Essa foi a melhor resposta que encontrei. Moro em Campo Grande a 15 anos e essa reportagem mostrou bem o que sinto.
Campo Grande: boa de morar, ruim de viver!
Por que essa cidade é tão fria e sem alma? Por que essa distância nas relações humanas?
A cidade é uma para quem a olha pela primeira vez, outra para quem chega para ficar, outra para quem nunca a vai deixar". (Ítalo Calvino).
Começo perguntando: onde você encontra seus amigos aqui? Goiânia, Cuiabá, Rio Preto, Bauru, Ribeirão Preto, Londrina, Maringá e Florianópolis, por exemplo, tem locais mágicos de referência, para um café amigo e um papo informal. Aqui, já ouvi alguém dizer que seria nos supermercados. Ora bolas! Só pode ser brincadeira!
Que a cidade é espaçosa, arborizada e de topografia agradável, sem dúvida. Os visitantes não cansam de elogiá-la, mas belas avenidas e a paisagem arquitetônica moderna não bastam, não satisfazem plenamente. É preciso algo mais! Nas festas e velórios, tenho ouvido constantemente observações sobre o assunto e, como estamos próximos do aniversário da capital, é oportuno abordá-lo de frente.
O tema é delicado, provoca discussões entre os aqui nascidos e os chegantes. Por que essa bela cidade é tão fria e sem alma? Por que essa distância nas relações humanas? Por que cada qual fica no seu canto e não se visita? Por que constroem praças sem bancos? Por que o público aplaude comedidamente os artistas em seus espetáculos? Por que as manifestações de calor humano ficam restritas ao carnaval, eleições e Copa do Mundo? Por que cada um "fica na sua"? Conversei com muita gente, colhendo subsídios. Ouvi campograndenses da gema, sociólogos, novos e velhos moradores que vieram de fora.
O saudoso Eduardo Metello, grande observador social, fez a melhor análise; precisa e imparcial. Lembrou: a cidade foi fundada por mineiros, eternos desconfiados, numa época pós Guerra do Paraguai. Essa postura defensiva mineira ficou ainda mais visível na convivência com bugres, índios e paraguaios. Com a chegada da estrada de ferro em 1917, vieram os conservadores japoneses e que se uniram ainda mais face ao ambiente hostil da época. Grupos heterogêneos construindo um sonho convergente, mas cada qual conservando suas características.
Para Metello, a invasão sulina pela agricultura é que provocou mudanças positivas de comportamento e influenciou na miscigenação de raças. Dizia até: essa nova geração está mais bonita, mais extrovertida e tem mais latinidade.
Outra observação importante foi de um amigo sociólogo. A noção de espaço da capital é diferente de outras cidades de São Paulo, Paraná, Minas, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. O traçado dela seria elemento responsável pelo distanciamento das relações. Aqui os bairros se comunicam sem necessidade de se passar pelo centro e há enormes áreas sem ocupação. Pergunta-se: Qual a relação do morador das Moreninhas com a cidade?
O próprio prefeito Nelsinho, nascido aqui, acha que é preciso estimular essa relação de afeto com a cidade e entre seus moradores, mostrando-se preocupado até com os idosos, que simplesmente "desaparecem de circulação". E foi mais longe: "uma campanha para estreitar os laços com a vizinhança cairia bem".
Claro que Rotary, Lions, Maçonaria, Igreja, clubes e outras entidades são fundamentais na relação entre as pessoas. Mas é preciso que essa nova geração tenha outra postura, abandonando a defensiva, para fazer da cidade uma terra cada vez melhor e mais humana. Afinal, lembram os chineses: "todas as flores do futuro estão nas sementes de hoje." Quem sabe um dia, as pessoas daqui se cumprimentem mais, sem formalismo, os vizinhos se relacionem melhor. Afinal, a cidade não é mais ponto de passagem. É de chegada para a grande maioria.
Como bem diz Jorge Luis Borges, o homem não está na cidade e sim ele é a cidade, pois "um homem é seu país, sua cidade, seu bairro, sua rua, sua casa, seus vizinhos e seus amigos." Termino aqui, mas a discussão deve e precisa continuar.
MANOEL AFONSO é advogado e comentarista da TV Record em Campo Grande (MS).
Sou de Brasília e moro em Campo Grande a uns 13 anos, aqui é uma cidade tranquila, o clima é bem quente mas tem o maravilhoso tereré (Tipo chimarrão só que a erva é menos amarga e com água gelada) é a diversão da população se você quer pegar alguém ou iniciar uma amizade é só chamar pra tomar tereré. O ponit é a Av. Afonso Pena, onde nos fins de semana fica lotada de carros e pessoas sentadas no canteiro ouvindo musica ou só curtindo o movimente. Em questão de eventos no momento estã tendo poucos shows por conta de reclamações pelo barulho, até os barsinhos que tinham musica ao vivo tiraram. O custo de vida não é tão caaro, da pra sobreviver kkkk. Aqui não é só mato como imaginam mas de vez em quando você uma familia de capivara, araras, quati, macaquinhos etc., por ai só que nas regiões proximas a reservas florestais. Ou você pode se deparar com a dupla Munhoz e Mariano no belo camaro amarelo como eu vi mes passado....
Meu amigo, não faça isso!!! Eu tb sou de Porto Alegre - RS, mudei pra cá, vivo aqui a 10 anos, é uma cidade extremamente FRIA, povo frio, tenho poucos amigos, alguma pessoas tem um sotaque bem estranho, principalmente os maloqueiros, to vendendo meu apto pra voltar à poa.
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Oi, blz?
Campo Grande é sensacional.
Que cidade linda.
Esse site tem todas as informações da cidade.
http://www.encontracampogrande.com.br/campo-grande...
Espero ter ajudado
ABs
Estou me organizando para morar em Campo Grande, de Jundiaí SP para Campo Grande, o amigo que deve ter se mudado , o que pode dizer daí?
Essa foi a melhor resposta que encontrei. Moro em Campo Grande a 15 anos e essa reportagem mostrou bem o que sinto.
Campo Grande: boa de morar, ruim de viver!
Por que essa cidade é tão fria e sem alma? Por que essa distância nas relações humanas?
A cidade é uma para quem a olha pela primeira vez, outra para quem chega para ficar, outra para quem nunca a vai deixar". (Ítalo Calvino).
Começo perguntando: onde você encontra seus amigos aqui? Goiânia, Cuiabá, Rio Preto, Bauru, Ribeirão Preto, Londrina, Maringá e Florianópolis, por exemplo, tem locais mágicos de referência, para um café amigo e um papo informal. Aqui, já ouvi alguém dizer que seria nos supermercados. Ora bolas! Só pode ser brincadeira!
Que a cidade é espaçosa, arborizada e de topografia agradável, sem dúvida. Os visitantes não cansam de elogiá-la, mas belas avenidas e a paisagem arquitetônica moderna não bastam, não satisfazem plenamente. É preciso algo mais! Nas festas e velórios, tenho ouvido constantemente observações sobre o assunto e, como estamos próximos do aniversário da capital, é oportuno abordá-lo de frente.
O tema é delicado, provoca discussões entre os aqui nascidos e os chegantes. Por que essa bela cidade é tão fria e sem alma? Por que essa distância nas relações humanas? Por que cada qual fica no seu canto e não se visita? Por que constroem praças sem bancos? Por que o público aplaude comedidamente os artistas em seus espetáculos? Por que as manifestações de calor humano ficam restritas ao carnaval, eleições e Copa do Mundo? Por que cada um "fica na sua"? Conversei com muita gente, colhendo subsídios. Ouvi campograndenses da gema, sociólogos, novos e velhos moradores que vieram de fora.
O saudoso Eduardo Metello, grande observador social, fez a melhor análise; precisa e imparcial. Lembrou: a cidade foi fundada por mineiros, eternos desconfiados, numa época pós Guerra do Paraguai. Essa postura defensiva mineira ficou ainda mais visível na convivência com bugres, índios e paraguaios. Com a chegada da estrada de ferro em 1917, vieram os conservadores japoneses e que se uniram ainda mais face ao ambiente hostil da época. Grupos heterogêneos construindo um sonho convergente, mas cada qual conservando suas características.
Para Metello, a invasão sulina pela agricultura é que provocou mudanças positivas de comportamento e influenciou na miscigenação de raças. Dizia até: essa nova geração está mais bonita, mais extrovertida e tem mais latinidade.
Outra observação importante foi de um amigo sociólogo. A noção de espaço da capital é diferente de outras cidades de São Paulo, Paraná, Minas, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. O traçado dela seria elemento responsável pelo distanciamento das relações. Aqui os bairros se comunicam sem necessidade de se passar pelo centro e há enormes áreas sem ocupação. Pergunta-se: Qual a relação do morador das Moreninhas com a cidade?
O próprio prefeito Nelsinho, nascido aqui, acha que é preciso estimular essa relação de afeto com a cidade e entre seus moradores, mostrando-se preocupado até com os idosos, que simplesmente "desaparecem de circulação". E foi mais longe: "uma campanha para estreitar os laços com a vizinhança cairia bem".
Claro que Rotary, Lions, Maçonaria, Igreja, clubes e outras entidades são fundamentais na relação entre as pessoas. Mas é preciso que essa nova geração tenha outra postura, abandonando a defensiva, para fazer da cidade uma terra cada vez melhor e mais humana. Afinal, lembram os chineses: "todas as flores do futuro estão nas sementes de hoje." Quem sabe um dia, as pessoas daqui se cumprimentem mais, sem formalismo, os vizinhos se relacionem melhor. Afinal, a cidade não é mais ponto de passagem. É de chegada para a grande maioria.
Como bem diz Jorge Luis Borges, o homem não está na cidade e sim ele é a cidade, pois "um homem é seu país, sua cidade, seu bairro, sua rua, sua casa, seus vizinhos e seus amigos." Termino aqui, mas a discussão deve e precisa continuar.
MANOEL AFONSO é advogado e comentarista da TV Record em Campo Grande (MS).
www.manoelafonso.com.br
Sou de Brasília e moro em Campo Grande a uns 13 anos, aqui é uma cidade tranquila, o clima é bem quente mas tem o maravilhoso tereré (Tipo chimarrão só que a erva é menos amarga e com água gelada) é a diversão da população se você quer pegar alguém ou iniciar uma amizade é só chamar pra tomar tereré. O ponit é a Av. Afonso Pena, onde nos fins de semana fica lotada de carros e pessoas sentadas no canteiro ouvindo musica ou só curtindo o movimente. Em questão de eventos no momento estã tendo poucos shows por conta de reclamações pelo barulho, até os barsinhos que tinham musica ao vivo tiraram. O custo de vida não é tão caaro, da pra sobreviver kkkk. Aqui não é só mato como imaginam mas de vez em quando você uma familia de capivara, araras, quati, macaquinhos etc., por ai só que nas regiões proximas a reservas florestais. Ou você pode se deparar com a dupla Munhoz e Mariano no belo camaro amarelo como eu vi mes passado....
afinal é quente ou frio? rsrrsrsrs
Olá
Isso talvez lhe ajude:
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Sucesso e boa sorte!
Meu amigo, não faça isso!!! Eu tb sou de Porto Alegre - RS, mudei pra cá, vivo aqui a 10 anos, é uma cidade extremamente FRIA, povo frio, tenho poucos amigos, alguma pessoas tem um sotaque bem estranho, principalmente os maloqueiros, to vendendo meu apto pra voltar à poa.
Campo Grande é quenteeeeeeeee!