"o menino e o velho" de Lygia Fagundes Telles é conto ou crônica?
Me ajuudem! meu professor de português passou um trabalho de analise tecnica de um conto e escolhi "o e menino e o velho" de Lygia Fagundes Telles, mas to na dúvida se é conto ou crônica ! ;/
No decorrer da narrativa a mudança no aspecto do menino, já devidamente limpo, bem vestido e com bolsa escolar muito bem apresentável, alimenta uma ou outra possibilidade. Só não engana a narradora, que desde o inÃcio deixa clara a sua antipatia pelo velho.
- Mas ela bem que pode estar enganada em sua avaliação -, imagina o leitor, livre para tirar suas próprias conclusões.
Lygia Fagundes Telles nasceu no dia 19 de abril de 1923; publicou seu primeiro livro "Porão e sobrado" em 1938, e daà não parou mais, criando a ampliando um acervo literário que inclui obras adaptadas para a televisão e para o cinema e que a coloca entre os maiores nomes na nossa literatura brasileira. Agraciada em março de 2001com o tÃtulo de "Doutora Honoris Causa" pela Universidade de BrasÃlia (UnB), a escritora recebeu em 2005 o "Prêmio Camões", o mais importante da literatura em lÃngua portuguesa.
Answers & Comments
Verified answer
É um conto.
Comprove que é um conto, consultando o site abaixo:
O menino e o velho
Lygia Fagundes Telles
Quando entrei no pequeno restaurante da praia os dois já estavam sentados, o velho e o menino. Manhã de um azul flamante. Fiquei olhando o mar que não via há algum tempo e era o mesmo mar de antes, um mar que se repetia e era irrepetÃvel. Misterioso e sem mistério nas ondas estourando naquelas espumas flutuantes (bom-dia, Castro Alves!) tão efêmeras e eternas, nascendo e morrendo ali na areia. O garçom, um simpático alemão corado, me reconheceu logo. Franz?, eu perguntei e ele fez uma continência, baixou a bandeja e deixou na minha frente o copo de chope. Pedi um sanduÃche. Pão preto?, ele lembrou e foi em seguida até a mesa do velho que pediu outra garrafa de água de Vichy....
O que li
O conto "O menino e o velho" é parte integrante do livro "Invenção e Memória" (Editora Rocco - Rio de Janeiro, 2000), obra da escritora paulista Lygia Fagundes Telles que rendeu à autora o Prêmio Jabuti, na categoria ficção, em 2001. Escrita em linguagem simples e narrada em primeira pessoa, a história é colocada para o leitor de forma tal que a este é impossÃvel imaginar o destino dos personagens centrais (o menino e o velho), dadas as várias possibilidades que lhe possa oferecer a sua imaginação.
A princÃpio, imagina-se a relação entre um avô e um neto, um privilégio de relacionamento familiar que alimenta a alma do velho e enche de sabedoria e admiração o seu pequeno descendente. "Mas o avô não era o avô", enfatiza a autora, e então ao leitor é dada a liberdade de imaginar que seja um caso de adoção que vai mudar a vida do menino antes abandonado; ou ainda, mesmo a contra-gosto, que seja um caso de pedofilia, de um velho "sem princÃpios" que se aproveita da condição de abandono social do garoto para seduzi-lo e, com isso, satisfazer seus instintos perversos.
No decorrer da narrativa a mudança no aspecto do menino, já devidamente limpo, bem vestido e com bolsa escolar muito bem apresentável, alimenta uma ou outra possibilidade. Só não engana a narradora, que desde o inÃcio deixa clara a sua antipatia pelo velho.
- Mas ela bem que pode estar enganada em sua avaliação -, imagina o leitor, livre para tirar suas próprias conclusões.
Ao final da história, entretanto, a constatação de que ela estava certa. E a certeza vem com a notÃcia, dada pelo garçom Franz, de que o menino "enforcou o pobre do velho com uma cordinha de náilon, roubou o que pôde e deu no pé! [...] Estava nu, o corpo todo judiado e a cordinha no pescoço..."
Lygia Fagundes Telles nasceu no dia 19 de abril de 1923; publicou seu primeiro livro "Porão e sobrado" em 1938, e daà não parou mais, criando a ampliando um acervo literário que inclui obras adaptadas para a televisão e para o cinema e que a coloca entre os maiores nomes na nossa literatura brasileira. Agraciada em março de 2001com o tÃtulo de "Doutora Honoris Causa" pela Universidade de BrasÃlia (UnB), a escritora recebeu em 2005 o "Prêmio Camões", o mais importante da literatura em lÃngua portuguesa.