicuro bate de frente com outra questão: o livre-arbítrio. O livre-arbítrio é o direito universal da escolha. Segundo esta ideia, Deus nos dá total liberdade de agir e de decidir entre fazer o bem e o mal. Então, desde o momento em que Deus interfere em nossas vidas, o livre-arbítrio deixa de existir. Daí pode-se criar outra sentença lógica:

“Se Deus interfere em nossas vidas então nós não temos o livre-arbítrio”.

Pelo cristianismo, sabemos que somos dotados do livre-arbítrio, logo Deus não interfere em nossas vidas. Poderíamos dizer também que “Deus só interfere em nossas vidas se, e somente se, não temos o livre-arbítrio”:

p ↔ q = p → q e q → p = ~p → ~q e ~q → ~p

Ou seja, para que Deus possa intervir em nosso mundo de uma forma geral, é necessário que abramos mão do nosso direito de escolha. Seja pelo bem ou pelo mal, é necessário aceitar a vontade de Deus em nossas vidas para que enfim possamos vê-lo se manifestar.

Atualizada:

Custódio, o que você quis dizer com isso? De verdade...

3 atualizadas:

Gustavo: quer dizer que sou dissimulado? Então me diga o que há de errado na minha argumentação que terei a humildade de corrigir.

Please enter comments
Please enter your name.
Please enter the correct email address.
You must agree before submitting.

Answers & Comments


Helpful Social

Copyright © 2024 QUIZLIB.COM - All rights reserved.