Sinopse: "Pastor (e impostor) evangélico atravessa o país com uma caravana e, em cada cidade, promete milagres à comunidade. Um dia uma dessas promessas se concretiza. E logo no final do filme, para minimizar a polêmica e frustrar o espectador que achava graça nesta eficiente denúncia aos evangélicos".
Comentário: Este é aquele tipo de filme que um amigo meu diria: "Este cara é aquele sujeito que não resta a menor dúvida".
Na verdade não diz nada, embora fale tudo, mas no fim deixa tudo por assim dizer.
Complicado?
Bem, o filme tem duas conotações: a primeira é ser um filme de comédia e como tal funciona razoavelmente. Principalmente se alguém é fã de Steve Martin e suas múltiplas caretas. A segunda é ser um filme, que apesar de brincar com coisa séria, tem a finalidade, embora não explicita, de ser uma espécie de denúcia as picaretagens que muitos fazem para enganar os incautos.
Antes de mais nada, é bom separar "o joio do trigo", porque não se critica a fé do povo, esta tanto maior é melhor. Mas, a falsa fé dos picaretas que exploram (e na vida real o fazem) este mesmo povo, ludibriando-os, enganando-os e, por que não dizer, roubando-os.
O roteiro do filme e o seu clímax tem relação com a passagem do Evangelho Segundo Marcos (11, 20-25) onde Jesus diz que se a pessoa tiver fé ela poderá pedir a montanha que vá para o mar e ela irá. Ao entendimento errado desta passagem é, o que parece, o filme quer criticar.
Porque: Se olharmos o texto bíblico, sem a devida atenção, concordaremos que fé demais não cheira bem, pois parece que Jesus está estimulando seus discípulos a fazer milagres. Mas, como Jesus não está falando em mover montanhas no sentido literal, podemos afirmar que a fé verdadeira sempre tem bom perfume e transforma tudo ao seu redor.
É exatamente esta mensagem, que parece (repito), o filme quer passar. E o faz em tom de comédia, lógico, para tentar amenizar o peso da crítica. E isto é compreensível porque os EUA é um país protestante, então as forças contrárias ao filme seria por demais poderosa.
E vamos ao clímax do filme que frustou muita gente.
No final do filme, um adolescente irmão de uma garçonete da única lanchonete do vilarejo vai ao culto em busca de cura para seu mal. Ele sofrera, juntamente como sua família, um acidente de carro, motivo pelo qual portava uma deficiência que o impedia de movimentar uma das pernas. Ele já havia procurado um desses pastores, que, na impossibilidade de curá-lo, atribuíram isso a sua falta de fé. Contudo, este menino não se deixou abater, manteve-se acreditando na possibilidade de ser curado. Na verdade, numa atitude radical, ele chegara até mesmo a rejeitar a medicina como via para o milagre. Sua ajuda tinha que ser dos céus. Sendo assim, a despeito de toda a farsa e picaretagem empregadas pelo pastor Jonas (Steve Martin), em uma cena dramática e comovente, o menino recebe sua tão esperada cura ao tocar no enorme crucifixo estendido no centro do palco.
Com estas e outras coisas mais que ocorrem nos últimos momentos do filme, Jonas, o pastor pilantra, ou melhor, o falso pastor, é comovido pelo milagre e desiste de continuar a enganar aquela população e se "converte".
Em resumo poderia dizer que o filme faz qualquer um rir a bessa, mas também refletir sobre a picaretagem de quem explora a boa fé dos outros VENDENDO DEUS. E mais que tudo, que a verdadeira fé, sempre é recompensada, de uma maneira ou de outra, que pese os picaretas que existem po aí.
Penso o seguinte: Se a pessoa procura uma comédia, acho que tem comédia melhor por aí. Agora, se a pessoa procura exatamente este tipo de filme, com este tipo de crítica, então é um prato cheio.
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Oi,
Fé Demais não Cheira Bem
(Leap of Faith, EUA, 1992)
Com Steve Martin e Debra Winger
Sinopse: "Pastor (e impostor) evangélico atravessa o país com uma caravana e, em cada cidade, promete milagres à comunidade. Um dia uma dessas promessas se concretiza. E logo no final do filme, para minimizar a polêmica e frustrar o espectador que achava graça nesta eficiente denúncia aos evangélicos".
Comentário: Este é aquele tipo de filme que um amigo meu diria: "Este cara é aquele sujeito que não resta a menor dúvida".
Na verdade não diz nada, embora fale tudo, mas no fim deixa tudo por assim dizer.
Complicado?
Bem, o filme tem duas conotações: a primeira é ser um filme de comédia e como tal funciona razoavelmente. Principalmente se alguém é fã de Steve Martin e suas múltiplas caretas. A segunda é ser um filme, que apesar de brincar com coisa séria, tem a finalidade, embora não explicita, de ser uma espécie de denúcia as picaretagens que muitos fazem para enganar os incautos.
Antes de mais nada, é bom separar "o joio do trigo", porque não se critica a fé do povo, esta tanto maior é melhor. Mas, a falsa fé dos picaretas que exploram (e na vida real o fazem) este mesmo povo, ludibriando-os, enganando-os e, por que não dizer, roubando-os.
O roteiro do filme e o seu clímax tem relação com a passagem do Evangelho Segundo Marcos (11, 20-25) onde Jesus diz que se a pessoa tiver fé ela poderá pedir a montanha que vá para o mar e ela irá. Ao entendimento errado desta passagem é, o que parece, o filme quer criticar.
Porque: Se olharmos o texto bíblico, sem a devida atenção, concordaremos que fé demais não cheira bem, pois parece que Jesus está estimulando seus discípulos a fazer milagres. Mas, como Jesus não está falando em mover montanhas no sentido literal, podemos afirmar que a fé verdadeira sempre tem bom perfume e transforma tudo ao seu redor.
É exatamente esta mensagem, que parece (repito), o filme quer passar. E o faz em tom de comédia, lógico, para tentar amenizar o peso da crítica. E isto é compreensível porque os EUA é um país protestante, então as forças contrárias ao filme seria por demais poderosa.
E vamos ao clímax do filme que frustou muita gente.
No final do filme, um adolescente irmão de uma garçonete da única lanchonete do vilarejo vai ao culto em busca de cura para seu mal. Ele sofrera, juntamente como sua família, um acidente de carro, motivo pelo qual portava uma deficiência que o impedia de movimentar uma das pernas. Ele já havia procurado um desses pastores, que, na impossibilidade de curá-lo, atribuíram isso a sua falta de fé. Contudo, este menino não se deixou abater, manteve-se acreditando na possibilidade de ser curado. Na verdade, numa atitude radical, ele chegara até mesmo a rejeitar a medicina como via para o milagre. Sua ajuda tinha que ser dos céus. Sendo assim, a despeito de toda a farsa e picaretagem empregadas pelo pastor Jonas (Steve Martin), em uma cena dramática e comovente, o menino recebe sua tão esperada cura ao tocar no enorme crucifixo estendido no centro do palco.
Com estas e outras coisas mais que ocorrem nos últimos momentos do filme, Jonas, o pastor pilantra, ou melhor, o falso pastor, é comovido pelo milagre e desiste de continuar a enganar aquela população e se "converte".
Em resumo poderia dizer que o filme faz qualquer um rir a bessa, mas também refletir sobre a picaretagem de quem explora a boa fé dos outros VENDENDO DEUS. E mais que tudo, que a verdadeira fé, sempre é recompensada, de uma maneira ou de outra, que pese os picaretas que existem po aí.
Penso o seguinte: Se a pessoa procura uma comédia, acho que tem comédia melhor por aí. Agora, se a pessoa procura exatamente este tipo de filme, com este tipo de crítica, então é um prato cheio.
É isso aí!
Uns fé de mais, outros fé de menos. à assim mesmo.
não mesmo....pra mim a fé esta dentro das pessoas ... nao precisa quase morar dentro da igreja pra mostra q tem fe .... quem vive dentro da igreja todo final de semana sao os piores.... Vou na missa sim....d vez enquando... quando meu coração esta pedindo.... uma vez por mes.....ou duas....as vezes fico mais tempo sem ir.... espero ter ajudado....t+
Nunca vi nem anunciar esse filme. mas te digo ter fé creio que todos temos, agora que cheira bem não sei. bjs