O Tupi é uma língua indígena extinta, originária do povo Tupinambá, que teve sua gramática estudada pelos jesuítas, e que deu origem a dois dialetos, hoje considerados línguas independentes: a Lingua Geral Paulista, e o Nheengatu(Língua Geral Amazônica). Esta última ainda é falada até hoje na Amazônia.
A maior parte das palavras tupis são constituída por raízes com uma ou duas sílabas que já definem praticamente de que assunto se trata. Por exemplo: CAA é mato, planta, SOO é animal, bicho, aliás, no mundo inteiro e em qualquer língua, qualquer jardim zoológico é ZOO ou SOO, dependendo da pronúncia mais ou menos branda. Y é sempre água ou um líquido qualquer. A é cabeça, coisa arredondada e também semente, raiz. Tais monossílabos se perdem no passado da humanidade e não se sabe a origem deles. Outras raízes importantes são: Sy (mãe), Tuba ou Ruba (Pai, tronco), Aba (Pessoa, homem, índio), Yby (Terra, chão), Oca (Casa, abrigo), An (Sombra, vulto, fantasma), Uã (Talo, haste), Itá (Pedra, objeto duro, metal duro), Ara (Dia, luz, clima, tempo, hora, nascer, ave). Como se pode observar, são substantivos simples e com eles são compostos uma infinidade de vocábulos. É muito importante saber esses vocábulos para que se identifique de imediato de que se trata um assunto.
A infinidade de nomes tupis que encontramos na geografia brasileira, nas denominações dos animais, plantas etc., são quase sempre descrições perfeitas e rigorosas das coisas a que se referem e envolvem uma explicação inteira. Cada palavra é uma verdadeira frase, o que, aliás, é um dos grandes prazeres do estudo da língua. Decifrar o significado das palavras, recorrendo, inclusive, a uma visita ao local. Um bom exemplo disso é: Paranapiacaba=parana+epiaca+caba, mar+ver+lugar+onde. Lugar de onde se vê o mar.
A língua Tupi é aglutinante, não possui artigos (assim como o Latim) e não flexiona em gênero e nem em número.
Veja alguns significados baixo num breve dicionário tupi-guarani.
A
Aaru: espécie de bolo preparado com um tatu moqueado, triturado em pilão e misturado com farinha de mandioca.
Abá (avá - auá - ava - aba): homem, gente, pessoa, ser humano, índio.
Ababá: tribo indígena tupi-guarani que habitava as cabeceiras do rio Corumbiara (MT).
Abacataia: peixe de água salgada, parecido com o peixe-galo.
Abaçaí: perseguidor de índios, espírito maligno que perseguia e enlouquecia os índios.
Abaetê: pessoa boa, pessoa de palavra, pessoa honrada.
Abaetetuba: lugar cheio de gente boa.
Abaité: gente ruim, repulsiva, estranha.
Abanheém: (awañene) língua de gente, a língua que as pessoas falam.
Abaquar: senhor (chefe)do vôo, homem que voa.
Abaré: (aba - ré - rê - abaruna)amigo.
Abaruna: (abuna)amigo de roupa preta, padre de batina preta.
Abati: milho, cabelos dourados, louro.
Acag: cabeça.
Acará: (acaraú) garça, ave branca.
Acaraú: acaraí, acará, rio das garças. Diz-se que a grafia com a letra u, com o som de i fechado, vem dos colonizadores franceses, que os portugueses representavam, às vezes, por y).
Acemira: acir, o que faz doer, o que é doloroso (moacir).
Awañene: (abanheém) língua de gente, a língua que as pessoas falam.
Ayty: ninho (parati).
B
Babaquara: tolo, aquele que não sabe de nada.
Bapo: chocalho usado em solenidades.
Baquara: sabedor de coisas, esperto.
Biboca: moradia humilde.
C
Caá: kaá, mato, folha.
Caapuã: aquele ou aquilo que mora (vive) no mato.
Caboclo: (kariboka) procedente do branco, mestiço de branco com índio (cariboca, carijó, caburé, tapuio).
Caburé (tupi): kaburé, caboclo, caipira.
Canoa: embarcação a remo, esculpida no tronco de uma árvore; uma das primeiras palavras indígenas registradas pelos descobridores espanhóis.
Capenga: pessoa coxa, manca.
Cari: o homem branco, a raça branca.
Carió: procedente do branco, caboclo, antiga denominação da tribo indígena guarani, habitante da região situada entre a lagoa dos Patos (RS) e Cananéia (SP), (carijó).
Carioca: kari'oka, casa do branco.
Cuica: ku'ika,espécie de rato grande com o rabo muito comprido.
Curumim: menino (kurumí).
D
Damacuri: tribo indígena da Amazônia.
Deni: tribo indígena aruaque(aruake), que vive pelos igarapés do vale do rio Cunhuã, entre as desembocaduras dos rios Xiruã e Pauini, Amazônia. Somam cerca de 300 pessoas, e os primeiros contatos com a sociedade nacional ocorreram na década de 60.
E
Eçaí: olho pequeno.
Eçaraia: o esquecimento.
Etê: bom, honrado, sincero.
G
Galibi: tribo indígena da margem esquerda do alto rio Uaçá, Amapá.
Geribá: nome de um coqueiro.
Goitacá: nômade, errante, aquele que não se fixa em nenhum lugar.
Guará (1): iguara, ave das águas, pássaro branco de mangues e estuários.
Guará (2): aguará, aguaraçu, mamífero (lobo) dos cerrados e pampas (açu).
Guarani(1): raça indígena do interior da América do Sul tropical, habitante desde o Centro Oeste brasileiro até o norte da Argentina, pertencente à grande nação tupi-guarani.
Guarani (2): grupo lingüístico pertencente ao grande ramo tupi-guarani, porém mais característico dos indígenas do centro da América do Sul.
Muitas palavras estão no nosso dia-a-dia e são de origem indígena, como: abacaxi, arapuca, arara, capim, catapora, cipó, cuia, cumbuca, cupim, jabuti, jacaré, jibóia, jururu, mandioca, mingau, minhoca, paçoca, peteca, pindaíba, pipoca, preá, sarará, tamanduá, tapera, taquara, toca, traíra, xará...
Veja alguns significados baixo num breve dicionário tupi-guarani.
Localização dos cinco grandes grupos lingüísticos
Tupi-guarani Ao longo do litoral, na Amazônia, no Paraguai e Rio Grande do Sul
Jês Planalto central e meridional
Aruakes Amazônia ocidental
Caribes Amazônia setentrional
Cariris Sertão do nordeste
A
Aaru: espécie de bolo preparado com um tatu moqueado, triturado em pilão e misturado com farinha de mandioca.
Abá (avá - auá - ava - aba): homem, gente, pessoa, ser humano, índio.
Ababá: tribo indígena tupi-guarani que habitava as cabeceiras do rio Corumbiara (MT).
Abacataia: peixe de água salgada, parecido com o peixe-galo.
Abaçaí: perseguidor de índios, espírito maligno que perseguia e enlouquecia os índios.
Abaetê: pessoa boa, pessoa de palavra, pessoa honrada.
Abaetetuba: lugar cheio de gente boa.
Abaité: gente ruim, repulsiva, estranha.
Abanheém: (awañene) língua de gente, a língua que as pessoas falam.
Abaquar: senhor (chefe)do vôo, homem que voa.
Abaré: (aba - ré - rê - abaruna)amigo.
Abaruna: (abuna)amigo de roupa preta, padre de batina preta.
Abati: milho, cabelos dourados, louro.
Acag: cabeça.
Acará: (acaraú) garça, ave branca.
Acaraú: acaraí, acará, rio das garças. Diz-se que a grafia com a letra u, com o som de i fechado, vem dos colonizadores franceses, que os portugueses representavam, às vezes, por y).
Acemira: acir, o que faz doer, o que é doloroso (moacir).
Awañene: (abanheém) língua de gente, a língua que as pessoas falam.
Ayty: ninho (parati).
B
Babaquara: tolo, aquele que não sabe de nada.
Bapo: chocalho usado em solenidades.
Baquara: sabedor de coisas, esperto.
Biboca: moradia humilde.
C
Caá: kaá, mato, folha.
Caapuã: aquele ou aquilo que mora (vive) no mato.
Caboclo: (kariboka) procedente do branco, mestiço de branco com índio (cariboca, carijó, caburé, tapuio).
Caburé (tupi): kaburé, caboclo, caipira.
Canoa: embarcação a remo, esculpida no tronco de uma árvore; uma das primeiras palavras indígenas registradas pelos descobridores espanhóis.
Capenga: pessoa coxa, manca.
Cari: o homem branco, a raça branca.
Carió: procedente do branco, caboclo, antiga denominação da tribo indígena guarani, habitante da região situada entre a lagoa dos Patos (RS) e Cananéia (SP), (carijó).
Carioca: kari'oka, casa do branco.
Cuica: ku'ika,espécie de rato grande com o rabo muito comprido.
Curumim: menino (kurumí).
D
Damacuri: tribo indígena da Amazônia.
Deni: tribo indígena aruaque(aruake), que vive pelos igarapés do vale do rio Cunhuã, entre as desembocaduras dos rios Xiruã e Pauini, Amazônia. Somam cerca de 300 pessoas, e os primeiros contatos com a sociedade nacional ocorreram na década de 60.
E
Eçaí: olho pequeno.
Eçaraia: o esquecimento.
Etê: bom, honrado, sincero.
G
Galibi: tribo indígena da margem esquerda do alto rio Uaçá, Amapá.
Geribá: nome de um coqueiro.
Goitacá: nômade, errante, aquele que não se fixa em nenhum lugar.
Guará (1): iguara, ave das águas, pássaro branco de mangues e estuários.
Guará (2): aguará, aguaraçu, mamífero (lobo) dos cerrados e pampas (açu).
Guarani(1): raça indígena do interior da América do Sul tropical, habitante desde o Centro Oeste brasileiro até o norte da Argentina, pertencente à grande nação tupi-guarani.
Guarani (2): grupo lingüístico pertencente ao grande ramo tupi-guarani, porém mais característico dos indígenas do centro da América do Sul.
As preposições do português correspondem, em tupi, a posposições, porque aparecem depois dos termos que regem. Há posposições átonas, que aparecem ligadas por hífen, mas a maior parte delas é tônica, vindo separadas dos termos que regem. Alguns dos radicais mais comuns em tupi-guarani estão listados abaixo...
Em tupi existe o tempo do substantivo. Para tanto, usam-se os adjetivos "ram" ou "rama, ama" (futuro, promissor, que vai ser), e "pûer" ou "puera, buera" (passado, velho, antigo, superado, que já foi; cuera, **éra, guera, quéra), que recebem na composição o sufixo -A: RAM-A, PÛER-A. Eles são tratados, também, como se fossem sufixos, apresentando, então, as formas -ÛAM-A (-AM-A) e -ÛER-A (-ER-A).
Os pronomes pessoais e que servem também de possessivos são:
xe — eu; meu, minha, meus, minhas (xê, ixé)
nde — tu; teu, tua, teus, tuas (usa-se também endé, ere, ne, nê); seu sua, seus, suas?
i — ele, ela; dele, dela, eles, deles, delas (a’e, -s)
oré — nós; a gente, da gente; nosso, nossa, nossos, nossas (usa-se também asé, jandé, ore, oro, yané)
-etá — muitos (as); o indefinido "etá" vem sempre posposto ao substantivo, formando uma composição com ele (se exisitir o sufixo -A final, ele cai); "abá-etá" – muitos índios; "peró-etá" – muitos portugueses / Para o plural usa-se os sufixos etá (muitos) e tyba (grande quantidade).
eté ou etê (r-s-) — bom, honrado, sincero, muito bom, verdadeiro, genuíno: xe r-eté – eu sou verdadeiro; s-eté – ele é verdadeiro; abá-eté – homem verdadeiro
eté (t-r-s-): t-eté — corpo; xe r-eté – meu corpo; s-eté – seu corpo
-guaçu — grande / -gûasu — sufixo de aumentativo: -ão, grande. Açu de grande, considerável, comprido, longo.
guará (1), guira-, gwyra'i, iguara — pássaro; ave das águas, de ave aquática, pássaro branco muito comum nos manguezais (garça, guará); guarauná de guará preto ou madeira preta. Urá é corruptela de uirá ou (uyrá, guyrá, gûyrá), indicativo genérico de pássaros; guaratinga de pássaro branco (guirá + tinga). Dentre as numerosas alterações sofridas por essa palavra, principalmente na vernaculização de zoônimos, notam-se oyrá, oirá, virá, vyrá, hurá, huyrá, oerá, birá, ourá, gará, grá etc. Vide: "Nomes de Aves em Língua Tupi", de Rodolfo Garcia, Boletim do Museu Nacional, vol. V. nº 3. setembro de 1929 (P.A.).
guará (2), aguará — o que devora, raposa, mamífero (lobo-guará) dos cerrados e pampas; aguaraçu de aguará grande.
guara (3) — quando é usado como sufixo, significa procedência, habitante de.
-í ou i- ou ‘y ou y ou yy — água; rio; um líquido qualquer. A pronúncia do guarani é uma das mais difíceis para os brasileiros, pois é uma fala grutural, vem da garganta, por exemplo: "i" em guarani é pequeno e "í" em guarani é água (se pronúncia com a língua no céu da boca). Nota: rio em tupi antigo pode ser t‘y ou ty (rio, água, líquido). No Nordeste, achamos também a forma îy. Rio grande, rio de grande volume d'água, pode ser paranã (que também significa mar) ou pará.
-’i ou -’im — sufixo de diminutivo: -inho, pequeno, fino, delgado, magro / ava'i — menino, de avá (homem) + 'i (pequeno)
ibi- — madeira, árvore / "ybyrá" (árvore em tupi)
ita-, ita, itá — pedra, morro, montanha; o objeto duro, metal
-mirim — pequeno
-panema — ruim; de coisa ruim, imprestável
para- ou pa'ra — rio; prefixo utilizado no nome de diversos peixes e plantas
-pe — em, para (geralmente locativo); posposição átona; prefixo número-pessoal de pessoa do plural; no, no local, na, em; "ocape" – na casa
pi, pí — pés; de caminho
pira-, pirá — peixe (nomes de peixes)
suí, sui (preposição) — de (origem, causa, proveniência); de, do, da, longe de, do que (comparativo); Piratininga suí – de Piratininga
supé (preposição) — para (pessoa, pessoas ou coisas); a, ao, para e também, em busca de, contra (contrariamente) – apenas na terceira pessoa; "abá supé" – para o índio; "morubixaba supé" – para o cacique; Maria supé – para Maria
-tiba, tyba — lugar cheio de...; abundância, grande quantidade. O substantivo "tyba", do tupi, forma muitos topônimos no Brasil. Ele significa reunião, ajuntamento, multidão. Tal coletivo realiza-se, em português, de várias maneiras: -nduva, -ndiva, -tuba, -tuva, tiua, -tiva, tiwa.
-úna, una, un (r-s) — preto, preta, escuro, negro; xe r-un – eu sou preto; s-un – ele é preto; abá-un-a – homem preto (araraúna)
NUMERAIS
Não existe número além de quatro, em tupi antigo. Usando mãos e pés expressa-se, porém, o número que se deseja:
1 — ojepé iepé (ele sozinho)
2 — mocõi mocoin (fazer um par)
3 — mossapyr mossapira (fazer triângulo, ou vértice, ou bico)
4 — irundyc irundi (fazer pares)
5 — xe pó, xe pó ambó (a mão com cinco dedos, cinco)
10 — mocõi pó (um par de mãos)
20 — xe pó xe py, xepó xepy (mãos e pés, vinte)
22 — xepó xepy mocõi
ORDINAIS: primeiro = ypy; segundo = mocõia; terceiro = mossapyra; quarto = irundyca
Lista com nomes de cidades e localidades, Estados, também pessoas, rios, ruas, bairros, relevo e acidentes geográficos, em tupi-guarani e seus respectivos significados:
Abaeté (abá-eté) ou abaetê — homem forte, homem de respeito; pessoa boa, pessoa de palavra, pessoa honrada; homem de valor, corajoso; abá (homem) + eté (muito bom, verdadeiro). Nota: abaité — gente ruim, gente repulsiva, gente estranha / a'iba, aíb, aíba, iba, ité, iua, iva, iwa — ruim, mau, repulsivo, feio, repelente, estranho, imprestável...
Anhangüera, anhang-ûera — anhan (diabo), uera (velho), logo o que foi diabo ou diabo velho. Anhanga (diabo; protetor da caça). An, anga (alma, sombra, abrigo, vulto, fantasma). Angaba (assombração). Angoera (fantasma, visão, imagem em tupi-guarani). Angûera (espírito, alma penada). Inhanguera; anaantanha — anaan (diabo), tanha (figura, imagem), imagem do diabo. Anhang-ûama — futuro diabo.
Anhato-mirim — ilhote onde se levanta o forte de Santa Cruz , vemos também escrito Inhato Prazeres Maranhão. Anhan ou anaan (diabo), to mirim (pequeno), logo pequena ilha do diabo.
Aracaju — lugar antigo...
Araçatuba ou arassatyba — araçazal (de muito araçá - fruto da árvore silvestre araçazeiro), terra dos araçás; araçá de fruto de época, tempo; de arassá (araçá) + "-tuba, tyba" (sufixos do tupi que significam abundância)
Araraí ou Arari — de "arara" + "i" (arara pequena), sendo que o sufixo tem também o sentido de água, rio, assim arari pode também significar rio das araras... Arari é o nome do principal lago marajoara e de um dos mais importantes rios doMarajó, assim como faz parte do nome da cidade de Cachoeira do Arari, localizada na sua beira esquerda, e de Santa Cruz do Arari que está na boca do lago. Arari é também o nome dado a um cipó da família das leguminosas papolanaceas, encontrado nas margens dos rios, cujas flores são grandes, cor de arari-canindé, de arara-canindé (portanto de duas cores)...
Araraquara — de "arará kûara", arará (variedade de formiga) e kûara (buraco), buraco das ararás
Araxá — bela vista; lugar alto onde primeiro se avista o sol.
Atibaia — lugar saudável
Avanhandava — abá (homem), ã, nhan (correr), aba (lugar), portanto lugar da corrida dos homens
Avaré (município de São Paulo), Awaré ou abaruna — sítio do padre; amigo, missionário, catequista, senhor de preto; de "abaré" padre
Bariri e Barueri — rio com cachoeiras
Bangu — monte escuro
Bauru (município de São Paulo) — de ‘ybá (fruta) e uru (vasilha)
Boiçucanga (município de São Paulo) — de mboîa (cobra), usu (sufixo de aumentativo) e kanga (esqueleto, osso)
Botucatu — bons ares; na verdade seria "Ybytu-catu", vento-bom.
Buriti (Palácio) — sede do Governo do Distrito Federal que tem em frente um buriti ou muriti, espécie de palmeira do Cerrado...
Butantan, Butantã — terra muito dura; na verdade seria "Yby-tãtã", terra-dura, firme.
Caçapava (município de São Paulo) — de ka’a (mata), asab (atravessar, cruzar), -aba (lugar), logo caminho na mata
Capibaribe (rio de Pernambuco) — de kapibara (capivara), ‘y (rio), -pe (posposição: em, para)
Caraguatatuba — enseada com altos e baixos
Catanduva — mato grande ou grosso
Chapecó, Xapecó —
Comandacaia (localidade da Bahia) — komandá (fava), kaî (queimar), logo favas queimadas
Cubatão — de elevação; terra montanhosa
Cunhaú (município do Rio Grande do Norte) — de kunhã (mulher) e ‘y (rio), logo rio das mulheres
Curitiba — pinheiral; de curi () e tyba (abundância), muitos pinheiros
Embu-Guaçu — cobra grande
Garopaba — este nome vem grafado Cahopapaba na carta de Turim (1523) e pela primeira vez. Nas seguintes: Igaropaba, Upaua, Upaba, Guarupeba, etc. De igara canoa e upaba lagoa. Logo lagoa da canoa.
Grão-Pará (palavra híbrida) — pará de coletor dás águas, mar...
Guaíra — local intransponível
Guanabara — baia grande
Guararema — pau d'alho, árvore que cheira alho
Guaratinguetá, gûyrá-ting(a)-etá — muitas aves e/ou garças brancas; guaratinga de pássaro branco; "guirá, guara" pássaro, "tinga" branco, "etá" muitos, logo reunião de pássaros brancos.
Guataporanga (município de São Paulo) — de guatá (caminhar, caminhada) e porang (bonito), logo caminhada bonita
Iabaquara ou Jabaquara — rio do senhor do vôo... / abaquar — senhor (chefe) do vôo
Ibirapuera (ybyrá-pûer-a) — a ex-árvore ou a árvore caída (diz-se, por exemplo, de um tronco seco caído ou de uma árvore morta) / ibira-racá — árvore, madeira / do tupi "ybyrá" (árvore, madeira, arco) e "pûer" (passado, que já foi) / Yby = a terra, o chão
Ibitipoca (localidade de Minas Gerais) — de ybytyra (montanha) e pok (estourar), logo montanha estourada (com grutas)
Ipanema (bairro do Rio de Janeiro) — upá’-nem-a, de upaba (árvore) e nem (fedorento), rio de água ruim, imprestável, lugar ou lago fedorento
Ipiranga (bairro de São Paulo) — ‘y (rio, água) e pyrang (vermelho)
Itaberaba (município de Minas Gerais) — de itá (pedra), berab (brilhante), logo pedra brilhante
Itabira (cidade de Minas Gerais) — de itá (pedra), byr (levantar-se, erguer-se), logo pedra levantada
Itacolomi, -itá kunumi (formação rochosa de Minas Gerais) — de itá (pedra) e kunumi (menino), logo menino de pedra, do filho ou menino de pedra (tacami, tacorubi) / Itacoatiara — pedra com escrita
Itajai, Itajahy, tajai — y rio e taiá: rio do taiá. Em mapas antigos vemos grafado: tacahug, tojahy, tucuay, taiahug, tayahug, tajaiye.
Itaipava — vemos também grafado assim: itapava, itopava, itoupava etc. De ita pedra e ipaba levantada; recife, travessão rochoso.
Itajubá — pedra amarela
Itamarati — pedra branca
Itanhaém — de "-itá nha’e", prato de pedra, pedra que canta
Itapecirica (cidade de São Paulo) — itá (pedra), peb (achatado), syryk (escorregar), pedra achatada escorregadia
Itapeva — de pedra chata rasa, um lajedo / Itapiranga — pedra vermelha (itá + piranga)
Paquetá (ilha do Rio de Janeiro) — pak(a)-etá, logo muitas pacas...
Paraguaçu, Paraguassu — mar, rio profundo
Paraguai —
Paraibuna — rio de águas escuras
Paraitinga — rio de águas claras
Paranapanema (nome de rio que separa os estados de São Paulo e Paraná) — de paranã (semelhante ao mar ou rio grande) e panem (imprestável), logo rio imprestável
Paranapiacaba (Serra do Sudeste) — de paranã ou parana (mar), epîak ou epiaca (ver), -aba ou caba (lugar), logo lugar de ver o mar, donde se avista o mar, lugar de onde se vê o mar; nome pelo qual era conhecida parte sul da serra do mar.
Parati — peixe branco, no entanto penso ser melhor de para (peixe) e tyba (reunião); paratinga, peixe branco
Pari (bairro de São Paulo) — canal para apanhar peixes; para (rio) e i (pequeno)
Peruíbe (município de São Paulo) — de iperu (tubarão), ‘y (rio) e -pe (em), logo no rio dos tubarões
Pindamonhangaba — lugar de fazer anzol; de pindá (anzol), monhang (fazer), aba (lugar)
Piracicaba — lugar onde o peixe pára
Piratininga (antigo nome de São Paulo) — Anhangabaú e Tamanduateí
Pirajuçara —
Pirassununga — lugar onde o peixe faz barulho; -sununga — barulhento; será talvez a etimologia assim: para (rio), pira (peixe), açu (grande), apenunga (onda)
Perituba ou Pirituba — de lugar de banhado, brejo, com muito junco ou juncal
Ponta Porã — ponta bonita
Potengi (rio do Rio Grande do Norte) — de poti (camarão) e îy (rio), logo rio dos camarões
Sorocaba — terra rasgada; de rasgar (rasgão), a rasgadura (da terra); sorok (rasgar-se) e -aba (lugar)
Sumaré — espécie de orquídea; "ré" (diferente, distinto)
Tatuapé — tatu e "pê" caminho; caminho do tatu / "tatu‘y-pe" — no rio dos tatus, para o rio dos tatus / Tatuí (tatu ‘y) — rio do tatu
Taubaté — taba grande, cidade
Tietê (rio de São Paulo) — de ty- (rio, água) e eté (muito bom, verdadeiro, genuíno), logo rio muito bom, rio verdadeiro
Tijuca (nome de rio e bairro do Rio de Janeiro), tijuquinhas, tiyug, tiyukopawa, tyîuka — de ty (rio, água) e îuk (podre), rio podre, água podre; também pode ser brejo, pântano, lodo, a lama, lama preta, líquido podre, charco, pântano
Tucuruvi (bairro de São Paulo) — de tukura (gafanhoto) e oby (verde)
Turiaçu — de "turi" fogueira e "açu" grande, logo a fogueira grande
Ubá — A palavra ubá, em tupi-guarani, significa canoa de uma só peça escavada em tronco de árvore. É também o nome popular da gramínea (Gynerun Sagittatum), da folha estreita, longilínea e flexível, em forma de cano, utilizada pelos índios na confecção de flechas de caça e combate, e encontradas em toda a extensão das margens do ribeirão que corta a cidade de Ubá, em Minas Gerais. O nome do rio Ubá se deu justamente pela existência dessas gramíneas. Fonte: (http://www.uba.mg.gov.br/). Veja "uiba" = flecha!
Ubatuba — muitas canoas, porto
Uberaba — água cristalina
Umuarama — lugar de pessoas amigas
Uruguai — de yuru gua o coracol, o buzio e Y rio; dos caramujos. Querem alguns escritores que seja rio dos pássaros...
Votorantim — cascata branca
Votuporanga — brisa suave, lugar de bons ventos; de votu (ar, vento) + porang (belo)
Tupi-guarani é uma família linguística do Tronco tupi que congrega várias línguas indígenas sul-americanas, e que tem uma ampla distribuição geográfica. São também designadas como tupi-guarani (associadas a família lingüística), as tribos indígenas que habitavam o litoral brasileiro, quando da chegada dos portugueses ao Brasil em 1500. Essas habitavam em malocas (casas), que no seu conjunto formavam as tabas (aldeias). A sua alimentação baseava-se fundamentalmente em mandioca e em peixe, e raramente consumiam carne de outros tipos. Entre essas tribos ainda existentes encontramos os araweté, povo de língua tupi-guarani da Amazônia Oriental (Pará). Então depende muito de qual a lingua exata que deseja saber, vou te dar exemplos de algumas:
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Arigatô
O Tupi é uma língua indígena extinta, originária do povo Tupinambá, que teve sua gramática estudada pelos jesuítas, e que deu origem a dois dialetos, hoje considerados línguas independentes: a Lingua Geral Paulista, e o Nheengatu(Língua Geral Amazônica). Esta última ainda é falada até hoje na Amazônia.
A maior parte das palavras tupis são constituída por raízes com uma ou duas sílabas que já definem praticamente de que assunto se trata. Por exemplo: CAA é mato, planta, SOO é animal, bicho, aliás, no mundo inteiro e em qualquer língua, qualquer jardim zoológico é ZOO ou SOO, dependendo da pronúncia mais ou menos branda. Y é sempre água ou um líquido qualquer. A é cabeça, coisa arredondada e também semente, raiz. Tais monossílabos se perdem no passado da humanidade e não se sabe a origem deles. Outras raízes importantes são: Sy (mãe), Tuba ou Ruba (Pai, tronco), Aba (Pessoa, homem, índio), Yby (Terra, chão), Oca (Casa, abrigo), An (Sombra, vulto, fantasma), Uã (Talo, haste), Itá (Pedra, objeto duro, metal duro), Ara (Dia, luz, clima, tempo, hora, nascer, ave). Como se pode observar, são substantivos simples e com eles são compostos uma infinidade de vocábulos. É muito importante saber esses vocábulos para que se identifique de imediato de que se trata um assunto.
A infinidade de nomes tupis que encontramos na geografia brasileira, nas denominações dos animais, plantas etc., são quase sempre descrições perfeitas e rigorosas das coisas a que se referem e envolvem uma explicação inteira. Cada palavra é uma verdadeira frase, o que, aliás, é um dos grandes prazeres do estudo da língua. Decifrar o significado das palavras, recorrendo, inclusive, a uma visita ao local. Um bom exemplo disso é: Paranapiacaba=parana+epiaca+caba, mar+ver+lugar+onde. Lugar de onde se vê o mar.
A língua Tupi é aglutinante, não possui artigos (assim como o Latim) e não flexiona em gênero e nem em número.
Veja alguns significados baixo num breve dicionário tupi-guarani.
A
Aaru: espécie de bolo preparado com um tatu moqueado, triturado em pilão e misturado com farinha de mandioca.
Abá (avá - auá - ava - aba): homem, gente, pessoa, ser humano, índio.
Ababá: tribo indígena tupi-guarani que habitava as cabeceiras do rio Corumbiara (MT).
Abacataia: peixe de água salgada, parecido com o peixe-galo.
Abaçaí: perseguidor de índios, espírito maligno que perseguia e enlouquecia os índios.
Abaetê: pessoa boa, pessoa de palavra, pessoa honrada.
Abaetetuba: lugar cheio de gente boa.
Abaité: gente ruim, repulsiva, estranha.
Abanheém: (awañene) língua de gente, a língua que as pessoas falam.
Abaquar: senhor (chefe)do vôo, homem que voa.
Abaré: (aba - ré - rê - abaruna)amigo.
Abaruna: (abuna)amigo de roupa preta, padre de batina preta.
Abati: milho, cabelos dourados, louro.
Acag: cabeça.
Acará: (acaraú) garça, ave branca.
Acaraú: acaraí, acará, rio das garças. Diz-se que a grafia com a letra u, com o som de i fechado, vem dos colonizadores franceses, que os portugueses representavam, às vezes, por y).
Acemira: acir, o que faz doer, o que é doloroso (moacir).
Açu: (iguaçu, paraguaçu) grande, considerável, comprido, longo.
Aguapé (tupi): (awa'pé) redondo e chato, como a vitória-régia, plantas que flutuam em águas calmas.
Aimará: túnica de algodão e plumas, usada pelos guaranis.
Aimirim: aimiri, formiguinha.
Airequecê: lua.
Airumã: estrela-d'alva.
Aisó: formosa.
Aiyra: filha.
Ajubá: (itajubá) amarelo.
Akitãi: (irakitã - muirakitã) baixo, baixa estatura.
Amana: (amanda) chuva.
Amanaci: (amanacy) a mãe da chuva.
Amanaiara: a senhora da chuva ou o senhor da chuva.
Amanajé: mensageiro.
Amanara: dia chuvoso.
Amanda: amana, chuva.
Amandy: dia de chuva.
Amapá: (ama'pá) árvore de madeira útil, e cuja casca, amarga, exsuda látex medicinal.
Amerê: fumaça.
Ami: aranha que não tece teia.
Anauê: salve, olá.
Andira: o senhor dos agouros tristes.
Andirá: morcego.
Anhangüera: diabo velho.
Anomatí: além, distante
Antã (atã): forte.
Anacê: parente.
Anajé: gavião de rapina.
Aondê: coruja.
Ape'kü: (apicum) mangue, brejo de água salgada.
Apoena: aquele que enxerga longe.
Apuama: veloz, que tem correnteza.
Aquitã: curto.
Aracê: aurora, o nascer do dia.
Aracema: bando de papagaios (periquitos, jandaias, araras).
Aracy: a mãe do dia, a fonte do dia, a origem dos pássaros.
Aram: sol.
Arani: tempo furioso.
Arapuã: abelha redonda.
Arapuca: armadilha para aves.
Araxá: lugar alto onde primeiro se avista o sol.
Auá: (avá, abá) homem, mulher, gente, índio.
Avaré: (awa'ré, abaré) amigo, missionário, catequista
Avati: gente loura (abati, auati).
Awañene: (abanheém) língua de gente, a língua que as pessoas falam.
Ayty: ninho (parati).
B
Babaquara: tolo, aquele que não sabe de nada.
Bapo: chocalho usado em solenidades.
Baquara: sabedor de coisas, esperto.
Biboca: moradia humilde.
C
Caá: kaá, mato, folha.
Caapuã: aquele ou aquilo que mora (vive) no mato.
Caboclo: (kariboka) procedente do branco, mestiço de branco com índio (cariboca, carijó, caburé, tapuio).
Caburé (tupi): kaburé, caboclo, caipira.
Canoa: embarcação a remo, esculpida no tronco de uma árvore; uma das primeiras palavras indígenas registradas pelos descobridores espanhóis.
Capenga: pessoa coxa, manca.
Cari: o homem branco, a raça branca.
Carió: procedente do branco, caboclo, antiga denominação da tribo indígena guarani, habitante da região situada entre a lagoa dos Patos (RS) e Cananéia (SP), (carijó).
Carioca: kari'oka, casa do branco.
Cuica: ku'ika,espécie de rato grande com o rabo muito comprido.
Curumim: menino (kurumí).
D
Damacuri: tribo indígena da Amazônia.
Deni: tribo indígena aruaque(aruake), que vive pelos igarapés do vale do rio Cunhuã, entre as desembocaduras dos rios Xiruã e Pauini, Amazônia. Somam cerca de 300 pessoas, e os primeiros contatos com a sociedade nacional ocorreram na década de 60.
E
Eçaí: olho pequeno.
Eçaraia: o esquecimento.
Etê: bom, honrado, sincero.
G
Galibi: tribo indígena da margem esquerda do alto rio Uaçá, Amapá.
Geribá: nome de um coqueiro.
Goitacá: nômade, errante, aquele que não se fixa em nenhum lugar.
Guará (1): iguara, ave das águas, pássaro branco de mangues e estuários.
Guará (2): aguará, aguaraçu, mamífero (lobo) dos cerrados e pampas (açu).
Guarani(1): raça indígena do interior da América do Sul tropical, habitante desde o Centro Oeste brasileiro até o norte da Argentina, pertencente à grande nação tupi-guarani.
Guarani (2): grupo lingüístico pertencente ao grande ramo tupi-guarani, porém mais característico dos indígenas do centro da América do Sul.
Guaratinguetá: reunião de pássaros brancos.
Guariní: guerreiro, lutador.
I
I: água, pequeno, fino, delgado, magro.
Iaé (kamaiurá): lua.
Iandé: a constelação Orion.
Iandê: você.
Iba: (iwa, iua, iva) ruim, feio, imprestável (paraíba).
Ibi: terra.
Ibitinga: terra branca (tinga).
Ig: água.
Iguaçu: água grande, lago grande, rio grande.
Ipanema: lugar fedorento.
Ipiranga: rio vermelho.
Ira: mel (iracema, irapuã).
Iracema: lábios de mel (ira, tembé, iratembé).
Irapuã: mel redondo (ira, puã).
Ita: pedra (itaúna).
Itajubá: pedra amarela (ita, ajubá).
Itatiba: muita pedra, abundância de pedras (tiba).
Itaúna: pedra preta (ita, una).
Ité: ruim, repulsivo, feio, repelente, estranho (abaité).
Iu: (yu, ju) espinho, (jurumbeba).
J
Jabaquara: rio do senhor do vôo (iabaquara, abequar).
Jacamim: ave ou gênio, pai de muitas estrelas (yacamim).
Jaçanã: ave que possui as patas sob a forma de nadadeiras, como os patos.
Jacaúna: indivíduo de peito negro.
Jacu: (yaku) uma das espécies de aves vegetarianas silvestres, semelhantes às galinhas, perus, faisões.
Jacuí: jacu pequeno.
Jaguar: yawara, cão, lobo, (guará).
Juçara: palmeira fina e alta com um miolo branco, do qual se extrai o palmito.
Jurubatiba: lugar cheio de plantas espinhosas (ju - ru - uba -tiba).
Jurubeba: planta espinhosa e fruta tida como medicinal.
Jururu: de aruru, que significa triste
Kaapora: aquilo ou quem vive no mato, (caapora, caipora).
Kamby: leite, líquido do seio.
L
Laurare (karajá): marimbondo.
Lauré (pauetê-nanbiquara): arara vermelha.
M
Manau: tribo do ramo aruaque(aruake) que habitava a região do rio Negro.
Manauara: natural de, residente em, ou relativo a Manaus (capital do estado do Amazonas).
Mairá: uma das espécies de mandioca.
Maní: deusa da mandioca, amendoim (maniva).
Manioca: mandioca (a deusa Maní, enterrada na própria oca, gerou a raiz alimentícia).
Mandioca: aipim, macaxeira, raiz que é principal alimento dos índios brasileiros.
Maracá: mbaraká, chocalho usado em solenidades.
Massau: uma das espécies de macaco, pequeno e de rabo comprido, (sagüi).
Membira: filho ou filha.
Motirõ: mutirão, reunião para fins de colheita ou construção.
N
Nanbiquara: fala inteligente, de gente esperta.
Nhe: nhan, falar, fala, língua.
Nhenhenhém: nheë nheë ñeñë, falação, falar muito, tagarelice.
O
Oapixana: tribo do ramo aruaque do alto rio Branco, Roraima, nas fronteiras com a Guiana.
Oca: cabana ou palhoça, casa de índio ( ocara, manioca)
Ocara: praça ou centro de taba, terreiro da aldeia
Ocaruçu: praça grande, aumentativo de ocara
P
Pará (1): rio
Pará (2): prefixo utilizado no nome de diversas plantas
Paracanã: tribo indígena encontrada durante a construçao hidrelétrica de Tucuruí, no rio Tocantins, Para.
Paraíba (1): paraiwa, rio ruim, rio que não se presta à navegação.
Paraibuna: rio escuro e que não serve para navegar
Paraná: mar
Pauá (tupi): (pawa, pava) tudo, muito, no sentido de grande extensão.
Peba: branco,branca (tinga, peva, peua).
Pereba: pequena ferida.
Pernambuco: mar com fendas, recifes.
Piauí: Rio de piaus (tipo de peixe).
Pindaíba: anzol ruim, quando não se consegue pescar nada.
Poti: camarão.
Potiguar: pitiguar, potiguara, pitaguar, indígena da região nordeste do Brasil.
Puã: redondo (irapuã).
Puca: armadilha (arapuca, puçá).
Puçá: armadilha para peixes.
Q
Quecé: faca velha.
Quibaana: tribo da região Norte.
R
Raira: filho (membira).
Ré: amigo (geralmente usado como sufixo: abaré, araré, avaré).
Rudá: deus do amor, para o qual as índias cantavam uma oração ao anoitecer.
Ru: folha (jurubeba).
S
Sapiranga: olhos vermelhos, (çá: olhos, piranga: vermelhos).
Sauá: uma das espécies de macaco.
Sergipe: rio do siri.
Surui: tribo do parque do Aripuanã, Rondônia.
T
Tapuia: designação antiga dada pelos tupis aos gentios inimigos, índio bravio.
Tembé: lábios (Iracema, iratembé).
Tiba: (tiwa, tiua, tuba) abundância, cheio.
Tijuca: lama, charco, pântano, atoleiro.
Tinga: branco, branca.
Tiririca: arrastando-se, alastrando-se, erva daninha que se alastra com rapidez.
Tocantins: bico de tucano.
Tupi (1): povo indígena que habita(va) o Norte e o Centro do Brasil, até o rio Amazonas e até o litoral.
Tupi (2): um dos principais troncos lingüísticos da América do Sul, pertencente à família tupi-guarani.
Tupi-guarani: um das quatro grandes famílias lingüísticas da América do Sul tropical e equatorial.
U
Uaçá: caranguejo.
Uaná: vagalume (urissanê).
Ubá: canoa (geralmente feita de uma só peça de madeira);
V
Vapidiana: tribo do ramo aruaque do alto rio Branco, Roraima.
W
Wapixana: tribo do ramo aruaque do alto rio Branco, Roraima.
X
Xaperu: tribo da região Norte.
Xará: (X-rer-á) tirado do meu nome.
Xavante: tribo indígena pertencente à família lingüística jê. Ocupa extensa área, limitada pelos rios Culuene e das Mortes, Mato Grosso.
Xoclengue: tribo caingangue do Paraná (rio Ivaí).
Y
Yacamim: ave ou gênio, pai de muitas estrelas (jaçamim)
Yamí: noite.
Yapira: mel (japira).
Yara: deusa das águas, lenda da mulher que mora no fundo dos rios.
Yasaí: açaí, fruta que chora.
Yawara (tupi): jaguar, cão, cachorro, lobo, gato, onça.
Dja radia karu.
Oie, Luciane, tudo bem?
Muitas palavras estão no nosso dia-a-dia e são de origem indígena, como: abacaxi, arapuca, arara, capim, catapora, cipó, cuia, cumbuca, cupim, jabuti, jacaré, jibóia, jururu, mandioca, mingau, minhoca, paçoca, peteca, pindaíba, pipoca, preá, sarará, tamanduá, tapera, taquara, toca, traíra, xará...
Veja alguns significados baixo num breve dicionário tupi-guarani.
Localização dos cinco grandes grupos lingüísticos
Tupi-guarani Ao longo do litoral, na Amazônia, no Paraguai e Rio Grande do Sul
Jês Planalto central e meridional
Aruakes Amazônia ocidental
Caribes Amazônia setentrional
Cariris Sertão do nordeste
A
Aaru: espécie de bolo preparado com um tatu moqueado, triturado em pilão e misturado com farinha de mandioca.
Abá (avá - auá - ava - aba): homem, gente, pessoa, ser humano, índio.
Ababá: tribo indígena tupi-guarani que habitava as cabeceiras do rio Corumbiara (MT).
Abacataia: peixe de água salgada, parecido com o peixe-galo.
Abaçaí: perseguidor de índios, espírito maligno que perseguia e enlouquecia os índios.
Abaetê: pessoa boa, pessoa de palavra, pessoa honrada.
Abaetetuba: lugar cheio de gente boa.
Abaité: gente ruim, repulsiva, estranha.
Abanheém: (awañene) língua de gente, a língua que as pessoas falam.
Abaquar: senhor (chefe)do vôo, homem que voa.
Abaré: (aba - ré - rê - abaruna)amigo.
Abaruna: (abuna)amigo de roupa preta, padre de batina preta.
Abati: milho, cabelos dourados, louro.
Acag: cabeça.
Acará: (acaraú) garça, ave branca.
Acaraú: acaraí, acará, rio das garças. Diz-se que a grafia com a letra u, com o som de i fechado, vem dos colonizadores franceses, que os portugueses representavam, às vezes, por y).
Acemira: acir, o que faz doer, o que é doloroso (moacir).
Açu: (iguaçu, paraguaçu) grande, considerável, comprido, longo.
Aguapé (tupi): (awa'pé) redondo e chato, como a vitória-régia, plantas que flutuam em águas calmas.
Aimará: túnica de algodão e plumas, usada pelos guaranis.
Aimirim: aimiri, formiguinha.
Airequecê: lua.
Airumã: estrela-d'alva.
Aisó: formosa.
Aiyra: filha.
Ajubá: (itajubá) amarelo.
Akitãi: (irakitã - muirakitã) baixo, baixa estatura.
Amana: (amanda) chuva.
Amanaci: (amanacy) a mãe da chuva.
Amanaiara: a senhora da chuva ou o senhor da chuva.
Amanajé: mensageiro.
Amanara: dia chuvoso.
Amanda: amana, chuva.
Amandy: dia de chuva.
Amapá: (ama'pá) árvore de madeira útil, e cuja casca, amarga, exsuda látex medicinal.
Amerê: fumaça.
Ami: aranha que não tece teia.
Anauê: salve, olá.
Andira: o senhor dos agouros tristes.
Andirá: morcego.
Anhangüera: diabo velho.
Anomatí: além, distante
Antã (atã): forte.
Anacê: parente.
Anajé: gavião de rapina.
Aondê: coruja.
Ape'kü: (apicum) mangue, brejo de água salgada.
Apoena: aquele que enxerga longe.
Apuama: veloz, que tem correnteza.
Aquitã: curto.
Aracê: aurora, o nascer do dia.
Aracema: bando de papagaios (periquitos, jandaias, araras).
Aracy: a mãe do dia, a fonte do dia, a origem dos pássaros.
Aram: sol.
Arani: tempo furioso.
Arapuã: abelha redonda.
Arapuca: armadilha para aves.
Araxá: lugar alto onde primeiro se avista o sol.
Auá: (avá, abá) homem, mulher, gente, índio.
Avaré: (awa'ré, abaré) amigo, missionário, catequista
Avati: gente loura (abati, auati).
Awañene: (abanheém) língua de gente, a língua que as pessoas falam.
Ayty: ninho (parati).
B
Babaquara: tolo, aquele que não sabe de nada.
Bapo: chocalho usado em solenidades.
Baquara: sabedor de coisas, esperto.
Biboca: moradia humilde.
C
Caá: kaá, mato, folha.
Caapuã: aquele ou aquilo que mora (vive) no mato.
Caboclo: (kariboka) procedente do branco, mestiço de branco com índio (cariboca, carijó, caburé, tapuio).
Caburé (tupi): kaburé, caboclo, caipira.
Canoa: embarcação a remo, esculpida no tronco de uma árvore; uma das primeiras palavras indígenas registradas pelos descobridores espanhóis.
Capenga: pessoa coxa, manca.
Cari: o homem branco, a raça branca.
Carió: procedente do branco, caboclo, antiga denominação da tribo indígena guarani, habitante da região situada entre a lagoa dos Patos (RS) e Cananéia (SP), (carijó).
Carioca: kari'oka, casa do branco.
Cuica: ku'ika,espécie de rato grande com o rabo muito comprido.
Curumim: menino (kurumí).
D
Damacuri: tribo indígena da Amazônia.
Deni: tribo indígena aruaque(aruake), que vive pelos igarapés do vale do rio Cunhuã, entre as desembocaduras dos rios Xiruã e Pauini, Amazônia. Somam cerca de 300 pessoas, e os primeiros contatos com a sociedade nacional ocorreram na década de 60.
E
Eçaí: olho pequeno.
Eçaraia: o esquecimento.
Etê: bom, honrado, sincero.
G
Galibi: tribo indígena da margem esquerda do alto rio Uaçá, Amapá.
Geribá: nome de um coqueiro.
Goitacá: nômade, errante, aquele que não se fixa em nenhum lugar.
Guará (1): iguara, ave das águas, pássaro branco de mangues e estuários.
Guará (2): aguará, aguaraçu, mamífero (lobo) dos cerrados e pampas (açu).
Guarani(1): raça indígena do interior da América do Sul tropical, habitante desde o Centro Oeste brasileiro até o norte da Argentina, pertencente à grande nação tupi-guarani.
Guarani (2): grupo lingüístico pertencente ao grande ramo tupi-guarani, porém mais característico dos indígenas do centro da América do Sul.
Guaratinguetá: reunião de pássaros brancos.
Guariní: guerreiro, lutador.
I
I: água, pequeno, fino, delgado, magro.
Iaé (kamaiurá): lua.
Iandé: a constelação Orion.
Iandê: você.
Iba: (iwa, iua, iva) ruim, feio, imprestável (paraíba).
Ibi: terra.
Ibitinga: terra branca (tinga).
Ig: água.
Iguaçu: água grande, lago grande, rio grande.
Ipanema: lugar fedorento.
Ipiranga: rio vermelho.
Ira: mel (iracema, irapuã).
Iracema: lábios de mel (ira, tembé, iratembé).
Irapuã: mel redondo (ira, puã).
Ita: pedra (itaúna).
Itajubá: pedra amarela (ita, ajubá).
Itatiba: muita pedra, abundância de pedras (tiba).
Itaúna: pedra preta (ita, una).
Ité: ruim, repulsivo, feio, repelente, estranho (abaité).
Iu: (yu, ju) espinho, (jurumbeba).
J
Jabaquara: rio do senhor do vôo (iabaquara, abequar).
Jacamim: ave ou gênio, pai de muitas estrelas (yacamim).
Jaçanã: ave que possui as patas sob a forma de nadadeiras, como os patos.
Jacaúna: indivíduo de peito negro.
Jacu: (yaku) uma das espécies de aves vegetarianas silvestres, semelhantes às galinhas, perus, faisões.
Jacuí: jacu pequeno.
Jaguar: yawara, cão, lobo, (guará).
Juçara: palmeira fina e alta com um miolo branco, do qual se extrai o palmito.
Jurubatiba: lugar cheio de plantas espinhosas (ju - ru - uba -tiba).
Jurubeba: planta espinhosa e fruta tida como medicinal.
Jururu: de aruru, que significa triste
Kaapora: aquilo ou quem vive no mato, (caapora, caipora).
Kamby: leite, líquido do seio.
L
Laurare (karajá): marimbondo.
Lauré (pauetê-nanbiquara): arara vermelha.
M
Manau: tribo do ramo aruaque(aruake) que habitava a região do rio Negro.
Manauara: natural de, residente em, ou relativo a Manaus (capital do estado do Amazonas).
Mairá: uma das espécies de mandioca.
Maní: deusa da mandioca, amendoim (maniva).
Manioca: mandioca (a deusa Maní, enterrada na própria oca, gerou a raiz alimentícia).
Mandioca: aipim, macaxeira, raiz que é principal alimento dos índios brasileiros.
Maracá: mbaraká, chocalho usado em solenidades.
Massau: uma das espécies de macaco, pequeno e de rabo comprido, (sagüi).
Membira: filho ou filha.
Motirõ: mutirão, reunião para fins de colheita ou construção.
N
Nanbiquara: fala inteligente, de gente esperta.
Nhe: nhan, falar, fala, língua.
Nhenhenhém: nheë nheë ñeñë, falação, falar muito, tagarelice.
O
Oapixana: tribo do ramo aruaque do alto rio Branco, Roraima, nas fronteiras com a Guiana.
Oca: cabana ou palhoça, casa de índio ( ocara, manioca)
Ocara: praça ou centro de taba, terreiro da aldeia
Ocaruçu: praça grande, aumentativo de ocara
P
Pará (1): rio
Pará (2): prefixo utilizado no nome de diversas plantas
Paracanã: tribo indígena encontrada durante a construçao hidrelétrica de Tucuruí, no rio Tocantins, Para.
Paraíba (1): paraiwa, rio ruim, rio que não se presta à navegação.
Paraibuna: rio escuro e que não serve para navegar
Paraná: mar
Pauá (tupi): (pawa, pava) tudo, muito, no sentido de grande extensão.
Peba: branco,branca (tinga, peva, peua).
Pereba: pequena ferida.
Pernambuco: mar com fendas, recifes.
Piauí: Rio de piaus (tipo de peixe).
Pindaíba: anzol ruim, quando não se consegue pescar nada.
Poti: camarão.
Potiguar: pitiguar, potiguara, pitaguar, indígena da região nordeste do Brasil.
Puã: redondo (irapuã).
Puca: armadilha (arapuca, puçá).
Puçá: armadilha para peixes.
Q
Quecé: faca velha.
Quibaana: tribo da região Norte.
R
Raira: filho (membira).
Ré: amigo (geralmente usado como sufixo: abaré, araré, avaré).
Rudá: deus do amor, para o qual as índias cantavam uma oração ao anoitecer.
Ru: folha (jurubeba).
S
Sapiranga: olhos vermelhos, (çá: olhos, piranga: vermelhos).
Sauá: uma das espécies de macaco.
Sergipe: rio do siri.
Surui: tribo do parque do Aripuanã, Rondônia.
T
Tapuia: designação antiga dada pelos tupis aos gentios inimigos, índio bravio.
Tembé: lábios (Iracema, iratembé).
Tiba: (tiwa, tiua, tuba) abundância, cheio.
Tijuca: lama, charco, pântano, atoleiro.
Tinga: branco, branca.
Tiririca: arrastando-se, alastrando-se, erva daninha que se alastra com rapidez.
Tocantins: bico de tucano.
Tupi (1): povo indígena que habita(va) o Norte e o Centro do Brasil, até o rio Amazonas e até o litoral.
Tupi (2): um dos principais troncos lingüísticos da América do Sul, pertencente à família tupi-guarani.
Tupi-guarani: um das quatro grandes famílias lingüísticas da América do Sul tropical e equatorial.
U
Uaçá: caranguejo.
Uaná: vagalume (urissanê).
Ubá: canoa (geralmente feita de uma só peça de madeira);
V
Vapidiana: tribo do ramo aruaque do alto rio Branco, Roraima.
W
Wapixana: tribo do ramo aruaque do alto rio Branco, Roraima.
X
Xaperu: tribo da região Norte.
Xará: (X-rer-á) tirado do meu nome.
Xavante: tribo indígena pertencente à família lingüística jê. Ocupa extensa área, limitada pelos rios Culuene e das Mortes, Mato Grosso.
Xoclengue: tribo caingangue do Paraná (rio Ivaí).
Y
Yacamim: ave ou gênio, pai de muitas estrelas (jaçamim)
Yamí: noite.
Yapira: mel (japira).
Yara: deusa das águas, lenda da mulher que mora no fundo dos rios.
Yasaí: açaí, fruta que chora.
Yawara (tupi): jaguar, cão, cachorro, lobo, gato, onça.
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As preposições do português correspondem, em tupi, a posposições, porque aparecem depois dos termos que regem. Há posposições átonas, que aparecem ligadas por hífen, mas a maior parte delas é tônica, vindo separadas dos termos que regem. Alguns dos radicais mais comuns em tupi-guarani estão listados abaixo...
Em tupi existe o tempo do substantivo. Para tanto, usam-se os adjetivos "ram" ou "rama, ama" (futuro, promissor, que vai ser), e "pûer" ou "puera, buera" (passado, velho, antigo, superado, que já foi; cuera, **éra, guera, quéra), que recebem na composição o sufixo -A: RAM-A, PÛER-A. Eles são tratados, também, como se fossem sufixos, apresentando, então, as formas -ÛAM-A (-AM-A) e -ÛER-A (-ER-A).
Os pronomes pessoais e que servem também de possessivos são:
xe — eu; meu, minha, meus, minhas (xê, ixé)
nde — tu; teu, tua, teus, tuas (usa-se também endé, ere, ne, nê); seu sua, seus, suas?
i — ele, ela; dele, dela, eles, deles, delas (a’e, -s)
oré — nós; a gente, da gente; nosso, nossa, nossos, nossas (usa-se também asé, jandé, ore, oro, yané)
pe — vós; vosso (a, os, as); "pé saiçú" – vós amais
abá, auá, avá (avakwe) — homem, mulher, pessoa, gente, índio
-aba, aba (sufixo substantivador) — podendo também significar "lugar"
acá, acag, acan, acanga, -akã, kanga — cabeça; kanga de esqueleto, osso enquanto está no corpo (araracanga)
-atã (r-s-) — duro: xe r-atã – eu sou duro; s-atã – ele é duro; itá-atã – pedra dura
atá (t-r-s-): t-atá, tata — fogo; xe r-atá – meu fogo; s-atá – fogo dele
atá — andar / atássuera — o que anda; de atá (andar) + "suera" (sufixo do tupi) / guatá — caminhar, caminhada
-bira — empinado, ereto, erguido
birá — ave, pássaro. Nota: biguá de ave aquática; também pode ser uma árvore (veja guará 1)
-catu — bom / cati, catu, catú — bom, bem, bastante, agradável / katu — bom; "abá-katu" homem bom (homens bons)
-etá — muitos (as); o indefinido "etá" vem sempre posposto ao substantivo, formando uma composição com ele (se exisitir o sufixo -A final, ele cai); "abá-etá" – muitos índios; "peró-etá" – muitos portugueses / Para o plural usa-se os sufixos etá (muitos) e tyba (grande quantidade).
eté ou etê (r-s-) — bom, honrado, sincero, muito bom, verdadeiro, genuíno: xe r-eté – eu sou verdadeiro; s-eté – ele é verdadeiro; abá-eté – homem verdadeiro
eté (t-r-s-): t-eté — corpo; xe r-eté – meu corpo; s-eté – seu corpo
-guaçu — grande / -gûasu — sufixo de aumentativo: -ão, grande. Açu de grande, considerável, comprido, longo.
guará (1), guira-, gwyra'i, iguara — pássaro; ave das águas, de ave aquática, pássaro branco muito comum nos manguezais (garça, guará); guarauná de guará preto ou madeira preta. Urá é corruptela de uirá ou (uyrá, guyrá, gûyrá), indicativo genérico de pássaros; guaratinga de pássaro branco (guirá + tinga). Dentre as numerosas alterações sofridas por essa palavra, principalmente na vernaculização de zoônimos, notam-se oyrá, oirá, virá, vyrá, hurá, huyrá, oerá, birá, ourá, gará, grá etc. Vide: "Nomes de Aves em Língua Tupi", de Rodolfo Garcia, Boletim do Museu Nacional, vol. V. nº 3. setembro de 1929 (P.A.).
guará (2), aguará — o que devora, raposa, mamífero (lobo-guará) dos cerrados e pampas; aguaraçu de aguará grande.
guara (3) — quando é usado como sufixo, significa procedência, habitante de.
-í ou i- ou ‘y ou y ou yy — água; rio; um líquido qualquer. A pronúncia do guarani é uma das mais difíceis para os brasileiros, pois é uma fala grutural, vem da garganta, por exemplo: "i" em guarani é pequeno e "í" em guarani é água (se pronúncia com a língua no céu da boca). Nota: rio em tupi antigo pode ser t‘y ou ty (rio, água, líquido). No Nordeste, achamos também a forma îy. Rio grande, rio de grande volume d'água, pode ser paranã (que também significa mar) ou pará.
-’i ou -’im — sufixo de diminutivo: -inho, pequeno, fino, delgado, magro / ava'i — menino, de avá (homem) + 'i (pequeno)
ibi- — madeira, árvore / "ybyrá" (árvore em tupi)
ita-, ita, itá — pedra, morro, montanha; o objeto duro, metal
-mirim — pequeno
-panema — ruim; de coisa ruim, imprestável
para- ou pa'ra — rio; prefixo utilizado no nome de diversos peixes e plantas
(a)pé (r-s-), tape — caminho, estrada, trilha; xe r-apé – meu caminho; s-apé – caminho dele
-pe — em, para (geralmente locativo); posposição átona; prefixo número-pessoal de pessoa do plural; no, no local, na, em; "ocape" – na casa
pi, pí — pés; de caminho
pira-, pirá — peixe (nomes de peixes)
suí, sui (preposição) — de (origem, causa, proveniência); de, do, da, longe de, do que (comparativo); Piratininga suí – de Piratininga
supé (preposição) — para (pessoa, pessoas ou coisas); a, ao, para e também, em busca de, contra (contrariamente) – apenas na terceira pessoa; "abá supé" – para o índio; "morubixaba supé" – para o cacique; Maria supé – para Maria
-tiba, tyba — lugar cheio de...; abundância, grande quantidade. O substantivo "tyba", do tupi, forma muitos topônimos no Brasil. Ele significa reunião, ajuntamento, multidão. Tal coletivo realiza-se, em português, de várias maneiras: -nduva, -ndiva, -tuba, -tuva, tiua, -tiva, tiwa.
ajubá, yuba, îub, yuba — amarelo
-piranga, -pitanga, puranga, putanga, pyrang — vermelho (arara-piranga, guará-piranga, piraputanga)
-tinga, tin, ting — branco
-obi, oby, tob — azul e verde
-úna, una, un (r-s) — preto, preta, escuro, negro; xe r-un – eu sou preto; s-un – ele é preto; abá-un-a – homem preto (araraúna)
NUMERAIS
Não existe número além de quatro, em tupi antigo. Usando mãos e pés expressa-se, porém, o número que se deseja:
1 — ojepé iepé (ele sozinho)
2 — mocõi mocoin (fazer um par)
3 — mossapyr mossapira (fazer triângulo, ou vértice, ou bico)
4 — irundyc irundi (fazer pares)
5 — xe pó, xe pó ambó (a mão com cinco dedos, cinco)
10 — mocõi pó (um par de mãos)
20 — xe pó xe py, xepó xepy (mãos e pés, vinte)
22 — xepó xepy mocõi
ORDINAIS: primeiro = ypy; segundo = mocõia; terceiro = mossapyra; quarto = irundyca
Lista com nomes de cidades e localidades, Estados, também pessoas, rios, ruas, bairros, relevo e acidentes geográficos, em tupi-guarani e seus respectivos significados:
Abaeté (abá-eté) ou abaetê — homem forte, homem de respeito; pessoa boa, pessoa de palavra, pessoa honrada; homem de valor, corajoso; abá (homem) + eté (muito bom, verdadeiro). Nota: abaité — gente ruim, gente repulsiva, gente estranha / a'iba, aíb, aíba, iba, ité, iua, iva, iwa — ruim, mau, repulsivo, feio, repelente, estranho, imprestável...
Anhangüera, anhang-ûera — anhan (diabo), uera (velho), logo o que foi diabo ou diabo velho. Anhanga (diabo; protetor da caça). An, anga (alma, sombra, abrigo, vulto, fantasma). Angaba (assombração). Angoera (fantasma, visão, imagem em tupi-guarani). Angûera (espírito, alma penada). Inhanguera; anaantanha — anaan (diabo), tanha (figura, imagem), imagem do diabo. Anhang-ûama — futuro diabo.
Anhato-mirim — ilhote onde se levanta o forte de Santa Cruz , vemos também escrito Inhato Prazeres Maranhão. Anhan ou anaan (diabo), to mirim (pequeno), logo pequena ilha do diabo.
Aracaju — lugar antigo...
Araçatuba ou arassatyba — araçazal (de muito araçá - fruto da árvore silvestre araçazeiro), terra dos araçás; araçá de fruto de época, tempo; de arassá (araçá) + "-tuba, tyba" (sufixos do tupi que significam abundância)
Araraí ou Arari — de "arara" + "i" (arara pequena), sendo que o sufixo tem também o sentido de água, rio, assim arari pode também significar rio das araras... Arari é o nome do principal lago marajoara e de um dos mais importantes rios doMarajó, assim como faz parte do nome da cidade de Cachoeira do Arari, localizada na sua beira esquerda, e de Santa Cruz do Arari que está na boca do lago. Arari é também o nome dado a um cipó da família das leguminosas papolanaceas, encontrado nas margens dos rios, cujas flores são grandes, cor de arari-canindé, de arara-canindé (portanto de duas cores)...
Araraquara — de "arará kûara", arará (variedade de formiga) e kûara (buraco), buraco das ararás
Araxá — bela vista; lugar alto onde primeiro se avista o sol.
Atibaia — lugar saudável
Avanhandava — abá (homem), ã, nhan (correr), aba (lugar), portanto lugar da corrida dos homens
Avaré (município de São Paulo), Awaré ou abaruna — sítio do padre; amigo, missionário, catequista, senhor de preto; de "abaré" padre
Bariri e Barueri — rio com cachoeiras
Bangu — monte escuro
Bauru (município de São Paulo) — de ‘ybá (fruta) e uru (vasilha)
Boiçucanga (município de São Paulo) — de mboîa (cobra), usu (sufixo de aumentativo) e kanga (esqueleto, osso)
Botucatu — bons ares; na verdade seria "Ybytu-catu", vento-bom.
Buriti (Palácio) — sede do Governo do Distrito Federal que tem em frente um buriti ou muriti, espécie de palmeira do Cerrado...
Butantan, Butantã — terra muito dura; na verdade seria "Yby-tãtã", terra-dura, firme.
Caçapava (município de São Paulo) — de ka’a (mata), asab (atravessar, cruzar), -aba (lugar), logo caminho na mata
Capibaribe (rio de Pernambuco) — de kapibara (capivara), ‘y (rio), -pe (posposição: em, para)
Caraguatatuba — enseada com altos e baixos
Catanduva — mato grande ou grosso
Chapecó, Xapecó —
Comandacaia (localidade da Bahia) — komandá (fava), kaî (queimar), logo favas queimadas
Cubatão — de elevação; terra montanhosa
Cunhaú (município do Rio Grande do Norte) — de kunhã (mulher) e ‘y (rio), logo rio das mulheres
Curitiba — pinheiral; de curi () e tyba (abundância), muitos pinheiros
Embu-Guaçu — cobra grande
Garopaba — este nome vem grafado Cahopapaba na carta de Turim (1523) e pela primeira vez. Nas seguintes: Igaropaba, Upaua, Upaba, Guarupeba, etc. De igara canoa e upaba lagoa. Logo lagoa da canoa.
Grão-Pará (palavra híbrida) — pará de coletor dás águas, mar...
Guaíra — local intransponível
Guanabara — baia grande
Guararema — pau d'alho, árvore que cheira alho
Guaratinguetá, gûyrá-ting(a)-etá — muitas aves e/ou garças brancas; guaratinga de pássaro branco; "guirá, guara" pássaro, "tinga" branco, "etá" muitos, logo reunião de pássaros brancos.
Guataporanga (município de São Paulo) — de guatá (caminhar, caminhada) e porang (bonito), logo caminhada bonita
Iabaquara ou Jabaquara — rio do senhor do vôo... / abaquar — senhor (chefe) do vôo
Ibirapuera (ybyrá-pûer-a) — a ex-árvore ou a árvore caída (diz-se, por exemplo, de um tronco seco caído ou de uma árvore morta) / ibira-racá — árvore, madeira / do tupi "ybyrá" (árvore, madeira, arco) e "pûer" (passado, que já foi) / Yby = a terra, o chão
Ibitipoca (localidade de Minas Gerais) — de ybytyra (montanha) e pok (estourar), logo montanha estourada (com grutas)
Igaraçu do Tietê — ygara (canoa); igaratá (canoa alta); ygarusu (navio); ygarusu-etá (muitos navios)
Iguaçu — água grande, rio grande, lago grande
Iguape (‘y kûá-pe) — na enseada do rio
Iguatemi — rio verde escuro; de rio sinuoso
Indaiatuba — mata de palmeiras
Ipanema (bairro do Rio de Janeiro) — upá’-nem-a, de upaba (árvore) e nem (fedorento), rio de água ruim, imprestável, lugar ou lago fedorento
Ipiranga (bairro de São Paulo) — ‘y (rio, água) e pyrang (vermelho)
Itaberaba (município de Minas Gerais) — de itá (pedra), berab (brilhante), logo pedra brilhante
Itabira (cidade de Minas Gerais) — de itá (pedra), byr (levantar-se, erguer-se), logo pedra levantada
Itacolomi, -itá kunumi (formação rochosa de Minas Gerais) — de itá (pedra) e kunumi (menino), logo menino de pedra, do filho ou menino de pedra (tacami, tacorubi) / Itacoatiara — pedra com escrita
Itajai, Itajahy, tajai — y rio e taiá: rio do taiá. Em mapas antigos vemos grafado: tacahug, tojahy, tucuay, taiahug, tayahug, tajaiye.
Itaipava — vemos também grafado assim: itapava, itopava, itoupava etc. De ita pedra e ipaba levantada; recife, travessão rochoso.
Itajubá — pedra amarela
Itamarati — pedra branca
Itanhaém — de "-itá nha’e", prato de pedra, pedra que canta
Itapecirica (cidade de São Paulo) — itá (pedra), peb (achatado), syryk (escorregar), pedra achatada escorregadia
Itapeva — de pedra chata rasa, um lajedo / Itapiranga — pedra vermelha (itá + piranga)
Itapoã, itapoan — de pedra redonda / Itaporanga — pedra bonita
Itaquaquecetuba — muitas taquaras cortantes
Itaquera (bairro de São Paulo) — de itá (pedra) e ker (dormir), logo pedra dormente
Itararé — pedra que o rio cavou
Itatiba — muitas pedras, abundância de pedras
Itaipu (usina hidrelétrica do Paraná) — de itá (pedra), ‘y (rio), pu (barulho, ruído), logo barulho do rio das pedras
Itaú — pedra preta
Itupeva — de salto rasteiro.
Jaraguá — de ponta proeminente; de vale do senhor
Jericoacoara — local das tartarugas
Mantiqueira (Serra de Minas Gerais) — de amana (chuva) e tykyra (gota), logo gotas de chuva
Marajó — barreira do mar; procedente do mar
M'Boi Mirim — mboi, mboîa (cobra, serpente), mirim (pequena), logo cobra pequena
Paquetá (ilha do Rio de Janeiro) — pak(a)-etá, logo muitas pacas...
Paraguaçu, Paraguassu — mar, rio profundo
Paraguai —
Paraibuna — rio de águas escuras
Paraitinga — rio de águas claras
Paranapanema (nome de rio que separa os estados de São Paulo e Paraná) — de paranã (semelhante ao mar ou rio grande) e panem (imprestável), logo rio imprestável
Paranapiacaba (Serra do Sudeste) — de paranã ou parana (mar), epîak ou epiaca (ver), -aba ou caba (lugar), logo lugar de ver o mar, donde se avista o mar, lugar de onde se vê o mar; nome pelo qual era conhecida parte sul da serra do mar.
Parati — peixe branco, no entanto penso ser melhor de para (peixe) e tyba (reunião); paratinga, peixe branco
Pari (bairro de São Paulo) — canal para apanhar peixes; para (rio) e i (pequeno)
Peruíbe (município de São Paulo) — de iperu (tubarão), ‘y (rio) e -pe (em), logo no rio dos tubarões
Pindamonhangaba — lugar de fazer anzol; de pindá (anzol), monhang (fazer), aba (lugar)
Piracicaba — lugar onde o peixe pára
Piratininga (antigo nome de São Paulo) — Anhangabaú e Tamanduateí
Pirajuçara —
Pirassununga — lugar onde o peixe faz barulho; -sununga — barulhento; será talvez a etimologia assim: para (rio), pira (peixe), açu (grande), apenunga (onda)
Perituba ou Pirituba — de lugar de banhado, brejo, com muito junco ou juncal
Ponta Porã — ponta bonita
Potengi (rio do Rio Grande do Norte) — de poti (camarão) e îy (rio), logo rio dos camarões
Sorocaba — terra rasgada; de rasgar (rasgão), a rasgadura (da terra); sorok (rasgar-se) e -aba (lugar)
Sumaré — espécie de orquídea; "ré" (diferente, distinto)
Tabapuã — aldeia em local alto
Taguatinga — barro branco (atual), ave branca (anterior discutido)
Tatuapé — tatu e "pê" caminho; caminho do tatu / "tatu‘y-pe" — no rio dos tatus, para o rio dos tatus / Tatuí (tatu ‘y) — rio do tatu
Taubaté — taba grande, cidade
Tietê (rio de São Paulo) — de ty- (rio, água) e eté (muito bom, verdadeiro, genuíno), logo rio muito bom, rio verdadeiro
Tijuca (nome de rio e bairro do Rio de Janeiro), tijuquinhas, tiyug, tiyukopawa, tyîuka — de ty (rio, água) e îuk (podre), rio podre, água podre; também pode ser brejo, pântano, lodo, a lama, lama preta, líquido podre, charco, pântano
Tucuruvi (bairro de São Paulo) — de tukura (gafanhoto) e oby (verde)
Turiaçu — de "turi" fogueira e "açu" grande, logo a fogueira grande
Ubá — A palavra ubá, em tupi-guarani, significa canoa de uma só peça escavada em tronco de árvore. É também o nome popular da gramínea (Gynerun Sagittatum), da folha estreita, longilínea e flexível, em forma de cano, utilizada pelos índios na confecção de flechas de caça e combate, e encontradas em toda a extensão das margens do ribeirão que corta a cidade de Ubá, em Minas Gerais. O nome do rio Ubá se deu justamente pela existência dessas gramíneas. Fonte: (http://www.uba.mg.gov.br/). Veja "uiba" = flecha!
Ubatuba — muitas canoas, porto
Uberaba — água cristalina
Umuarama — lugar de pessoas amigas
Uruguai — de yuru gua o coracol, o buzio e Y rio; dos caramujos. Querem alguns escritores que seja rio dos pássaros...
Votorantim — cascata branca
Votuporanga — brisa suave, lugar de bons ventos; de votu (ar, vento) + porang (belo)
http://www.sergiosakall.com.br/girafas/lingua_guar...
Tupi-guarani é uma família linguística do Tronco tupi que congrega várias línguas indígenas sul-americanas, e que tem uma ampla distribuição geográfica. São também designadas como tupi-guarani (associadas a família lingüística), as tribos indígenas que habitavam o litoral brasileiro, quando da chegada dos portugueses ao Brasil em 1500. Essas habitavam em malocas (casas), que no seu conjunto formavam as tabas (aldeias). A sua alimentação baseava-se fundamentalmente em mandioca e em peixe, e raramente consumiam carne de outros tipos. Entre essas tribos ainda existentes encontramos os araweté, povo de língua tupi-guarani da Amazônia Oriental (Pará). Então depende muito de qual a lingua exata que deseja saber, vou te dar exemplos de algumas:
Línguas da família tupi-guarani:
Amanaié (amanaiés)
Anambé (anambés)
Apiacá (apiacás)
Aquáua (aquáuas)
Paracanã - dialeto (paracanãs).
Suruí-aiqueuara - dialeto (suruís-aiqueuaras).
Araueté (araueté)
Assuriní-do-xingu (assurinís-do-xingu).
Assuriní-do-tocantins - dialeto (assurinís-do-tocantins).
Avá-canoeiro (avás-canoeiros)
Caapor (caapores-urubus)
Caiabi (caiabis)
Camaiurá (camaiurás)
Cambeba (cambebas)
Cauaíbe (cauaíbes)
Diahói - dialeto.
Juma - dialeto (jumas).
Parintintim - dialeto (parintintins).
Tenharim - dialeto (tenharins).
Uru-eu-uau-uau - dialeto (uru-eu-uau-uaus).
Cocama (cocamas)
Guajá (guajás)
Guarani - uma das línguas oficiais do Paraguai, também falado no Brasil (guaranis).
Caiouá - dialeto (caiouás).
Embiá - dialeto (embiás).
Nhandeva - dialeto (nhandevas).
Oiampi (oiampis)
Tapirapé (tapirapés)
Teneteara (guajajaras e tembés)
Guajajara - dialeto (guajajaras).
Tembé - dialeto (tembés).
Tupi (tupis)
Tupinambá (extinta no Brasil) (tupinambás)
Nheengatu - dialeto falado no Brasil, já considerada oficial no passado.
Geral paulista - dialeto crioulo formado à época dos bandeirantes.
Xetá (quase extinta) (xetás)
Zoé (Puturu) (zoés)
Bom espero que tenha te ajudado um alguma coisa.... beijo, Feliz Ano Novo
eu naum sei...se vc descobrir, me avisa, tah?
(soh sei em japah, mas serah que isso pode lhe ajudar?)
ありがとう (traduçaum:arigatou=obrigado)
ateh mais...!!!!!!!!