Olá. Estava eu num restaurante, e de repente vi escrito na comanda: "adoraríamos saber sua oPnião". Iniciei o assunto: ora, opinião se escreve com "I". Todos a mesa(os que participaram... entres eles recém professoras) me disseram que eu estava errada. Fiquei perplexa, mas deixei passar. Agora o que eu realmente quero saber: qual é a regra gramatical que me permite comprovar que a palavra OPINIÃO não tem o ""p" mudo"?
Obrigada!
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Nossa! Também estou perplexo. :o
Não existe nem uma regra, escreve com "i" e pronto.
Mostra o dicionário pra eles.
todos à mesa estavam errados, voce certa
opinião sempre teve o i
bjs da bisavo
à por isso que a educação deste paÃs é essa vergonha. Professoras sequer sabem escrever "opinião". E ainda querem alfabetizar alguém.
Faz o seguinte, querida: apresente a elas um livro chamado "dicionário".
Opinião: do latim opinione, declinação de opinio, opinião, fantasia, coisa imaginada, conjectura, crença. Nas sociedades politeÃstas, a opinião estava ligada aos deuses, confundindo-se com falsa expectativa, julgamento equivocado, principalmente por deficiência na interpretação dos recados divinos. Os consulentes gregos iam aos oráculos perguntar sobre o futuro. O mais famoso era o de Delfos. Ali, no templo que lhe era dedicado, o deus Apolo ditava suas previsões à sacerdotisa pÃtia, também denominada pitonisa, encarregada de pronunciar seus oráculos. O ditado "A voz do povo é a voz de Deus" nasceu em sociedades em que os sacerdotes tinham grande prestÃgio e seu objetivo era desqualificar a opinião popular. Com o tempo, porém, passou a significar endosso ao que o povo diz. O primeiro registro está em IsaÃas 66,6: "Vox populi de civitate, vox de templo, vox Domini reddentis retributionem inimicis suis" (Voz do povo da cidade, voz do templo, voz do Senhor que dá retribuição a seus inimigos). O erudito inglês AlcuÃno (732-804), um dos mestres da escola de Aixla- Chapelle (hoje Aachen), instalada pelo imperador Carlos Magno (742-814) no próprio palácio, adverte o imperador para a falsidade da opinião popular: "Nec audiendi qui dolent dicere vox populi, vox Dei, cum tumultuositas vulgi semper insanias proxima sit" (Não devem ser ouvidos aqueles que costumam dizer voz do povo, voz de Deus, porque a confusão do vulgo sempre toca as raias da loucura). A tradição, porém, consagrou como verdadeira a voz do povo. Diz-se, por exemplo, "quando o povo fala ou é, ou foi, ou será" e no Brasil há um instituto de pesquisas de opinião chamado Vox Populi. O humorista gaúcho Carlos Nobre (1929-1985) fez graça com a expressão "Não confunda a força da opinião pública com a opinião da Força Pública."