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Eu li o livro, fiquei meio estupefado com a similaridade que o livro nos tras aos tempos atuais. Quase estamos ao nível do Admirável Mundo Novo nem tão admirável assim.

Eis ai um extrato de uma crítica do livro que explica o final. Se puder leia tudo pelo link que forneci:

"John resolve fugir. Os acontecimentos posteriores nos levam a ter a impressão de que sua derrota é completa. Seu esconderijo é descoberto. Darwin Bonaparte filma-o e se torna famoso em razão do sucesso do filme. Logo vêem os repórteres e os curiosos. A vida de John se torna um inferno. Lenina procura-o com outros jovens de castas superiores. Depois de agredi-la, participa de um ritual dionisíaco com os civilizados e suicida-se. Antes porém, para evitar a tentação de uma outra mulher havia se jogado num arbusto espinhoso dilacerando seu corpo exatamente como São Benedito (486 a543 dc) o fez durante seu retiro.

A morte foi a única forma que John encontrou para afirmar sua liberdade e individualidade diante do mundo. É verdade que ele perde a vida, mas também é verdade que encontra a dignidade recusando-se a participar de uma sociedade massificada em que nem mesmo seu desejo de isolar-se é respeitado."

Estou lendo "A Ilha" e ainda vou ler "Sem Olhos em Gaza".

Não sou de ler qualquer livro, mas este Aldous Huxley foi para mim um mestre escritor - para não dizer um gênio escritor.

Cuidado com o Processo Bokanovsky.

Caro, se puder, depois dá uma olhada no palestra do Leandro Karnal sobre Hamlet de Shakespeare.

Aldous Huxley lia muito shakespeare, e como percebemos ao ler o livro, o Selvagem leu Otelo e proclamava muitas falas do mesmo.

O processo de isolamento e mutilação fica muito mais claro, pelo menos ficara para mim, depois de assistir a palestra exibida pela CPFL. Tem algo a ver com a individualidade, liberdade, consciencia...

Espero ter ajudado de alguma maneira!

Forte abraço