(Noruega)
Um velho camponês tinha três filhos muito preguiçosos, que nem sequer pensavam em trabalhar para ajudá-lo.
Crivado de dividas que nunca conseguiu saldar, o pobre homem se viu obrigado a cortar o pequeno arvoredo que seu pai lhe deixara e vender a madeira para pagar os credores.
Primeiramente confiou a tarefa ao filho mais velho, que alegou mil motivos para não cumpri-la, porém não teve escapatória. Muito a contragosto, o preguiçoso partiu para o bosque, onde resolveu começar a derrubada por um velho pinheiro coberto de musgo. Contudo, assim que ergueu o machado, um troll gigantesco apareceu na sua frente e berrou: “Se cortar minha árvore, eu o mato!”. O rapaz imediatamente largou o machado e fugiu correndo.
“Covarde!”, disse o pai, ao saber do que acontecera. “Quando eu era moço, nunca tive medo de troll, nem grande nem pequeno!”.
O filho do meio foi então para a mata e também voltou, esbaforido, para desgosto do camponês. “Nunca pensei que haveria de pôr no mundo uns fedelhos tão medrosos!”, exclamou o velho, acrescentando: “Se eu fosse moço, troll nenhum iria me impedir de cortar minhas próprias árvores!”.
O encargo coube, por fim, ao caçula, um rapaz chamado Cinzinha, porque vivia cochilando ao pé do fogo.
“Já, já você volta para casa, com o rabinho entre as pernas... “, disseram seus irmãos.
“Esperem só para ver!”, ele respondeu.
Antes de partir, Cinzinha pediu a mãe alguns queijos frescos e os guardou na bolsa de couro que trazia na cintura. Quando chegou ao arvoredo e o grandalhão o ameaçou, ele tirou um queijo da bolsa e o apertou entre as mãos, extraindo-lhe o soro. “Pare de berrar”, falou, “ou vou espremê-lo até lhe tirar o sangue, assim como estou tirando água desta pedra”.
O troll, que estava longe de ser uma criatura inteligente, acreditou que o queijo era uma pedra, que o soro era água e que Cinzinha era um bruxo poderoso. “Por favor, não faça isso comigo!”, pediu, apavorado.
“Só se você me ajudar a cortar as árvores”, o rapaz declarou.
Derrubando o arvoredo, o gigante convidou Cinzinha para jantar. Em casa, enfiou a cara num barril de água e bebeu ruidosamente.
“Essa água não basta para matar minha sede”, o moço falou, perguntando em seguida: “Onde fica sua fonte? Vou lá beber até me fartar”.
Mais assustado que nunca, o outro replicou: “Não, não, por favor! Preciso muito daquela fonte! Eu vou buscar bastante água para você!”
Saciada a sede, o troll preparou um caldeirão de mingau e serviu uma tigela enorme para cada um.
“Vamos ver quem come mais?”, Cinzinha propôs.
O bobalhão concordou, e os dois se debruçaram sobre suas tigelas, cada qual munido de uma colher imensa. Só que, enquanto o anfitrião comia, o visitante despejava o mingau na bolsa que trazia presa ao cinto.
“Ah, estou com a pança tão cheia que não aguento nem mais uma colherada!”, o gigante suspirou depois de algum tempo.
“Eu também!”, respondeu o rapaz. “Preciso arranjar mais espaço aqui dentro ...”, acrescentou, pegando a faca para cortar a bolsa.
Ao ver o mingau escorrer, o grandalhão ficou curioso: “Isso não dói?”. “Não ... Experimente e poderá comer mais... “.
O gigante cortou a barriga e morreu no mesmo instante. Cinzinha levou todo o ouro dele para o pai, que assim pagou as dividas e viveu bem até o fim de seus dias.
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Answers & Comments
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kkkkkkkkkk Gigante louro ou português???
Curta do Joãozinho:
A professora pergunta para os alunos: - Quem é que quer ir par ao céu? Todos levantam a mão, menos o Joãozinho. - E você Joãozinho? Não quer ir para o céu? - Querer eu quero, mas a minha mãe falou que depois da aula era para eu ir direto para casa!
Picaretagem!!! kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Abraço, bom dia.
Eu nao achei boa a historia, ela esta ensinando a usar da ignorancia alheia pra tirar vantagem, o conto é interessante mas longe de "principios morais" lol.
Muito boa