A dexametasona é um medicamento pertencente à classe dos corticosteróides, atuando no controle da velocidade de síntese de proteínas.
O efeito principal deste medicamento é a profunda alteração promovida na resposta imune linfocitária, devido à ação antiinflamatória e imunossupressora, podendo prevenir ou suprimir processos inflamatórios de várias naturezas.
É utilizado no tratamento de condições patológicas como:
Isquemia cerebral
Prevenção da síndrome da membrana hialina
Tratamento da síndrome da angústia respiratória em adultos por insuficiência pulmonar pós-traumática
Tratamento do choque por insuficiência adrenocortical e como coadjuvante do choque associado com reações anafiláticas
Tratamento de processos alérgicos e inflamatórios graves
Dose terapêutica e Posologia
Administração oral
Adultos: 0,5–10 mg/dia (dexametasona)
Crianças: 10-100μg/dia (dexametasona)
A dose de dexametasona administrada por via oral é variável e com posologia individualizada, de acordo com a gravidade da doença e a resposta do paciente. A dose inicial indicada varia entre 0,5 a 10 mg por dia (geralmente fracionadas em 3 ou 4 doses durante o dia).
A posologia deve ser diminuída ou a terapêutica suspensa quando a administração for prolongada.
Em situações agudas em que é urgente um alívio rápido são permitidas altas doses, as quais podem ser mesmo exigidas, por um curto período de tempo. Quando os sintomas forem adequadamente suprimidos, a posologia deve ser mantida ao nível mínimo capaz de promover o alívio da dor, sem efeitos hormonais excessivos.
Administração oftálmica
0.05 a 0.1% (dexametasona ou fosfato de dexametasona)
Mecanismo de acção
Os corticosteróides exercem efeitos sobre quase todas as células, influenciando o metabolismo proteico, lipídico e glucídico, o balanço hidroelectrolítico, as funções cardiovascular, renal, da musculatura esquelética, do sistema nervoso e de praticamente todos os tecidos e órgãos. Desempenham um papel importante na homeostasia dos estímulos nóxicos internos e externos.
Os corticosteróides combinam-se com proteínas receptoras citosólicas e, a seguir, esse complexo liga-se à cromatina no núcleo da célula. As RNA polimerases são activadas, e ocorre transcrição de mRNA específicos, resultando na síntese de proteínas nos ribossomas. Muitas das acções dos glucocorticóides dependem da síntese de proteínas, e deve-se pressupor que essas proteínas sejam elas enzimas ou factores reguladores, controlam as funções celulares apropriadas que determinam os efeitos farmacológicos anteriormente descritos.
Algumas das acções antiinflamatórias dos corticosteróides podem resultar dos seus efeitos inibitórios sobre a síntese de prostaglandinas. Esse efeito também é medido pela síntese de proteínas, visto que os corticosteróides induzem a síntese de transcortina e macrocortina – proteínas que inibem a síntese de prostaglandinas através da inibição da fosfolipase A2. As respostas mediadas por células podem ser inibidas indirectamente pela inibição da produção de determinadas citocinas, incluindo o factor necrosante tumoral e as interleucinas.
Os glucocorticóides exercem efeitos imunossupressores. Inibem as funções dos linfócitos: as respostas das células B e das células T a antigénios são suprimidas, com consequente comprometimento da imunidade tanto humoral como celular.
Contra-indicações
A relação risco/benefício deve ser estabelecida para o uso em doenças como:
AIDS
Insuficiência cardiaca congestiva
Disfunção renal ou hepática grave
Glaucoma de ângulo aberto
Tuberculose ativa
Infecções fúngicas, bacterianas ou virais
Diabetes
Precauções
Deve utilizar-se a mais baixa dose possível de corticosteróides para controle da situação em tratamento e, quando viável a redução posológica deverá ser gradual.
Elevadas doses de dexametasona podem causar elevação da pressão arterial, retenção de sal e água, e aumento da excreção de potássio. Pode ser necessária restrição dietética do sal e suplementação de potássio. Todos os corticosteróides aumentam a excreção de cálcio.
O álccol pode aumentar o risco de efeitos adversos. Deve-se evitar o seu consumo.
Após tratamento prolongado, a suspensão dos corticosteróides pode causar um síndrome caracterizado por febre, mialgias, artralgias e mal-estar.
Está contra-indicada a administração de vacinas de vírus vivos em indivíduos que estejam a receber corticosteróides em doses imunossupressivas. Quando se administram vacinas bacterianas ou de vírus inactivados a doentes sob corticoterapia, em doses imunossupressivas, pode ocorrer quebra da resposta dos anticorpos. Contudo, podem fazer-se imunizações em doentes que recebem corticosteróides como terapêutica substitutiva.
A dexametasona pode alterar os valores da glicose sanguínea em doentes diabéticos, causando hiperglicemia, glicosúria e retardamento da cicatrização.
Os doentes pediátricos tratados com corticosteróides por qualquer via de
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Desoximetasona não existe.
A dexametasona é um medicamento pertencente à classe dos corticosteróides, atuando no controle da velocidade de síntese de proteínas.
O efeito principal deste medicamento é a profunda alteração promovida na resposta imune linfocitária, devido à ação antiinflamatória e imunossupressora, podendo prevenir ou suprimir processos inflamatórios de várias naturezas.
É utilizado no tratamento de condições patológicas como:
Isquemia cerebral
Prevenção da síndrome da membrana hialina
Tratamento da síndrome da angústia respiratória em adultos por insuficiência pulmonar pós-traumática
Tratamento do choque por insuficiência adrenocortical e como coadjuvante do choque associado com reações anafiláticas
Tratamento de processos alérgicos e inflamatórios graves
Dose terapêutica e Posologia
Administração oral
Adultos: 0,5–10 mg/dia (dexametasona)
Crianças: 10-100μg/dia (dexametasona)
A dose de dexametasona administrada por via oral é variável e com posologia individualizada, de acordo com a gravidade da doença e a resposta do paciente. A dose inicial indicada varia entre 0,5 a 10 mg por dia (geralmente fracionadas em 3 ou 4 doses durante o dia).
A posologia deve ser diminuída ou a terapêutica suspensa quando a administração for prolongada.
Em situações agudas em que é urgente um alívio rápido são permitidas altas doses, as quais podem ser mesmo exigidas, por um curto período de tempo. Quando os sintomas forem adequadamente suprimidos, a posologia deve ser mantida ao nível mínimo capaz de promover o alívio da dor, sem efeitos hormonais excessivos.
Administração oftálmica
0.05 a 0.1% (dexametasona ou fosfato de dexametasona)
Mecanismo de acção
Os corticosteróides exercem efeitos sobre quase todas as células, influenciando o metabolismo proteico, lipídico e glucídico, o balanço hidroelectrolítico, as funções cardiovascular, renal, da musculatura esquelética, do sistema nervoso e de praticamente todos os tecidos e órgãos. Desempenham um papel importante na homeostasia dos estímulos nóxicos internos e externos.
Os corticosteróides combinam-se com proteínas receptoras citosólicas e, a seguir, esse complexo liga-se à cromatina no núcleo da célula. As RNA polimerases são activadas, e ocorre transcrição de mRNA específicos, resultando na síntese de proteínas nos ribossomas. Muitas das acções dos glucocorticóides dependem da síntese de proteínas, e deve-se pressupor que essas proteínas sejam elas enzimas ou factores reguladores, controlam as funções celulares apropriadas que determinam os efeitos farmacológicos anteriormente descritos.
Algumas das acções antiinflamatórias dos corticosteróides podem resultar dos seus efeitos inibitórios sobre a síntese de prostaglandinas. Esse efeito também é medido pela síntese de proteínas, visto que os corticosteróides induzem a síntese de transcortina e macrocortina – proteínas que inibem a síntese de prostaglandinas através da inibição da fosfolipase A2. As respostas mediadas por células podem ser inibidas indirectamente pela inibição da produção de determinadas citocinas, incluindo o factor necrosante tumoral e as interleucinas.
Os glucocorticóides exercem efeitos imunossupressores. Inibem as funções dos linfócitos: as respostas das células B e das células T a antigénios são suprimidas, com consequente comprometimento da imunidade tanto humoral como celular.
Contra-indicações
A relação risco/benefício deve ser estabelecida para o uso em doenças como:
AIDS
Insuficiência cardiaca congestiva
Disfunção renal ou hepática grave
Glaucoma de ângulo aberto
Tuberculose ativa
Infecções fúngicas, bacterianas ou virais
Diabetes
Precauções
Deve utilizar-se a mais baixa dose possível de corticosteróides para controle da situação em tratamento e, quando viável a redução posológica deverá ser gradual.
Elevadas doses de dexametasona podem causar elevação da pressão arterial, retenção de sal e água, e aumento da excreção de potássio. Pode ser necessária restrição dietética do sal e suplementação de potássio. Todos os corticosteróides aumentam a excreção de cálcio.
O álccol pode aumentar o risco de efeitos adversos. Deve-se evitar o seu consumo.
Após tratamento prolongado, a suspensão dos corticosteróides pode causar um síndrome caracterizado por febre, mialgias, artralgias e mal-estar.
Está contra-indicada a administração de vacinas de vírus vivos em indivíduos que estejam a receber corticosteróides em doses imunossupressivas. Quando se administram vacinas bacterianas ou de vírus inactivados a doentes sob corticoterapia, em doses imunossupressivas, pode ocorrer quebra da resposta dos anticorpos. Contudo, podem fazer-se imunizações em doentes que recebem corticosteróides como terapêutica substitutiva.
A dexametasona pode alterar os valores da glicose sanguínea em doentes diabéticos, causando hiperglicemia, glicosúria e retardamento da cicatrização.
Os doentes pediátricos tratados com corticosteróides por qualquer via de
Esperson é diferente de Dexason....
Esperson é a composição de desoximetasona + neomicina...
NÃO TENHO A MINIMA IDEIA.
MInha cara. O correto é dexametasona. A outra palavra não existe. abç
Nesse link tem uma análise sobre o assunto...
http://www.paulomargotto.com.br/document%E2%80%A6
BETAMETASONA ANTENATAL COMPARADO COM DEXAMETASONA (ENSAIO BETACODE)
Elaborado por Paulo R. Margotto, Intensivista Neonatal da Unidade de Neonatologia do Hospital Planalto (UNIMED-Brasília)
2 anos atrás
Não sei, mas o google deve ter a resposta!!
hammmmmmm?