587 com certeza, as Testemunhas de Jeová tentam apoiar a data de 607 para chegar a data de 1914, falsa profecia que previram onde lançaram um folheto que dizia: milhões que hoje vive não morrerão.
Os historiadores sustentam que Babilônia caiu diante do exército de Ciro em outubro de 539 A.E.C. O Rei era então Nabonido, mas seu filho Belsazar era co-regente de Babilônia. Alguns eruditos elaboraram uma lista de reis neobabilônicos e da duração de seus reinados, remontando desde o último ano de Nabonido até o pai de Nabucodonosor, Nabopolassar.
De acordo com essa cronologia neobabilônica, o príncipe herdeiro, Nabucodonosor, derrotou os egípcios na batalha de Carquemis, em 605 A.E.C. (Jeremias 46:1, 2) Depois de Nabopolassar falecer, Nabucodonosor voltou a Babilônia para ascender ao trono. Seu primeiro ano de reinado iniciou-se na primavera seguinte (604 A.E.C.).
A Bíblia relata que os babilônios sob Nabucodonosor destruíram Jerusalém no seu 18.° ano de reinado (19.° quando se inclui o ano de ascensão). (Jeremias 52:5, 12, 13, 29) Assim, caso se aceite esta cronologia neobabilônica, então a desolação de Jerusalém ocorreu no ano 587/6 A.E.C. Mas em que se baseia esta cronologia secular, e como se compara ela com a cronologia da Bíblia?
Algumas evidências principais desta cronologia secular são:
O Cânon de Ptolomeu: Cláudio Ptolomeu era astrônomo grego, que viveu no segundo século E.C. Seu Cânon, ou lista de reis, relacionava-se com uma obra sobre astronomia, produzida por ele. A maioria dos historiadores modernos aceita a informação de Ptolomeu sobre os reis neobabilônicos e a duração de seus reinados (embora Ptolomeu omita o reinado de Labashi-Marduque). Ptolomeu evidentemente baseou sua informação histórica em fontes que datavam do período selêucida, o qual começou mais de 250 anos depois de Ciro ter capturado Babilônia. Portanto, não surpreende que as cifras de Ptolomeu concordem com as de Beroso, sacerdote babilônico do período selêucida.
Estela de Nabonido, de Harã (NABON H 1, B): Esta estela ou coluna contemporânea com uma inscrição foi descoberta em 1956. Menciona os reinados dos reis neobabilônicos Nabucodonosor, Evil-Merodaque e Neriglissar. As cifras para estes três concordam com as do Cânon de Ptolomeu.
VAT 4956: Trata-se duma tabuinha cuneiforme que fornece informações astronômicas datando até 568 A.E.C. Diz que as observações eram desde o 37.° ano de Nabucodonosor. Isto corresponderia à cronologia que coloca seu 18.° ano de reinado em 587/6 A.E.C. Todavia, essa tabuinha é admitidamente uma cópia feita no terceiro século A.E.C., de modo que é possível que sua informação histórica seja simplesmente a que era aceita no período selêucida.
Tabuinhas comerciais: Milhares de tabuinhas cuneiformes, neobabilônicas, contemporâneas, foram encontradas com simples registros de transações comerciais, mencionando o ano do rei babilônico em que ocorreu a respectiva transação. Tabuinhas desta espécie foram encontradas para todos os anos de reinado dos reis neobabilônicos conhecidos na cronologia aceita do período.
Do ponto de vista secular, tais tipos de evidência talvez pareçam confirmar a cronologia neobabilônica que fixa o 18.° ano de Nabucodonosor (e a destruição de Jerusalém) em 587/6 A.E.C. No entanto, nenhum historiador pode negar a possibilidade de que o atual quadro da história babilônica pode ser enganoso ou errado. Por exemplo, sabe-se que os antigos sacerdotes e reis às vezes alteravam os registros para os seus próprios fins. Ou mesmo quando a evidência descoberta é exata, poderá ser interpretada mal pelos eruditos modernos ou ser incompleta, a ponto de que matéria ainda a ser descoberta poderá alterar drasticamente a cronologia do período em questão.
Evidentemente por reconhecer tais fatos, o Professor Edward F. Campbell Jr. apresentou uma tabela que inclui cronologia neobabilônica com a cautela: “Nem se precisa dizer que estas listas são provisórias. Quanto mais se estuda a complexidade dos problemas cronológicos no antigo Oriente Próximo, tanto menos se está inclinado a pensar numa apresentação como sendo definitiva. Por este motivo, o termo circa [cerca de] poderia ser usado ainda mais liberalmente do que é.” — The Bible and the Ancient Near East (ed. 1965.), p. 281.
Os cristãos, que crêem na Bíblia, têm vez após vez encontrado que a palavra dela suporta a prova de muita crítica e tem-se mostrado exata e fidedigna. Reconhecem que, sendo a Palavra inspirada de Deus, ela pode ser usada como medidor na avaliação da história e dos conceitos seculares. (2 Timóteo 3:16, 17) Por exemplo, embora a Bíblia falasse sobre Belsazar como governante de Babilônia, os eruditos, durante séculos, estavam confusos sobre ele, porque não existia nenhum documento secular que falasse de sua existência, identidade ou posição. Finalmente, porém, os arqueólogos descobriram registros seculares que confirmaram a Bíblia. Sim, a harmonia interna da Bíblia e o cuidado exercido pelos seus escritores até mesmo em questões de cronologia, recomendam-na tão fortemente ao cristão, que ele coloca a autoridade dela acima das opiniões de historiadores seculares, que sempre mudam.
Mas, como nos ajuda a Bíblia a saber quando Jerusalém foi destruída, e como se compara isso com a cronologia secular?
O profeta Jeremias predisse que os babilônios destruiriam Jerusalém, e transformariam a cidade e o país numa desolação. (Jeremias 25:8, 9) Ele acrescentou: “E toda esta terra terá de tornar-se um lugar devastado, um assombro, e estas nações terão de servir ao Rei de Babilônia por setenta anos.” (Jeremias 25:11) Os 70 anos expiraram quando Ciro, o Grande, no seu primeiro ano, libertou os judeus e estes voltaram à sua pátria. (2 Crônicas 36:17-23) Cremos que a leitura mais direta de Jeremias 25:11 e de outros textos é que os 70 anos contam desde quando os babilônios destruíram Jerusalém e deixaram a terra de Judá desolada. — Jeremias 52:12-15, 24-27; 36:29-31.
Todavia, os que se estribam principalmente na informação secular quanto à cronologia daquele período dão-se conta de que, se Jerusalém tivesse sido destruída em 587/6 A.E.C., certamente não se teriam passado 70 anos até Babilônia ser conquistada e Ciro deixar os judeus voltar à sua pátria. Na tentativa de harmonizar as questões, afirmam que a profecia de Jeremias começou a cumprir-se em 605 A.E.C. Escritores posteriores citam Beroso como dizendo que Nabucodonosor, após a batalha de Carquemis, estendeu a influência babilônica sobre toda a Síria-Palestina, e que, quando voltou a Babilônia (no seu ano de ascensão, 605 A.E.C.), levou cativos judaicos ao exílio. Assim calculam os 70 anos como período de servidão a Babilônia, começando em 605 A.E.C. Isto significaria que o período de 70 anos expiraria em 535 A.E.C.
Mas, esta interpretação traz vários problemas grandes:
Embora Beroso afirme que Nabucodonosor levou cativos judaicos no seu ano de ascensão, não há nenhum documento cuneiforme que confirme isso. O que é ainda mais significativo, Jeremias 52:28-30 relata cuidadosamente que Nabucodonosor levou cativos judaicos no seu sétimo ano, no seu 18.° ano e no seu 23.° ano, não no seu ano de ascensão. Também, o historiador judaico Josefo declara que, no ano da batalha de Carquemis, Nabucodonosor conquistou toda a Siria-Palestina, “exceto a Judéia”, contradizendo assim Beroso e entrando em conflito com a afirmação de que os 70 anos de servidão judaica começaram no ano de ascensão de Nabucodonosor. — Antiquities of the Jews X, vi, 1.
Além disso, em outro lugar, Josefo descreve a destruição de Jerusalém pelos babilônios e diz então que “toda a Judéia e Jerusalém, e o templo, continuaram a ser um deserto por setenta anos”. (Antiquities of the Jews X, ix, 7) Declarou especificamente que “nossa cidade ficou desolada durante o intervalo de setenta anos, até os dias de Ciro”. (Against Apion I, 19) Isto concorda com 2 Crônicas 36:21 e Daniel 9:2, de que os preditos 70 anos foram 70 anos de desolação total do país. O escritor Teófilo de Antioquia, do segundo século (E.C.), também mostra que os 70 anos começaram com a destruição do templo, após o reinado de 11 anos de Zedequias. — Veja também 2 Reis 24:18 a 25:21.
Mas a própria Bíblia fornece evidência ainda mais marcante contra a alegação de que os 70 anos começaram em 605 A.E.C. e que Jerusalém foi destruída em 587/6 A.E.C. Conforme já mencionado, se fôssemos contar a partir de 605 A.E.C., os 70 anos chegariam a 535 A.E.C. Mas, o inspirado escritor bíblico Esdras relatou que os 70 anos se estenderam até o “primeiro ano de Ciro, Rei da Pérsia”, que emitiu o decreto que permitiu aos judeus voltar à sua pátria. (Esdras 1:1-4; 2 Crônicas 36:21-23) Os historiadores aceitam que Ciro conquistou Babilônia no outubro de 539 A.E.C. e que o primeiro ano de reinado de Ciro começou na primavera (setentrional) de 538 A.E.C. Se o decreto de Ciro foi emitido mais para o fim de seu primeiro ano de reinado, os judeus podiam ter estado facilmente de volta na sua pátria por volta do sétimo mês (tisri), conforme diz Esdras 3:1; isto seria em outubro de 537 A.E.C.
Todavia, não há maneira razoável de esticar o primeiro ano de Ciro de 538 até 535 A.E.C. Alguns tentaram eliminar o problema de modo forçado alegando que Esdras e Daniel, ao falarem do “primeiro ano de Ciro”, estavam usando algum conceito judaico peculiar, que diferia da contagem oficial do reinado de Ciro. Mas isto não pode ser sustentado, porque tanto um governador não-judaico como um documento dos arquivos persas concordam em que o decreto foi emitido no primeiro ano de Ciro, assim como os escritores bíblicos relatam com cuidado e especificamente. — Esdras 5:6, 13; 6:1-3; Daniel 1:21; 9:1-3.
A “boa palavra” de Jeová está relacionada com o período predito de 70 anos, porque Deus disse:
“Assim disse Jeová: ‘De acordo com o cumprimento de setenta anos em Babilônia, voltarei minha atenção para vós, e vou confirmar para convosco a minha boa palavra por trazer-vos de volta a este lugar.’” (Jeremias 29:10)
Daniel estribou-se nesta palavra, confiando em que os 70 anos não fossem um ‘número redondo’, mas uma cifra exata em que se podia confiar. (Daniel 9:1, 2) E assim veio a ser.
De maneira similar, estamos dispostos a ser guiados principalmente pela Palavra de Deus, em vez de por uma cronologia que se baseia primariamente em evidência secular ou que discorda das Escrituras. Parece evidente que o entendimento mais fácil e mais direto das diversas declarações bíblicas é que os 70 anos começaram com a desolação completa de Judá, depois de Jerusalém ter sido destruída. (Jeremias 25:8-11; 2 Crônicas 36:20-23; Daniel 9:2) Assim, contando para trás 70 anos a partir de quando os judeus voltaram à sua pátria em 537 A.E.C., chegamos a 607 A.E.C. como data em que Nabucodonosor, no seu 18.° ano de reinado, destruiu Jerusalém, tirou Zedequias do trono e acabou com a linhagem de reis judeus no trono, na Jerusalém terrestre. — Ezequiel 21:19-27.
Todos os livros de história apontam para 587. O ano de 607 ´e uma data criada em uma analise inversa pelas testemunhas de jeová com o intuito de apoiar a crença de que Jesus "já voltou" em 1914.
"Fiel é esta palavra: Se já morremos com Ele, também viveremos com Ele, se perseveramos também com Ele reinaremos, se O negarmos, certamente, Ele também nos negará." (2º Timóteo 2:11-12)
Para a contagem de períodos longos, usualmente recorre-se à fixação de determinadas "eras", usando um acontecimento notável como ponto inicial, a partir do qual medem períodos de muitos anos. Assim, nas nações influenciadas pela cultura do cristianismo, quando alguém refere o dia 8 de Setembro de 2006, está a referir-se ao oitavo dia do nono mês do ano dois mil e seis, contado a partir do que alguns crêem ter sido o ano do nascimento de Jesus. Segundo a cronologia usada pelas Testemunhas de Jeová, e inclusivamente pela maioria dos historiadores atuais, Jesus Cristo não nasceu no ano 1 d.C. mas sim algum tempo antes disso. Para as Testemunhas, Jesus nasceu no Outono do ano 2 a.C. (ano dois antes de Cristo) o que conduz à contradição absurda de dizer que Jesus nasceu antes dele mesmo. Assim, para evitar essa discrepância, as Testemunhas costumam usar a expressão EC (Era Comum) para substituir o usual d.C. ou AD (Anno Domini ou ano do Senhor). Por contrapartida, AEC designa o período Antes da Era Comum.
Datas fundamentais
Para as Testemunhas de Jeová, uma data fundamental é uma ano calendar na história que tem base de aceitação nos meios seculares, acadêmicos e históricos, e corresponde a um evento específico relatado na Bíblia. Para elas, essas datas na corrente do tempo têm um significado especial porque servem de ponto de partida para a contagem de períodos que consideram importantes. Uma vez estabelecida esta data fundamental, os cálculos para frente ou para trás a partir dessa data são feitos com base nos relatos da própria Bíblia, que as Testemunhas de Jeová consideram totalmente fidedigna, como a declarada duração da vida de pessoas ou a dos reinados dos reis. Assim, partindo de um ponto fixo, usam a cronologia interna da própria Bíblia para datar muitos dos relatados eventos bíblicos.
Data fundamental para as Escrituras Hebraicas
Para a cronologia das Escrituras Hebraicas, popularmente conhecidas como Velho Testamento, um evento destacado relatado tanto na Bíblia como na História é a conquista da cidade de Babilónia pelos medos e persas sob o comando de Ciro. Diversas fontes históricas (incluindo Deodoro, Africano, Eusébio, Ptolomeu e as tabuinhas babilônicas) confirmam 539 EC como o ano da queda de Babilónia diante de Ciro. A Crônica de Nabonido refere o mês e o dia da queda da cidade, sem mencionar o ano. Os historiadores estabeleceram a data da queda de Babilónia em 11 de Outubro de 539 AEC, segundo o calendário juliano, ou 5 de Outubro no calendário gregoriano.
Após a conquista e durante o seu primeiro ano de domínio sobre a vencida Babilônia, Ciro emitiu o seu famoso decreto que autorizava os judeus a retornar a Jerusalém. Em vista do relato da Bíblia, o decreto foi promulgado provavelmente em fins de 538 AEC ou perto da primavera de 537 AEC. Isto daria ampla oportunidade para os judeus se restabelecerem na sua terra e ir a Jerusalém para restaurar a adoração de Jeová no "sétimo mês", tisri no calendário judaico, ou por volta de 1 de Outubro de 537 AEC (Esdras 1:1-4; 3:1-6).
539 AEC
Os historiadores sustentam que Babilônia caiu diante do exército de Ciro em Outubro de 539 AEC. O rei era então Nabonido, mas, segundo mencionado na Bíblia, o seu filho Belsazar era co-regente do império. Alguns eruditos elaboraram uma lista de reis neo-babilônicos e da duração de seus reinados, remontando desde o último ano de Nabonido até ao pai de Nabucodonosor, Nabopolassar.
De acordo com essa cronologia neo-babilônica, o príncipe herdeiro, Nabucodonosor, derrotou os egípcios na batalha de Carquemis, em 605 AEC. Depois de Nabopolassar falecer, Nabucodonosor voltou a Babilônia para ascender ao trono. Seu primeiro ano de reinado iniciou-se na primavera seguinte, do ano 604 AEC.
A Bíblia relata que os babilônios sob o comando de Nabucodonosor destruíram Jerusalém no seu décimo oitavo ano de reinado (décimo nono quando se inclui o ano de ascensão). Assim, caso se aceite esta cronologia neo-babilônica, então a conquista de Jerusalém ocorreu no ano 587 a 586 AEC.
Algumas evidências principais desta cronologia são:
O Cânon de Ptolomeu
Cláudio Ptolomeu era um astrônomo grego, que viveu no Século II EC. O seu Cânon, ou lista de reis, relacionava-se com uma obra sobre astronomia, produzida por ele. A maioria dos historiadores modernos aceita a informação de Ptolomeu sobre os reis neo-babilônicos e a duração de seus reinados (embora Ptolomeu omita o reinado de Labashi-Marduque). Parece que Ptolomeu baseou a sua informação histórica em fontes que datavam do período selêucida, o qual começou mais de 250 anos depois de Ciro ter capturado Babilônia. Portanto, não surpreende que as cifras de Ptolomeu concordem com as de Beroso, sacerdote babilónico do período selêucida.
Estela de Nabonido, de Harã
Esta estela ou coluna contemporânea com uma inscrição foi descoberta em 1956. Menciona os reinados dos reis neo-babilónicos Nabucodonosor, Evil-Merodaque e Neriglissar. As cifras para estes três concordam com as do Cânon de Ptolomeu.
VAT 4956
Trata-se duma tabuinha cuneiforme que fornece informações astronómicas datando até 568 AEC. Diz que as observações eram desde o trigésimo sétimo ano de Nabucodonosor. Isto corresponderia à cronologia que coloca o seu décimo oitavo ano de reinado em 587 a 586 AEC. Todavia, essa tabuinha é admitidamente uma cópia feita Século III AEC, de modo que é possível que sua informação histórica seja simplesmente a que era aceita no período selêucida.
Tabuinhas comerciais:
Milhares de tabuinhas cuneiformes, neo-babilônicas, contemporâneas, foram encontradas com simples registos de transações comerciais, mencionando o ano do rei babilônico em que ocorreu a respectiva transacção. Tabuinhas desta espécie foram encontradas para todos os anos de reinado dos reis neo-babilônicos conhecidos na cronologia aceita do período.
Do ponto de vista histórico secular, essas evidências parecem confirmar a cronologia neo-babilônica que fixa o décimo oitavo ano de Nabucodonosor (e a destruição de Jerusalém) em 587 a 586 AEC. No entanto, segundo a perspectiva das Testemunhas de Jeová, pode existir a possibilidade de que o actual quadro da história babilônica pode ser enganoso ou errado. Por exemplo, é bem reconhecido que muitos sacerdotes e reis do passado às vezes alteravam os registos para os seus próprios objetivos. Ou mesmo quando a evidência descoberta é exata, ainda poderão ocorrer erros de interpretação pelos eruditos modernos ou esta estar incompleta. Também, já ocorreu várias vezes que novos achados arqueológicos alteraram drasticamente a cronologia de um determinado período.
Evidentemente por reconhecer tais fatos, o Professor Edward F. Campbell Jr. apresentou uma tabela que inclui cronologia neo-babilônica, mas incluiu a ressalva:
"Nem se precisa dizer que estas listas são provisórias. Quanto mais se estuda a complexidade dos problemas cronológicos no antigo Oriente Próximo, tanto menos se está inclinado a pensar numa apresentação como sendo definitiva. Por este motivo, o termo circa [cerca de] poderia ser usado ainda mais liberalmente do que é." — The Bible and the Ancient Near East (edição 1965), pág. 281.
As Testemunhas de Jeová, que acreditam na Bíblia como sendo a Palavra inspirada de Deus, consideram que ela pode ser usada como medida na avaliação da história e dos conceitos seculares. Assim, colocam a autoridade dela acima das opiniões de historiadores seculares, que estão sujeitos a mudanças. Devido a isso, usando como base as escrituras, as Testemunhas datam a destruição de Jerusalém cerca de vinte anos mais cedo, ou seja, em 607 AEC.
Essa interpretação é essencialmente baseada nas palavras do profeta Jeremias que predisse que os babilônios destruiriam Jerusalém, e transformariam a cidade e o país numa desolação. (Jeremias 25:8, 9). Em seguida o profeta acrescentou:
Jeremias 25:11
"E toda esta terra terá de tornar-se um lugar devastado, um assombro, e estas nações terão de servir ao Rei de Babilônia por setenta anos." (NM Tradução do Novo Mundo)
Segundo esta perspectiva, os 70 anos referidos na profecia expiraram quando Ciro, o Grande, no seu primeiro ano, libertou os judeus e estes voltaram à sua pátria. As Testemunhas de Jeová acreditam que a leitura mais directa de Jeremias 25:11 e de outros textos é que os 70 anos contam desde quando os babilônios destruíram Jerusalém e deixaram a terra de Judá desolada.
Os que se baseiam principalmente na informação secular quanto à cronologia daquele período reconhecem que se Jerusalém tivesse sido destruída em 587 ou 586 AEC, certamente não se teriam passado 70 anos até Babilônia ser conquistada e Ciro deixar os judeus voltar à sua pátria. Na tentativa de harmonizar estas questões, afirmam que a profecia de Jeremias começou a cumprir-se em 605 AEC. Escritores posteriores citam Beroso como dizendo que Nabucodonosor, após a batalha de Carquemis, estendeu a influência babilónica sobre toda a Síria e Palestina, e que, quando voltou a Babilônia (no seu ano de ascensão, em 605 AEC), levou cativos judaicos ao exílio. Assim calculam os 70 anos como período de servidão a Babilónia, começando em 605 AEC. Isto significaria que o período de 70 anos expiraria em 535 AEC.
No entanto, as Testemunhas de Jeová contrapõem que esta interpretação apresenta vários problemas. Embora Beroso afirme que Nabucodonosor levou cativos judaicos no seu ano de ascensão, não há nenhum documento cuneiforme que confirme isso. O que é ainda mais significativo, Jeremias 52:28-30 relata cuidadosamente que Nabucodonosor levou cativos judaicos no seu sétimo ano, no seu décimo oitavo ano e no seu vigésimo terceiro ano, mas não no seu ano de ascensão. Também, o historiador judaico Josefo declara que, no ano da batalha de Carquemis, Nabucodonosor conquistou toda a Siria-Palestina, "excepto a Judéia" (Antiquities of the Jews X, vi, 1), contradizendo Beroso e entrando em conflito com a afirmação de que os 70 anos de servidão judaica começaram no ano de ascensão de Nabucodonosor.
Além disso, em outro lugar, Josefo descreve a destruição de Jerusalém pelos babilónios e escreve então que "toda a Judéia e Jerusalém, e o templo, continuaram a ser um deserto por setenta anos" (Antiquities of the Jews X, ix, 7). Declarou especificamente que "a nossa cidade ficou desolada durante o intervalo de setenta anos, até os dias de Ciro" (Against Apion I, 19).
O escritor Teófilo de Antioquia, do Século II EC, também mostra que os 70 anos começaram com a destruição do templo, após o reinado de onze anos de Zedequias.
Estas últimas perspectivas concordam com os seguintes versículos bíblicos:
2 Crónicas 36:21
"Além disso, ele levou cativos a Babilônia os que foram deixados pela espada, e eles vieram a ser servos dele e dos seus filhos até o começo do reinado da realeza da Pérsia; para se cumprir a palavra de Jeová pela boca de Jeremias, até que a terra tivesse saldado os seus sábados. Todos os dias em que jazia desolada, guardava o sábado, para cumprir setenta anos." (NM)
Daniel 9:2
"No primeiro ano do seu reinado, eu, Daniel, compreendi pelos livros o número de anos a respeito dos quais viera a haver a palavra de Jeová para Jeremias, o profeta, para se cumprirem as devastações de Jerusalém, a saber, setenta anos." (NM)
As Testemunhas apresentam ainda argumentos adicionais, usando a própria Bíblia, contra a alegação de que os 70 anos começaram em 605 AEC e que Jerusalém foi destruída em 587 ou 586 AEC. Caso se contasse a partir de 605 AEC, os 70 anos chegariam a 535 AEC. Mas, o escritor bíblico Esdras relatou que os 70 anos se estenderam até o "primeiro ano de Ciro, Rei da Pérsia", tendo sido este monarca a emitir o decreto que permitiu aos judeus voltar à sua pátria. (Esdras 1:1-4; 2 Crónicas 36:21-23) Os historiadores aceitam que Ciro conquistou Babilónia em Outubro de 539 AEC e que o primeiro ano de reinado de Ciro começou na primavera (do hemisfério norte) de 538 AEC. Se o decreto de Ciro foi emitido mais para o final do primeiro ano de reinado, os judeus não teriam tido dificuldade em ter chegado à sua pátria por volta do "sétimo mês", tisri, conforme Esdras 3:1. Isto seria em Outubro de 537 AEC.
As Testemunhas de Jeová referem que não há forma razoável de esticar o primeiro ano de Ciro de 538 até 535 AEC. Alguns tentaram eliminar o problema alegando que Esdras e Daniel, ao falarem do "primeiro ano de Ciro", estariam a usar algum conceito judaico peculiar, talvez diferente da contagem oficial do reinado de Ciro. Mas, para as Testemunhas isto não pode ser sustentado, porque tanto um governador não-judaico como um documento dos arquivos persas concordam em que o decreto foi emitido no primeiro ano de Ciro, tal como os escritores bíblicos o relatam (Esdras 5:6, 13; 6:1-3; Daniel 1:21; 9:1-3).
Argumentam que Daniel teria confiado que os 70 anos não fossem simplesmente um número redondo mas uma cifra exacta visto que, conforme referido em Daniel 9:1, 2, o escritor bíblico refere a seguinte profecia de Jeremias:
Jeremias 29:10
"Assim disse Jeová: De acordo com o cumprimento de setenta anos em Babilônia, voltarei minha atenção para vós, e vou confirmar para convosco a minha boa palavra por trazer-vos de volta a este lugar." (NM)
Afirmando seguir a mesma confiança que atribuem a Daniel, as Testemunhas de Jeová estão dispostas a aceitar antes as evidências contidas na Bíblia do que seguir uma cronologia que se baseia primariamente em opiniões de historiadores e que discorda das Escrituras. Para elas, o entendimento mais fácil e direto das diversas declarações bíblicas é que os 70 anos começaram com a desolação completa de Judá, depois de Jerusalém ter sido destruída. Assim, contando para trás 70 anos a partir de quando os judeus voltaram à sua pátria em 537 AEC, chegam a 607 AEC como a data em que Nabucodonosor, no seu décimo oitavo ano de reinado, destruiu Jerusalém, tirou Zedequias do trono e terminou com a linhagem de reis judeus no trono em Jerusalém terrestre.
Jeremias 29:10
No versículo bíblico acima referido, Jeremias declara:
Jeremias 29:10
"Assim disse Jeová: De acordo com o cumprimento de setenta anos em Babilônia, voltarei minha atenção para vós, e vou confirmar para convosco a minha boa palavra por trazer-vos de volta a este lugar." (NM)
Alguns críticos mencionam que a Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas é a única tradução bíblica que verte a expressão "em Babilônia", ao invés de "para Babilônia", como alegam estar declarado no Texto Massorético. Por sua vez, as Testemunhas apresentam várias traduções para que se possa efectuar a necessária comparação:
Bíblia de Jerusalém, nova edição revista e ampliada, de 2002
"Porque assim disse Iahweh: Quando se completarem, para Babilônia, setenta anos eu vos visitarei e realizarei a minha promessa de vos fazer retornar a este lugar."
Almeida, - Versão Corrigida e Fiel
"Porque assim diz o Senhor: Certamente que passados setenta anos em Babilônia, vos visitarei, e cumprirei sobre vós a minha boa palavra, tornando a trazer-vos a este lugar."
Almeida - Versão Revista e Atualizada
"Assim diz o SENHOR: Logo que se cumprirem para a Babilônia setenta anos, atentarei para vós outros e cumprirei para convosco a minha boa palavra, tornando a trazer-vos para este lugar."
Almeida - Versão Revista e Corrigida, edição de 1967
"Porque, assim diz o Senhor: Certamente que passados setenta anos, em Babilónia, vos visitarei, e cumprirei sobre vós a minha boa palavra, tornando-vos a trazer a este lugar."
Redação IntraText - Bíblia Pastoral da Editora São Paulo, edição de 1993
"Assim diz Javé: Quando se completarem setenta anos na Babilônia, eu olharei para vocês e cumprirei minhas promessas, trazendo-os de volta para este lugar."
Bíblia Avé Maria,
"Eis o que diz o Senhor: Quando setenta anos tiverem decorrido para Babilônia, eu vos visitarei a fim de realizar a promessa que vos fiz de aqui vos reconduzir."
Nova Tradução na Linguagem de Hoje,
"O SENHOR Deus diz ainda: Quando os setenta anos da Babilônia passarem, eu mostrarei que me interesso por vocês e cumprirei a minha promessa de trazê-los de volta à pátria."
Bíblia Sagrada Missionários da Difusora Bíblica Fransciscanos Capuchinhos, edição de 2002
"Isto diz o SENHOR: Quando se cumprirem os setenta anos na Babilónia, Eu vos visitarei, a fim de realizar a promessa que fiz de vos trazer de novo a este lugar."
Padre António Pereira de Figueiredo, edição de 1900
"Porque isto diz o Senhor: Quando se começarem a cumprir os setenta annos em Babylonia, eu vos visitarei, e renovarei a minha palavra favoravel sobre vós para vos fazer voltar a este logar."
Parece assim claro que alguns tradutores tomaram a mesma opção que a Comissão da Tradução do Novo Mundo quanto a este versículo em particular.
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O profeta Ezequiel escreveu sobre a primeira destruição de Jerusalém em 607 A. E. C.Ezequiel 1:1-3; 3:17-21
587 com certeza, as Testemunhas de Jeová tentam apoiar a data de 607 para chegar a data de 1914, falsa profecia que previram onde lançaram um folheto que dizia: milhões que hoje vive não morrerão.
Os historiadores sustentam que Babilônia caiu diante do exército de Ciro em outubro de 539 A.E.C. O Rei era então Nabonido, mas seu filho Belsazar era co-regente de Babilônia. Alguns eruditos elaboraram uma lista de reis neobabilônicos e da duração de seus reinados, remontando desde o último ano de Nabonido até o pai de Nabucodonosor, Nabopolassar.
De acordo com essa cronologia neobabilônica, o príncipe herdeiro, Nabucodonosor, derrotou os egípcios na batalha de Carquemis, em 605 A.E.C. (Jeremias 46:1, 2) Depois de Nabopolassar falecer, Nabucodonosor voltou a Babilônia para ascender ao trono. Seu primeiro ano de reinado iniciou-se na primavera seguinte (604 A.E.C.).
A Bíblia relata que os babilônios sob Nabucodonosor destruíram Jerusalém no seu 18.° ano de reinado (19.° quando se inclui o ano de ascensão). (Jeremias 52:5, 12, 13, 29) Assim, caso se aceite esta cronologia neobabilônica, então a desolação de Jerusalém ocorreu no ano 587/6 A.E.C. Mas em que se baseia esta cronologia secular, e como se compara ela com a cronologia da Bíblia?
Algumas evidências principais desta cronologia secular são:
O Cânon de Ptolomeu: Cláudio Ptolomeu era astrônomo grego, que viveu no segundo século E.C. Seu Cânon, ou lista de reis, relacionava-se com uma obra sobre astronomia, produzida por ele. A maioria dos historiadores modernos aceita a informação de Ptolomeu sobre os reis neobabilônicos e a duração de seus reinados (embora Ptolomeu omita o reinado de Labashi-Marduque). Ptolomeu evidentemente baseou sua informação histórica em fontes que datavam do período selêucida, o qual começou mais de 250 anos depois de Ciro ter capturado Babilônia. Portanto, não surpreende que as cifras de Ptolomeu concordem com as de Beroso, sacerdote babilônico do período selêucida.
Estela de Nabonido, de Harã (NABON H 1, B): Esta estela ou coluna contemporânea com uma inscrição foi descoberta em 1956. Menciona os reinados dos reis neobabilônicos Nabucodonosor, Evil-Merodaque e Neriglissar. As cifras para estes três concordam com as do Cânon de Ptolomeu.
VAT 4956: Trata-se duma tabuinha cuneiforme que fornece informações astronômicas datando até 568 A.E.C. Diz que as observações eram desde o 37.° ano de Nabucodonosor. Isto corresponderia à cronologia que coloca seu 18.° ano de reinado em 587/6 A.E.C. Todavia, essa tabuinha é admitidamente uma cópia feita no terceiro século A.E.C., de modo que é possível que sua informação histórica seja simplesmente a que era aceita no período selêucida.
Tabuinhas comerciais: Milhares de tabuinhas cuneiformes, neobabilônicas, contemporâneas, foram encontradas com simples registros de transações comerciais, mencionando o ano do rei babilônico em que ocorreu a respectiva transação. Tabuinhas desta espécie foram encontradas para todos os anos de reinado dos reis neobabilônicos conhecidos na cronologia aceita do período.
Do ponto de vista secular, tais tipos de evidência talvez pareçam confirmar a cronologia neobabilônica que fixa o 18.° ano de Nabucodonosor (e a destruição de Jerusalém) em 587/6 A.E.C. No entanto, nenhum historiador pode negar a possibilidade de que o atual quadro da história babilônica pode ser enganoso ou errado. Por exemplo, sabe-se que os antigos sacerdotes e reis às vezes alteravam os registros para os seus próprios fins. Ou mesmo quando a evidência descoberta é exata, poderá ser interpretada mal pelos eruditos modernos ou ser incompleta, a ponto de que matéria ainda a ser descoberta poderá alterar drasticamente a cronologia do período em questão.
Evidentemente por reconhecer tais fatos, o Professor Edward F. Campbell Jr. apresentou uma tabela que inclui cronologia neobabilônica com a cautela: “Nem se precisa dizer que estas listas são provisórias. Quanto mais se estuda a complexidade dos problemas cronológicos no antigo Oriente Próximo, tanto menos se está inclinado a pensar numa apresentação como sendo definitiva. Por este motivo, o termo circa [cerca de] poderia ser usado ainda mais liberalmente do que é.” — The Bible and the Ancient Near East (ed. 1965.), p. 281.
Os cristãos, que crêem na Bíblia, têm vez após vez encontrado que a palavra dela suporta a prova de muita crítica e tem-se mostrado exata e fidedigna. Reconhecem que, sendo a Palavra inspirada de Deus, ela pode ser usada como medidor na avaliação da história e dos conceitos seculares. (2 Timóteo 3:16, 17) Por exemplo, embora a Bíblia falasse sobre Belsazar como governante de Babilônia, os eruditos, durante séculos, estavam confusos sobre ele, porque não existia nenhum documento secular que falasse de sua existência, identidade ou posição. Finalmente, porém, os arqueólogos descobriram registros seculares que confirmaram a Bíblia. Sim, a harmonia interna da Bíblia e o cuidado exercido pelos seus escritores até mesmo em questões de cronologia, recomendam-na tão fortemente ao cristão, que ele coloca a autoridade dela acima das opiniões de historiadores seculares, que sempre mudam.
Mas, como nos ajuda a Bíblia a saber quando Jerusalém foi destruída, e como se compara isso com a cronologia secular?
O profeta Jeremias predisse que os babilônios destruiriam Jerusalém, e transformariam a cidade e o país numa desolação. (Jeremias 25:8, 9) Ele acrescentou: “E toda esta terra terá de tornar-se um lugar devastado, um assombro, e estas nações terão de servir ao Rei de Babilônia por setenta anos.” (Jeremias 25:11) Os 70 anos expiraram quando Ciro, o Grande, no seu primeiro ano, libertou os judeus e estes voltaram à sua pátria. (2 Crônicas 36:17-23) Cremos que a leitura mais direta de Jeremias 25:11 e de outros textos é que os 70 anos contam desde quando os babilônios destruíram Jerusalém e deixaram a terra de Judá desolada. — Jeremias 52:12-15, 24-27; 36:29-31.
Todavia, os que se estribam principalmente na informação secular quanto à cronologia daquele período dão-se conta de que, se Jerusalém tivesse sido destruída em 587/6 A.E.C., certamente não se teriam passado 70 anos até Babilônia ser conquistada e Ciro deixar os judeus voltar à sua pátria. Na tentativa de harmonizar as questões, afirmam que a profecia de Jeremias começou a cumprir-se em 605 A.E.C. Escritores posteriores citam Beroso como dizendo que Nabucodonosor, após a batalha de Carquemis, estendeu a influência babilônica sobre toda a Síria-Palestina, e que, quando voltou a Babilônia (no seu ano de ascensão, 605 A.E.C.), levou cativos judaicos ao exílio. Assim calculam os 70 anos como período de servidão a Babilônia, começando em 605 A.E.C. Isto significaria que o período de 70 anos expiraria em 535 A.E.C.
Mas, esta interpretação traz vários problemas grandes:
Embora Beroso afirme que Nabucodonosor levou cativos judaicos no seu ano de ascensão, não há nenhum documento cuneiforme que confirme isso. O que é ainda mais significativo, Jeremias 52:28-30 relata cuidadosamente que Nabucodonosor levou cativos judaicos no seu sétimo ano, no seu 18.° ano e no seu 23.° ano, não no seu ano de ascensão. Também, o historiador judaico Josefo declara que, no ano da batalha de Carquemis, Nabucodonosor conquistou toda a Siria-Palestina, “exceto a Judéia”, contradizendo assim Beroso e entrando em conflito com a afirmação de que os 70 anos de servidão judaica começaram no ano de ascensão de Nabucodonosor. — Antiquities of the Jews X, vi, 1.
Além disso, em outro lugar, Josefo descreve a destruição de Jerusalém pelos babilônios e diz então que “toda a Judéia e Jerusalém, e o templo, continuaram a ser um deserto por setenta anos”. (Antiquities of the Jews X, ix, 7) Declarou especificamente que “nossa cidade ficou desolada durante o intervalo de setenta anos, até os dias de Ciro”. (Against Apion I, 19) Isto concorda com 2 Crônicas 36:21 e Daniel 9:2, de que os preditos 70 anos foram 70 anos de desolação total do país. O escritor Teófilo de Antioquia, do segundo século (E.C.), também mostra que os 70 anos começaram com a destruição do templo, após o reinado de 11 anos de Zedequias. — Veja também 2 Reis 24:18 a 25:21.
Mas a própria Bíblia fornece evidência ainda mais marcante contra a alegação de que os 70 anos começaram em 605 A.E.C. e que Jerusalém foi destruída em 587/6 A.E.C. Conforme já mencionado, se fôssemos contar a partir de 605 A.E.C., os 70 anos chegariam a 535 A.E.C. Mas, o inspirado escritor bíblico Esdras relatou que os 70 anos se estenderam até o “primeiro ano de Ciro, Rei da Pérsia”, que emitiu o decreto que permitiu aos judeus voltar à sua pátria. (Esdras 1:1-4; 2 Crônicas 36:21-23) Os historiadores aceitam que Ciro conquistou Babilônia no outubro de 539 A.E.C. e que o primeiro ano de reinado de Ciro começou na primavera (setentrional) de 538 A.E.C. Se o decreto de Ciro foi emitido mais para o fim de seu primeiro ano de reinado, os judeus podiam ter estado facilmente de volta na sua pátria por volta do sétimo mês (tisri), conforme diz Esdras 3:1; isto seria em outubro de 537 A.E.C.
Todavia, não há maneira razoável de esticar o primeiro ano de Ciro de 538 até 535 A.E.C. Alguns tentaram eliminar o problema de modo forçado alegando que Esdras e Daniel, ao falarem do “primeiro ano de Ciro”, estavam usando algum conceito judaico peculiar, que diferia da contagem oficial do reinado de Ciro. Mas isto não pode ser sustentado, porque tanto um governador não-judaico como um documento dos arquivos persas concordam em que o decreto foi emitido no primeiro ano de Ciro, assim como os escritores bíblicos relatam com cuidado e especificamente. — Esdras 5:6, 13; 6:1-3; Daniel 1:21; 9:1-3.
A “boa palavra” de Jeová está relacionada com o período predito de 70 anos, porque Deus disse:
“Assim disse Jeová: ‘De acordo com o cumprimento de setenta anos em Babilônia, voltarei minha atenção para vós, e vou confirmar para convosco a minha boa palavra por trazer-vos de volta a este lugar.’” (Jeremias 29:10)
Daniel estribou-se nesta palavra, confiando em que os 70 anos não fossem um ‘número redondo’, mas uma cifra exata em que se podia confiar. (Daniel 9:1, 2) E assim veio a ser.
De maneira similar, estamos dispostos a ser guiados principalmente pela Palavra de Deus, em vez de por uma cronologia que se baseia primariamente em evidência secular ou que discorda das Escrituras. Parece evidente que o entendimento mais fácil e mais direto das diversas declarações bíblicas é que os 70 anos começaram com a desolação completa de Judá, depois de Jerusalém ter sido destruída. (Jeremias 25:8-11; 2 Crônicas 36:20-23; Daniel 9:2) Assim, contando para trás 70 anos a partir de quando os judeus voltaram à sua pátria em 537 A.E.C., chegamos a 607 A.E.C. como data em que Nabucodonosor, no seu 18.° ano de reinado, destruiu Jerusalém, tirou Zedequias do trono e acabou com a linhagem de reis judeus no trono, na Jerusalém terrestre. — Ezequiel 21:19-27.
---Jerusalém foi destruída a primeira vez no ano 70 d.C.
Todos os livros de história apontam para 587. O ano de 607 ´e uma data criada em uma analise inversa pelas testemunhas de jeová com o intuito de apoiar a crença de que Jesus "já voltou" em 1914.
Jeruzalém foi destruida várias vezes.
Qual das vezes você quer que te ajude?
NO DOMINIO BABILÔNICO?
NO DOMINIO PERSA?
NO DOMINIO ROMANO?
NO DOMINIO ASSÍRIO?
NA DIVISÃO DE JERUZALÉM COM JUDÁ?
Abraços do Baixista
"Fiel é esta palavra: Se já morremos com Ele, também viveremos com Ele, se perseveramos também com Ele reinaremos, se O negarmos, certamente, Ele também nos negará." (2º Timóteo 2:11-12)
Datação das Eras
Para a contagem de períodos longos, usualmente recorre-se à fixação de determinadas "eras", usando um acontecimento notável como ponto inicial, a partir do qual medem períodos de muitos anos. Assim, nas nações influenciadas pela cultura do cristianismo, quando alguém refere o dia 8 de Setembro de 2006, está a referir-se ao oitavo dia do nono mês do ano dois mil e seis, contado a partir do que alguns crêem ter sido o ano do nascimento de Jesus. Segundo a cronologia usada pelas Testemunhas de Jeová, e inclusivamente pela maioria dos historiadores atuais, Jesus Cristo não nasceu no ano 1 d.C. mas sim algum tempo antes disso. Para as Testemunhas, Jesus nasceu no Outono do ano 2 a.C. (ano dois antes de Cristo) o que conduz à contradição absurda de dizer que Jesus nasceu antes dele mesmo. Assim, para evitar essa discrepância, as Testemunhas costumam usar a expressão EC (Era Comum) para substituir o usual d.C. ou AD (Anno Domini ou ano do Senhor). Por contrapartida, AEC designa o período Antes da Era Comum.
Datas fundamentais
Para as Testemunhas de Jeová, uma data fundamental é uma ano calendar na história que tem base de aceitação nos meios seculares, acadêmicos e históricos, e corresponde a um evento específico relatado na Bíblia. Para elas, essas datas na corrente do tempo têm um significado especial porque servem de ponto de partida para a contagem de períodos que consideram importantes. Uma vez estabelecida esta data fundamental, os cálculos para frente ou para trás a partir dessa data são feitos com base nos relatos da própria Bíblia, que as Testemunhas de Jeová consideram totalmente fidedigna, como a declarada duração da vida de pessoas ou a dos reinados dos reis. Assim, partindo de um ponto fixo, usam a cronologia interna da própria Bíblia para datar muitos dos relatados eventos bíblicos.
Data fundamental para as Escrituras Hebraicas
Para a cronologia das Escrituras Hebraicas, popularmente conhecidas como Velho Testamento, um evento destacado relatado tanto na Bíblia como na História é a conquista da cidade de Babilónia pelos medos e persas sob o comando de Ciro. Diversas fontes históricas (incluindo Deodoro, Africano, Eusébio, Ptolomeu e as tabuinhas babilônicas) confirmam 539 EC como o ano da queda de Babilónia diante de Ciro. A Crônica de Nabonido refere o mês e o dia da queda da cidade, sem mencionar o ano. Os historiadores estabeleceram a data da queda de Babilónia em 11 de Outubro de 539 AEC, segundo o calendário juliano, ou 5 de Outubro no calendário gregoriano.
Após a conquista e durante o seu primeiro ano de domínio sobre a vencida Babilônia, Ciro emitiu o seu famoso decreto que autorizava os judeus a retornar a Jerusalém. Em vista do relato da Bíblia, o decreto foi promulgado provavelmente em fins de 538 AEC ou perto da primavera de 537 AEC. Isto daria ampla oportunidade para os judeus se restabelecerem na sua terra e ir a Jerusalém para restaurar a adoração de Jeová no "sétimo mês", tisri no calendário judaico, ou por volta de 1 de Outubro de 537 AEC (Esdras 1:1-4; 3:1-6).
539 AEC
Os historiadores sustentam que Babilônia caiu diante do exército de Ciro em Outubro de 539 AEC. O rei era então Nabonido, mas, segundo mencionado na Bíblia, o seu filho Belsazar era co-regente do império. Alguns eruditos elaboraram uma lista de reis neo-babilônicos e da duração de seus reinados, remontando desde o último ano de Nabonido até ao pai de Nabucodonosor, Nabopolassar.
De acordo com essa cronologia neo-babilônica, o príncipe herdeiro, Nabucodonosor, derrotou os egípcios na batalha de Carquemis, em 605 AEC. Depois de Nabopolassar falecer, Nabucodonosor voltou a Babilônia para ascender ao trono. Seu primeiro ano de reinado iniciou-se na primavera seguinte, do ano 604 AEC.
A Bíblia relata que os babilônios sob o comando de Nabucodonosor destruíram Jerusalém no seu décimo oitavo ano de reinado (décimo nono quando se inclui o ano de ascensão). Assim, caso se aceite esta cronologia neo-babilônica, então a conquista de Jerusalém ocorreu no ano 587 a 586 AEC.
Algumas evidências principais desta cronologia são:
O Cânon de Ptolomeu
Cláudio Ptolomeu era um astrônomo grego, que viveu no Século II EC. O seu Cânon, ou lista de reis, relacionava-se com uma obra sobre astronomia, produzida por ele. A maioria dos historiadores modernos aceita a informação de Ptolomeu sobre os reis neo-babilônicos e a duração de seus reinados (embora Ptolomeu omita o reinado de Labashi-Marduque). Parece que Ptolomeu baseou a sua informação histórica em fontes que datavam do período selêucida, o qual começou mais de 250 anos depois de Ciro ter capturado Babilônia. Portanto, não surpreende que as cifras de Ptolomeu concordem com as de Beroso, sacerdote babilónico do período selêucida.
Estela de Nabonido, de Harã
Esta estela ou coluna contemporânea com uma inscrição foi descoberta em 1956. Menciona os reinados dos reis neo-babilónicos Nabucodonosor, Evil-Merodaque e Neriglissar. As cifras para estes três concordam com as do Cânon de Ptolomeu.
VAT 4956
Trata-se duma tabuinha cuneiforme que fornece informações astronómicas datando até 568 AEC. Diz que as observações eram desde o trigésimo sétimo ano de Nabucodonosor. Isto corresponderia à cronologia que coloca o seu décimo oitavo ano de reinado em 587 a 586 AEC. Todavia, essa tabuinha é admitidamente uma cópia feita Século III AEC, de modo que é possível que sua informação histórica seja simplesmente a que era aceita no período selêucida.
Tabuinhas comerciais:
Milhares de tabuinhas cuneiformes, neo-babilônicas, contemporâneas, foram encontradas com simples registos de transações comerciais, mencionando o ano do rei babilônico em que ocorreu a respectiva transacção. Tabuinhas desta espécie foram encontradas para todos os anos de reinado dos reis neo-babilônicos conhecidos na cronologia aceita do período.
Do ponto de vista histórico secular, essas evidências parecem confirmar a cronologia neo-babilônica que fixa o décimo oitavo ano de Nabucodonosor (e a destruição de Jerusalém) em 587 a 586 AEC. No entanto, segundo a perspectiva das Testemunhas de Jeová, pode existir a possibilidade de que o actual quadro da história babilônica pode ser enganoso ou errado. Por exemplo, é bem reconhecido que muitos sacerdotes e reis do passado às vezes alteravam os registos para os seus próprios objetivos. Ou mesmo quando a evidência descoberta é exata, ainda poderão ocorrer erros de interpretação pelos eruditos modernos ou esta estar incompleta. Também, já ocorreu várias vezes que novos achados arqueológicos alteraram drasticamente a cronologia de um determinado período.
Evidentemente por reconhecer tais fatos, o Professor Edward F. Campbell Jr. apresentou uma tabela que inclui cronologia neo-babilônica, mas incluiu a ressalva:
"Nem se precisa dizer que estas listas são provisórias. Quanto mais se estuda a complexidade dos problemas cronológicos no antigo Oriente Próximo, tanto menos se está inclinado a pensar numa apresentação como sendo definitiva. Por este motivo, o termo circa [cerca de] poderia ser usado ainda mais liberalmente do que é." — The Bible and the Ancient Near East (edição 1965), pág. 281.
As Testemunhas de Jeová, que acreditam na Bíblia como sendo a Palavra inspirada de Deus, consideram que ela pode ser usada como medida na avaliação da história e dos conceitos seculares. Assim, colocam a autoridade dela acima das opiniões de historiadores seculares, que estão sujeitos a mudanças. Devido a isso, usando como base as escrituras, as Testemunhas datam a destruição de Jerusalém cerca de vinte anos mais cedo, ou seja, em 607 AEC.
Essa interpretação é essencialmente baseada nas palavras do profeta Jeremias que predisse que os babilônios destruiriam Jerusalém, e transformariam a cidade e o país numa desolação. (Jeremias 25:8, 9). Em seguida o profeta acrescentou:
Jeremias 25:11
"E toda esta terra terá de tornar-se um lugar devastado, um assombro, e estas nações terão de servir ao Rei de Babilônia por setenta anos." (NM Tradução do Novo Mundo)
Segundo esta perspectiva, os 70 anos referidos na profecia expiraram quando Ciro, o Grande, no seu primeiro ano, libertou os judeus e estes voltaram à sua pátria. As Testemunhas de Jeová acreditam que a leitura mais directa de Jeremias 25:11 e de outros textos é que os 70 anos contam desde quando os babilônios destruíram Jerusalém e deixaram a terra de Judá desolada.
Os que se baseiam principalmente na informação secular quanto à cronologia daquele período reconhecem que se Jerusalém tivesse sido destruída em 587 ou 586 AEC, certamente não se teriam passado 70 anos até Babilônia ser conquistada e Ciro deixar os judeus voltar à sua pátria. Na tentativa de harmonizar estas questões, afirmam que a profecia de Jeremias começou a cumprir-se em 605 AEC. Escritores posteriores citam Beroso como dizendo que Nabucodonosor, após a batalha de Carquemis, estendeu a influência babilónica sobre toda a Síria e Palestina, e que, quando voltou a Babilônia (no seu ano de ascensão, em 605 AEC), levou cativos judaicos ao exílio. Assim calculam os 70 anos como período de servidão a Babilónia, começando em 605 AEC. Isto significaria que o período de 70 anos expiraria em 535 AEC.
No entanto, as Testemunhas de Jeová contrapõem que esta interpretação apresenta vários problemas. Embora Beroso afirme que Nabucodonosor levou cativos judaicos no seu ano de ascensão, não há nenhum documento cuneiforme que confirme isso. O que é ainda mais significativo, Jeremias 52:28-30 relata cuidadosamente que Nabucodonosor levou cativos judaicos no seu sétimo ano, no seu décimo oitavo ano e no seu vigésimo terceiro ano, mas não no seu ano de ascensão. Também, o historiador judaico Josefo declara que, no ano da batalha de Carquemis, Nabucodonosor conquistou toda a Siria-Palestina, "excepto a Judéia" (Antiquities of the Jews X, vi, 1), contradizendo Beroso e entrando em conflito com a afirmação de que os 70 anos de servidão judaica começaram no ano de ascensão de Nabucodonosor.
Além disso, em outro lugar, Josefo descreve a destruição de Jerusalém pelos babilónios e escreve então que "toda a Judéia e Jerusalém, e o templo, continuaram a ser um deserto por setenta anos" (Antiquities of the Jews X, ix, 7). Declarou especificamente que "a nossa cidade ficou desolada durante o intervalo de setenta anos, até os dias de Ciro" (Against Apion I, 19).
O escritor Teófilo de Antioquia, do Século II EC, também mostra que os 70 anos começaram com a destruição do templo, após o reinado de onze anos de Zedequias.
Estas últimas perspectivas concordam com os seguintes versículos bíblicos:
2 Crónicas 36:21
"Além disso, ele levou cativos a Babilônia os que foram deixados pela espada, e eles vieram a ser servos dele e dos seus filhos até o começo do reinado da realeza da Pérsia; para se cumprir a palavra de Jeová pela boca de Jeremias, até que a terra tivesse saldado os seus sábados. Todos os dias em que jazia desolada, guardava o sábado, para cumprir setenta anos." (NM)
Daniel 9:2
"No primeiro ano do seu reinado, eu, Daniel, compreendi pelos livros o número de anos a respeito dos quais viera a haver a palavra de Jeová para Jeremias, o profeta, para se cumprirem as devastações de Jerusalém, a saber, setenta anos." (NM)
As Testemunhas apresentam ainda argumentos adicionais, usando a própria Bíblia, contra a alegação de que os 70 anos começaram em 605 AEC e que Jerusalém foi destruída em 587 ou 586 AEC. Caso se contasse a partir de 605 AEC, os 70 anos chegariam a 535 AEC. Mas, o escritor bíblico Esdras relatou que os 70 anos se estenderam até o "primeiro ano de Ciro, Rei da Pérsia", tendo sido este monarca a emitir o decreto que permitiu aos judeus voltar à sua pátria. (Esdras 1:1-4; 2 Crónicas 36:21-23) Os historiadores aceitam que Ciro conquistou Babilónia em Outubro de 539 AEC e que o primeiro ano de reinado de Ciro começou na primavera (do hemisfério norte) de 538 AEC. Se o decreto de Ciro foi emitido mais para o final do primeiro ano de reinado, os judeus não teriam tido dificuldade em ter chegado à sua pátria por volta do "sétimo mês", tisri, conforme Esdras 3:1. Isto seria em Outubro de 537 AEC.
As Testemunhas de Jeová referem que não há forma razoável de esticar o primeiro ano de Ciro de 538 até 535 AEC. Alguns tentaram eliminar o problema alegando que Esdras e Daniel, ao falarem do "primeiro ano de Ciro", estariam a usar algum conceito judaico peculiar, talvez diferente da contagem oficial do reinado de Ciro. Mas, para as Testemunhas isto não pode ser sustentado, porque tanto um governador não-judaico como um documento dos arquivos persas concordam em que o decreto foi emitido no primeiro ano de Ciro, tal como os escritores bíblicos o relatam (Esdras 5:6, 13; 6:1-3; Daniel 1:21; 9:1-3).
Argumentam que Daniel teria confiado que os 70 anos não fossem simplesmente um número redondo mas uma cifra exacta visto que, conforme referido em Daniel 9:1, 2, o escritor bíblico refere a seguinte profecia de Jeremias:
Jeremias 29:10
"Assim disse Jeová: De acordo com o cumprimento de setenta anos em Babilônia, voltarei minha atenção para vós, e vou confirmar para convosco a minha boa palavra por trazer-vos de volta a este lugar." (NM)
Afirmando seguir a mesma confiança que atribuem a Daniel, as Testemunhas de Jeová estão dispostas a aceitar antes as evidências contidas na Bíblia do que seguir uma cronologia que se baseia primariamente em opiniões de historiadores e que discorda das Escrituras. Para elas, o entendimento mais fácil e direto das diversas declarações bíblicas é que os 70 anos começaram com a desolação completa de Judá, depois de Jerusalém ter sido destruída. Assim, contando para trás 70 anos a partir de quando os judeus voltaram à sua pátria em 537 AEC, chegam a 607 AEC como a data em que Nabucodonosor, no seu décimo oitavo ano de reinado, destruiu Jerusalém, tirou Zedequias do trono e terminou com a linhagem de reis judeus no trono em Jerusalém terrestre.
Jeremias 29:10
No versículo bíblico acima referido, Jeremias declara:
Jeremias 29:10
"Assim disse Jeová: De acordo com o cumprimento de setenta anos em Babilônia, voltarei minha atenção para vós, e vou confirmar para convosco a minha boa palavra por trazer-vos de volta a este lugar." (NM)
Alguns críticos mencionam que a Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas é a única tradução bíblica que verte a expressão "em Babilônia", ao invés de "para Babilônia", como alegam estar declarado no Texto Massorético. Por sua vez, as Testemunhas apresentam várias traduções para que se possa efectuar a necessária comparação:
Bíblia de Jerusalém, nova edição revista e ampliada, de 2002
"Porque assim disse Iahweh: Quando se completarem, para Babilônia, setenta anos eu vos visitarei e realizarei a minha promessa de vos fazer retornar a este lugar."
Almeida, - Versão Corrigida e Fiel
"Porque assim diz o Senhor: Certamente que passados setenta anos em Babilônia, vos visitarei, e cumprirei sobre vós a minha boa palavra, tornando a trazer-vos a este lugar."
Almeida - Versão Revista e Atualizada
"Assim diz o SENHOR: Logo que se cumprirem para a Babilônia setenta anos, atentarei para vós outros e cumprirei para convosco a minha boa palavra, tornando a trazer-vos para este lugar."
Almeida - Versão Revista e Corrigida, edição de 1967
"Porque, assim diz o Senhor: Certamente que passados setenta anos, em Babilónia, vos visitarei, e cumprirei sobre vós a minha boa palavra, tornando-vos a trazer a este lugar."
Redação IntraText - Bíblia Pastoral da Editora São Paulo, edição de 1993
"Assim diz Javé: Quando se completarem setenta anos na Babilônia, eu olharei para vocês e cumprirei minhas promessas, trazendo-os de volta para este lugar."
Bíblia Avé Maria,
"Eis o que diz o Senhor: Quando setenta anos tiverem decorrido para Babilônia, eu vos visitarei a fim de realizar a promessa que vos fiz de aqui vos reconduzir."
Nova Tradução na Linguagem de Hoje,
"O SENHOR Deus diz ainda: Quando os setenta anos da Babilônia passarem, eu mostrarei que me interesso por vocês e cumprirei a minha promessa de trazê-los de volta à pátria."
Bíblia Sagrada Missionários da Difusora Bíblica Fransciscanos Capuchinhos, edição de 2002
"Isto diz o SENHOR: Quando se cumprirem os setenta anos na Babilónia, Eu vos visitarei, a fim de realizar a promessa que fiz de vos trazer de novo a este lugar."
Padre António Pereira de Figueiredo, edição de 1900
"Porque isto diz o Senhor: Quando se começarem a cumprir os setenta annos em Babylonia, eu vos visitarei, e renovarei a minha palavra favoravel sobre vós para vos fazer voltar a este logar."
Parece assim claro que alguns tradutores tomaram a mesma opção que a Comissão da Tradução do Novo Mundo quanto a este versículo em particular.
A primeira destruição foi em 587 a.C; Nesta época Israel era um reino pertencente a Babilônia cujo rei era Nabucudonosor ( 2 Rs 25.1-26 ).
A segunda destruição ocorreu em 70 d.C.
Paz do Senhor.
com certeza 607 a.c.pois sou estudante da biblia,as evidencias encontradas por arqueologos apontam 607a.c.