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Todas as suas perguntas dizem respeito a praticamente uma só verdade: o ser e a realidade que em torno de si percebe.

1. A realidade baseia-se na existência de tudo, inclusive da ilusão, ao menos nas mentes dos seres vivos capazes de percebê-la ou desenvolvê-la. O Arché é um princípio presente em todos os momentos da existência, de todas as coisas, e presente desde o princípio também presente estará no fim das coisas todas e mesmo do tempo.

O fundamento da realidade é que o ser vivo, especialmente o inteligente, é capaz de perceber que, como conceituou Lavoisier, na Natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma, e assim, o que presente ao princípio esteve logicamente presente ao final estará, embora modificado pelo movimento do tempo.

2. Para formar a realidade nós, humanos, separamos em nossas mentes as sombras e mesmo os pontos hiper-iluminados, da mesma maneira que as sensações térmicas ou tácteis, olfativas ou auditivas, palatares ou visuais, sensitivas todas no geral, de modo que excluídas (separadas) as não definíveis das incognicíveis, nós possamos afirmar com certeza a cognicidade do que podemos afirmar como real. Digamos que o ilusório seja o joio, o real o trigo e o todo o trigal. A articulação da formação da realidade é uma característica do ser vivo com o uso de sua capacidade de imaginação. 'Apara-se' do todo o duvidoso (que pode ser fictício ou enganoso) e crê-se que o restante é a realidade.

3. A realidade, e sempre considerando que isso é uma opinião e não um conhecimento catedrático meu, para ser essencial, deve ser dinâmicamente adaptável tanto ao indivíduo quanto ao todo.

4. Há uma certeza relevante no Universo de que nada no Universo se repete, logo posso afirmar-te sem sombra de dúvida que em havendo essa ORDEM, nada no Universo é por acaso, e mais que necessidade, o que há é uma impossibilidade de que essa ordem seja quebrada, ou seja, TUDO NO UNIVERSO É DETERMINADO, e como tal necessário se faz que nós, os seres vivos, efemeros e mutantes, nos adaptemos às suas evoluções.