Talassocracia é uma palavra de origem grega que significa domínio sobre os mares. Assim, o poder de um Estado talassocrático está associado ao domínio militar que exerce sobre os mares. No contexto da História Europeia, a primeira talassocracia foi a Cidade-Estado de Atenas, que exerceu um certo domínio sobre o Mediterrâneo Oriental. O Império Romano, que transformou este mar num ‘mare nostrum’, poderá ser considerado uma talassocracia. No Renascimento, as Repúblicas italianas, essencialmente Veneza e Génova, foram o espaço privilegiado das trocas comerciais entre o Oriente e o Ocidente, dominando as rotas marítimas de todo o Mediterrâneo.
Modernamente, antes da 2.ª Guerra Mundial, o Império Britânico foi uma talassocracia global, dominando todos os mares do planeta, e, no limiar do século XXI, os Estados Unidos são a superpotência marítima incontestada.
Sobre a questão da bibliografia é difícil fazer referências, já que estes poderes marítimos, por circunstâncias múltiplas, entraram em crise, e outros poderes se sobrepuseram. Contudo, há um historiador britânico, Arnold Toynbee, autor de várias obras sobre as civilizações, para as quais estabeleceu uma teoria cíclica sobre o declínio das mesmas. «Um Estudo de História» é a sua monumental obra de referência, que infelizmente se encontra esgotada em Portugal, mas há uma edição brasileira.
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Talassocracia é uma palavra de origem grega que significa domínio sobre os mares. Assim, o poder de um Estado talassocrático está associado ao domínio militar que exerce sobre os mares. No contexto da História Europeia, a primeira talassocracia foi a Cidade-Estado de Atenas, que exerceu um certo domínio sobre o Mediterrâneo Oriental. O Império Romano, que transformou este mar num ‘mare nostrum’, poderá ser considerado uma talassocracia. No Renascimento, as Repúblicas italianas, essencialmente Veneza e Génova, foram o espaço privilegiado das trocas comerciais entre o Oriente e o Ocidente, dominando as rotas marítimas de todo o Mediterrâneo.
Modernamente, antes da 2.ª Guerra Mundial, o Império Britânico foi uma talassocracia global, dominando todos os mares do planeta, e, no limiar do século XXI, os Estados Unidos são a superpotência marítima incontestada.
Sobre a questão da bibliografia é difícil fazer referências, já que estes poderes marítimos, por circunstâncias múltiplas, entraram em crise, e outros poderes se sobrepuseram. Contudo, há um historiador britânico, Arnold Toynbee, autor de várias obras sobre as civilizações, para as quais estabeleceu uma teoria cíclica sobre o declínio das mesmas. «Um Estudo de História» é a sua monumental obra de referência, que infelizmente se encontra esgotada em Portugal, mas há uma edição brasileira.