É o documento mais antigo que existe sobre o cânon bíblico do Novo Testamento, escrito por volta do ano 150, indica o nome de Pio, bispo de Roma de 143 à 155, irmão de Hermas, autor de ´O Pastor´. É um manuscrito do séc. VIII, cópia do original, descoberto pelo sacerdote italiano Ludovico Antonio Muratori no séc. XVIII.
Ele é o mais antigo cânon ou lista autêntica dos livros das Escrituras Gregas Cristãs. O Fragmento Muratoriano estabelece uma lista de escritos considerados inspirados. O Fragmento Muratoriano é parte de um códice manuscrito composto de 76 folhas de pergaminho, cada uma medindo 27 centímetros por 17 centímetros. Foi descoberto por Ludovico Antonio Muratori (1672-1750), um conceituado historiador italiano, na Biblioteca Ambrosiana em Milão, Itália. Muratori publicou seu achado em 1740, daí vem o nome Fragmento Muratoriano. Parece que o códice foi produzido no oitavo século no antigo mosteiro de Bobbio, perto de Piacenza, norte da Itália. Foi transferido para a Biblioteca Ambrosiana no início do século 17. O Fragmento Muratoriano consiste em 85 linhas de texto nas páginas 10 e 11 do códice. O texto está em latim, e evidentemente foi copiado por um escriba que não era muito cuidadoso. Mas alguns dos erros foram identificados ao se comparar o texto do Fragmento Muratoriano com o mesmo texto existente em quatro manuscritos dos séculos 11 e 12. Parece que o original foi escrito em grego muitos séculos antes do Fragmento, que é uma tradução do grego para o latim. O que nos ajuda a saber a data do original é que ele menciona o livro não-bíblico O Pastor, e diz que um homem chamado Hermas o escreveu “muito recentemente, em nossos tempos, na cidade de Roma”. Eruditos estimam que a escrita de O Pastor, de Hermas, terminou entre 140 EC e 155 EC. É por isso que o original, em grego, do Fragmento Muratoriano, em latim, é datado entre 170 EC e 200 EC. As referências diretas e indiretas a Roma parecem indicar que o documento foi escrito naquela cidade. Mas a identificação do autor é polêmica. Já se sugeriu Clemente de Alexandria, Melito de Sardes e Polícrates de Éfeso. Mas a maioria dos eruditos aponta Hipólito, um prolífero escritor que viveu em Roma e escrevia em grego durante a época que provavelmente surgiu o Fragmento Muratoriano. O texto não é uma simples lista dos livros das Escrituras Gregas Cristãs. Também faz comentários sobre os livros e seus escritores. Se você pudesse ler o manuscrito, perceberia que as primeiras linhas estão faltando e que ele também termina de repente. Começa mencionando o Evangelho de Lucas e diz que o escritor desse livro bíblico era médico. (Colossenses 4:14) Declara que o Evangelho de Lucas é o terceiro, assim pode-se perceber que a parte que está faltando provavelmente fazia referência aos Evangelhos de Mateus e de Marcos. Isso é apoiado quando o Fragmento Muratoriano diz que o quarto Evangelho é o de João. O Fragmento Muratoriano confirma que o livro de Atos dos Apóstolos foi escrito por Lucas para o “excelentíssimo Teófilo”. (Lucas 1:3; Atos 1:1) Daí continua alistando as cartas do apóstolo Paulo aos coríntios (duas), aos efésios, aos filipenses, aos colossenses, aos gálatas, aos tessalonicenses (duas), aos romanos, a Filêmon, a Tito e a Timóteo (duas). A carta de Judas e duas cartas de João também são mencionadas como livros inspirados. A primeira carta do apóstolo João já tinha sido mencionada junto com seu Evangelho. Apocalipse, ou Revelação, conclui a lista de livros considerados inspirados. É significativo que o Fragmento menciona um Apocalipse de Pedro, mas diz que alguns achavam que ele não devia ser lido pelos cristãos. O escritor avisa que alguns escritos falsos já estavam circulando em seus dias. O Fragmento Muratoriano explica que eles não deviam ser aceitos, “pois não é apropriado que se misture fel com mel”. O documento também menciona outros textos que não deviam ser incluídos entre os escritos sagrados; isso porque apoiavam heresias ou porque foram escritos depois do período dos apóstolos, como O Pastor, de Hermas. Você talvez tenha notado que a carta aos hebreus, as duas cartas de Pedro e a de Tiago não foram mencionadas nesse catálogo de livros bíblicos autênticos. No entanto, analisando o trabalho do escriba que copiou o manuscrito, o Dr. Geoffrey Mark Hahneman salientou que é “razoável dizer que o Fragmento talvez contivesse outras referências, hoje perdidas, e que Tiago e Hebreus (e 1 Pedro) talvez estivessem entre elas”. — The Muratorian Fragment and the Development of the Canon (O Fragmento Muratoriano e o Desenvolvimento do Cânon). Assim, o Fragmento Muratoriano confirma que a maioria dos livros que hoje fazem parte das Escrituras Gregas Cristãs já eram considerados canônicos no segundo século EC. É claro que a canonicidade dos livros bíblicos — ou seja, seu direito de serem incluídos na coleção divina de livros — não depende de serem mencionados em determinada lista antiga. O que prova que os livros da Bíblia foram produzidos pelo espírito santo é o seu conteúdo. Todos apóiam a autoria de Jeová Deus e estão em completa harmonia. O equilíbrio e a harmonia dos 66 livros canônicos da Bíblia testificam sua unidade e inteireza. Assim, é de proveito encará-los pelo que realmente são: a verdade inspirada, a Palavra de Jeová, preservada até os nossos dias. — 1 Tessalonicenses 2:13; 2 Timóteo 3:16, 17.
O Cânone Muratori, também conhecido por fragmento muratoriano ou fragmento de Muratori, é uma cópia da lista mais antiga que se conhece dos livros do Novo Testamento. Foi descoberta na Biblioteca Ambrosiana de Milão por Ludovico Antonio Muratori (1672 – 1750) e publicada em 1740. Na lista figuram os nomes dos livros que o autor desconhecido da lista considerava admissíveis, com alguns comentários. A lista está escrita em latim e encontra-se incompleta, daí ser chamada de fragmento.
Apesar de ser consensual datar o manuscrito como sendo do século VII, ele é cópia de um texto mais antigo, datado como tendo sido escrito por volta do ano 170, já que nele é referido o Pastor de Hermas e como recente o papado de Pio I, morto em 157.
Os livros canónicos mencionados na lista são aproximadamente os mesmos que se consideram hoje como canónicos neo-testamentários, com algumas variações. O Cânone de Muraori aceita quatro evangelhos, dos quais dois são o Evangelho de Lucas e o Evangelho de João, não se conhecendo os outros dois, pois falta o princípio do manuscrito, onde estariam os nomes dos dois primeiros[1]. A lista segue com os Actos dos Apóstolos e com 13 epístolas de Paulo de Tarso (não menciona a Epístola aos Hebreus). Considera falsificações as epístolas supostamente escritas por Paulo aos laodiceanos e a escrita aos alexandrinos. Nele só se mencionam duas epístolas de João, sem as descrever. Figura também no fragmento o Apocalipse de Pedro, ainda que com certas reservas ("o qual alguns dos nossos não permitem que seja lido na Igreja").
O Livro da Sabedoria do Antigo Testamento também é citado como sendo canônico.
É o documento mais antigo que existe sobre o cânon bíblico do Novo Testamento, escrito por volta do ano 150, indica o nome de Pio, bispo de Roma de 143 à 155, irmão de Hermas, autor de ´O Pastor´. É um manuscrito do séc. VIII, cópia do original, descoberto pelo sacerdote italiano Ludovico Antonio Muratori no séc. XVIII. O manuscrito encontra´se mutilado no início e no fim, mas permite distingüir quatro espécies de livros:
1. Os que são lidos publicamente na Igreja.
2. Os que algumas pessoas querem que sejam lidos publicamente na Igreja.
Answers & Comments
Verified answer
É o documento mais antigo que existe sobre o cânon bíblico do Novo Testamento, escrito por volta do ano 150, indica o nome de Pio, bispo de Roma de 143 à 155, irmão de Hermas, autor de ´O Pastor´. É um manuscrito do séc. VIII, cópia do original, descoberto pelo sacerdote italiano Ludovico Antonio Muratori no séc. XVIII.
Ele é o mais antigo cânon ou lista autêntica dos livros das Escrituras Gregas Cristãs. O Fragmento Muratoriano estabelece uma lista de escritos considerados inspirados. O Fragmento Muratoriano é parte de um códice manuscrito composto de 76 folhas de pergaminho, cada uma medindo 27 centímetros por 17 centímetros. Foi descoberto por Ludovico Antonio Muratori (1672-1750), um conceituado historiador italiano, na Biblioteca Ambrosiana em Milão, Itália. Muratori publicou seu achado em 1740, daí vem o nome Fragmento Muratoriano. Parece que o códice foi produzido no oitavo século no antigo mosteiro de Bobbio, perto de Piacenza, norte da Itália. Foi transferido para a Biblioteca Ambrosiana no início do século 17. O Fragmento Muratoriano consiste em 85 linhas de texto nas páginas 10 e 11 do códice. O texto está em latim, e evidentemente foi copiado por um escriba que não era muito cuidadoso. Mas alguns dos erros foram identificados ao se comparar o texto do Fragmento Muratoriano com o mesmo texto existente em quatro manuscritos dos séculos 11 e 12. Parece que o original foi escrito em grego muitos séculos antes do Fragmento, que é uma tradução do grego para o latim. O que nos ajuda a saber a data do original é que ele menciona o livro não-bíblico O Pastor, e diz que um homem chamado Hermas o escreveu “muito recentemente, em nossos tempos, na cidade de Roma”. Eruditos estimam que a escrita de O Pastor, de Hermas, terminou entre 140 EC e 155 EC. É por isso que o original, em grego, do Fragmento Muratoriano, em latim, é datado entre 170 EC e 200 EC. As referências diretas e indiretas a Roma parecem indicar que o documento foi escrito naquela cidade. Mas a identificação do autor é polêmica. Já se sugeriu Clemente de Alexandria, Melito de Sardes e Polícrates de Éfeso. Mas a maioria dos eruditos aponta Hipólito, um prolífero escritor que viveu em Roma e escrevia em grego durante a época que provavelmente surgiu o Fragmento Muratoriano. O texto não é uma simples lista dos livros das Escrituras Gregas Cristãs. Também faz comentários sobre os livros e seus escritores. Se você pudesse ler o manuscrito, perceberia que as primeiras linhas estão faltando e que ele também termina de repente. Começa mencionando o Evangelho de Lucas e diz que o escritor desse livro bíblico era médico. (Colossenses 4:14) Declara que o Evangelho de Lucas é o terceiro, assim pode-se perceber que a parte que está faltando provavelmente fazia referência aos Evangelhos de Mateus e de Marcos. Isso é apoiado quando o Fragmento Muratoriano diz que o quarto Evangelho é o de João. O Fragmento Muratoriano confirma que o livro de Atos dos Apóstolos foi escrito por Lucas para o “excelentíssimo Teófilo”. (Lucas 1:3; Atos 1:1) Daí continua alistando as cartas do apóstolo Paulo aos coríntios (duas), aos efésios, aos filipenses, aos colossenses, aos gálatas, aos tessalonicenses (duas), aos romanos, a Filêmon, a Tito e a Timóteo (duas). A carta de Judas e duas cartas de João também são mencionadas como livros inspirados. A primeira carta do apóstolo João já tinha sido mencionada junto com seu Evangelho. Apocalipse, ou Revelação, conclui a lista de livros considerados inspirados. É significativo que o Fragmento menciona um Apocalipse de Pedro, mas diz que alguns achavam que ele não devia ser lido pelos cristãos. O escritor avisa que alguns escritos falsos já estavam circulando em seus dias. O Fragmento Muratoriano explica que eles não deviam ser aceitos, “pois não é apropriado que se misture fel com mel”. O documento também menciona outros textos que não deviam ser incluídos entre os escritos sagrados; isso porque apoiavam heresias ou porque foram escritos depois do período dos apóstolos, como O Pastor, de Hermas. Você talvez tenha notado que a carta aos hebreus, as duas cartas de Pedro e a de Tiago não foram mencionadas nesse catálogo de livros bíblicos autênticos. No entanto, analisando o trabalho do escriba que copiou o manuscrito, o Dr. Geoffrey Mark Hahneman salientou que é “razoável dizer que o Fragmento talvez contivesse outras referências, hoje perdidas, e que Tiago e Hebreus (e 1 Pedro) talvez estivessem entre elas”. — The Muratorian Fragment and the Development of the Canon (O Fragmento Muratoriano e o Desenvolvimento do Cânon). Assim, o Fragmento Muratoriano confirma que a maioria dos livros que hoje fazem parte das Escrituras Gregas Cristãs já eram considerados canônicos no segundo século EC. É claro que a canonicidade dos livros bíblicos — ou seja, seu direito de serem incluídos na coleção divina de livros — não depende de serem mencionados em determinada lista antiga. O que prova que os livros da Bíblia foram produzidos pelo espírito santo é o seu conteúdo. Todos apóiam a autoria de Jeová Deus e estão em completa harmonia. O equilíbrio e a harmonia dos 66 livros canônicos da Bíblia testificam sua unidade e inteireza. Assim, é de proveito encará-los pelo que realmente são: a verdade inspirada, a Palavra de Jeová, preservada até os nossos dias. — 1 Tessalonicenses 2:13; 2 Timóteo 3:16, 17.
Parece até nome de Cavaleiro do Zodíaco... Saga de Gêmeos, Seiya de Pégaso, Ikki de Fênix, Cânon de Muratori, Krishna de Cresaor...
O Cânone Muratori, também conhecido por fragmento muratoriano ou fragmento de Muratori, é uma cópia da lista mais antiga que se conhece dos livros do Novo Testamento. Foi descoberta na Biblioteca Ambrosiana de Milão por Ludovico Antonio Muratori (1672 – 1750) e publicada em 1740. Na lista figuram os nomes dos livros que o autor desconhecido da lista considerava admissíveis, com alguns comentários. A lista está escrita em latim e encontra-se incompleta, daí ser chamada de fragmento.
Apesar de ser consensual datar o manuscrito como sendo do século VII, ele é cópia de um texto mais antigo, datado como tendo sido escrito por volta do ano 170, já que nele é referido o Pastor de Hermas e como recente o papado de Pio I, morto em 157.
Os livros canónicos mencionados na lista são aproximadamente os mesmos que se consideram hoje como canónicos neo-testamentários, com algumas variações. O Cânone de Muraori aceita quatro evangelhos, dos quais dois são o Evangelho de Lucas e o Evangelho de João, não se conhecendo os outros dois, pois falta o princípio do manuscrito, onde estariam os nomes dos dois primeiros[1]. A lista segue com os Actos dos Apóstolos e com 13 epístolas de Paulo de Tarso (não menciona a Epístola aos Hebreus). Considera falsificações as epístolas supostamente escritas por Paulo aos laodiceanos e a escrita aos alexandrinos. Nele só se mencionam duas epístolas de João, sem as descrever. Figura também no fragmento o Apocalipse de Pedro, ainda que com certas reservas ("o qual alguns dos nossos não permitem que seja lido na Igreja").
O Livro da Sabedoria do Antigo Testamento também é citado como sendo canônico.
É o documento mais antigo que existe sobre o cânon bíblico do Novo Testamento, escrito por volta do ano 150, indica o nome de Pio, bispo de Roma de 143 à 155, irmão de Hermas, autor de ´O Pastor´. É um manuscrito do séc. VIII, cópia do original, descoberto pelo sacerdote italiano Ludovico Antonio Muratori no séc. XVIII. O manuscrito encontra´se mutilado no início e no fim, mas permite distingüir quatro espécies de livros:
1. Os que são lidos publicamente na Igreja.
2. Os que algumas pessoas querem que sejam lidos publicamente na Igreja.
3. Os que são lidos particularmente.
4. Os que devem ser desprezados.
Abs
PM